Governo acordou e viu que não era pesadelo. É
realidade!
Depois de uma semana de manifestações,
governo apresenta solução: redução das tarifas de transportes coletivos
urbanos. O governo apostou na desmobilização das classes estudantis, mas
aconteceu o contrário, porque houve muitas adesões da população por todo o
território nacional. As manifestações de protestos não deveriam acabar por
causa de 0,20. "Ministra afirmou inicialmente que São Paulo poderia
reduzir preço da passagem. Depois, disse que prefeitura usou desoneração para
evitar aumento maior". Contradições à parte, as reduções das tarifas já
começaram a aparecer, mostrando que o governo está disposto a ceder para
encerrar, em todo o país, os movimentos de protestos que tanto incomodam a
presidente Dilma. Mas as manifestações não seriam somente pela redução das
tarifas de transportes urbanos; seriam também pelos gastos bilionários com a
Copa das Confederações e pela rejeição da PEC37, que retira
poderes do Ministério Público. O governo e a base aliada, de agora em diante,
carregam em suas costas um custo político muito alto, considerando que a
população permanecerá vigilante aos atos do governo no Congresso. Quanto aos
gastos desnecessários com a Copa, que só servem de vitrine, para mostrar os
novos estádios de futebol para os outros países, fica registrada a insatisfação
do povo. Quanto à votação da PEC37, no Congresso, a possibilidade de acontecer
nova mobilização nacional, com desdobramentos mais radicais, é muito grande, levando ainda em consideração que a UNE resolveu sair do armário: "No dia 28 de agosto faremos uma grande passeata em Brasília para pressionar nosso Congresso pelos 10% do PIB, 100% dos royalties do petróleo e 50% do fundo social do pré-Sal para a Educação", disse a nova presidente da entidade.
Celso Pereira Lara
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