domingo, 2 de junho de 2013

197-Rumo aos 40 ministérios

40 ministérios e os 60 bilhões

O Poder Executivo no Brasil é composto atualmente por 39 ministérios, para garantir a governabilidade. Assim pensa a Presidente Dilma. Na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, são 19 prédios em plena utilização. Em 1994, Fernando Henrique Cardoso recebeu de Itamar Franco 22 ministérios e legou para Lula 24 pastas, em 2002. Mas, em 2010, Lula deixou para Dilma 37 ministérios. Agora, já são 39. Para bancar toda essa estrutura e a folha de salários, o governo gasta R$ 58,4 bilhões por ano. Em média, as despesas correspondem a 1,5 milhão para cada ministério. Bem que o Executivo poderia arredondar essas contas. Criaria o quadragésimo ministério, elevando o gasto para 60 bilhões. Mais um pouquinho menos um pouquinho não faria diferença nenhuma nos gastos públicos, ninguém perceberia e o governo sairia reforçado politicamente. A possibilidade de isso vir a acontecer está muito próxima. Quem sabe um novo Ministério para abrigar algum político que poderia vir a incomodar a candidata à reeleição nas campanhas eleitorais? Na base aliada do governo sempre cabe mais um. Da oposição, todos são bem-vindos. São 22 os partidos da base aliada: PMDB, PC do B, PRB, PSB, PR, PTB, PV, PDT, PP, PDB, PT do B, PRTB, PRP, PMN, PHS, PTN, PSC, PTC, PSD, PSDC, PSL e PPS. De preferência, que não haja nenhuma oposição para que a governabilidade siga exatamente a cartilha do PT.  Talvez a mesma cartilha seguida pelos presidentes da Venezuela e da Bolívia. A formação de um bloco político no governo federal constitui-se numa grave ameaça ao regime democrático. É evidente que no plano da representação política partidária real há um bloco hegemônico, articulado e comandado pelo PT. Quando se tem um Estado com executivo forte, um legislativo debilitado, um judiciário e uma imprensa amordaçados, o caminho para o totalitarismo já está definido. Nesse instante, a pluralidade de partidos é fundamental para a democracia, para movimentar as eleições e o Congresso, mas um partido que subsiste no tempo para ficar apenas agarrado às tetas dos governos e virar refém de políticas contrárias é no mínimo ridículo. O partido que se propõe a fazer oposição ao governo e mais tarde se junta à sua base aliada para rezar e dizer amém a uma cartilha que não é a sua, não merece votos nas eleições. 


Celso Pereira Lara

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