Lula quer relembrar os tempos das
manifestações
Numa tentativa de desmobilizar as manifestações
de protestos contra o governo petista, o ex-presidente, finalmente, aparece na
mídia para jogar mais lenha. Justo agora que a fogueira das manifestações está
quase apagando, pelo desgaste natural, o ex-Presidente da República convoca sua
tropa de choque para sair às ruas e jogar a pá de cal. Se já havia esse
intento, logo no início dos protestos e com a fogueira ardendo cada vez mais,
então por que não o fez? Seria por medo ou para esperar o momento oportuno? O
ex-presidente, com a experiência que possui, como líder dos grandes movimentos
de massas, na época em que liderava as greves dos trabalhadores metalúrgicos,
deveria habilmente manifestar-se pela conciliação, pedindo calma aos
manifestantes, e não incitar os seus súditos a "ir para as ruas",
numa clara demonstração de querer vencer pela força. Isso não poderia dar
certo, porque são movimentos opostos. A raposa não poderia ficar junto com as
galinhas! Ameaçou, ainda: "se a direita quer luta de massas, vamos fazer
lutas de massas”. Parece haver contradições em suas palavras, ao mostrar-se
favorável às manifestações ocorridas em várias cidades do Brasil: “ninguém em
sã consciência pode ser contra as manifestações da sociedade civil, porque a
democracia não é um pacto de silêncio, mas sim a sociedade em movimentação em
busca de novas conquistas”. Por outro lado, costurando pela instância oficial,
a presidente segue os conselhos de seu antecessor no cargo e promove, desde o
início desta semana, uma série de encontros com os movimentos sociais e todas
as centrais sindicais. A mobilização governamental está a pleno! Considerando
que o ex-presidente poderia colocar em prática o seu plano, a possibilidade de
o tiro sair pela culatra é muito grande, com desdobramentos incalculáveis. 
Celso Pereira Lara    
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