Empréstimos secretos para Cuba e Angola
- "documentos sigilosos" -
A
Comissão da Verdade, que investiga crimes políticos cometidos por agentes do
Estado entre 1946 e 1988, criada pelo governo Dilma e prorrogada até dezembro
de 2014, que em nada contribui para o desenvolvimento do país, só serve mesmo
para desviar as atenções dos atos do governo até as proximidades das eleições. E
a Lei de Acesso à Informação - Lei da Transparência - também segue os mesmos
interesses do governo. A transparência exigida é só para os escalões
inferiores, porque basta um carimbo de "sigiloso" em algum documento,
autorizado por um ministro, que a lei perde a sua eficácia imediatamente.
Segundo o jornal “Folha de S. Paulo”, o BNDES desembolsou US$ 875 milhões em
2012 para financiamento à exportação de bens e serviços de empresas brasileiras
para os dois países. No ano passado, o banco financiou operações para 15
países, no valor total de US$ 2,17 bilhões, mas apenas os casos de Cuba e
Angola receberam os carimbos de secreto, e dessa forma o conteúdo dos documentos
só poderá ser conhecido a partir de 2027. O senador Álvaro Dias contou também
que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) está
exigindo a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para
investigar esses financiamentos. Ainda segundo o jornal, a Odebrecht aproveitou
uma viagem do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Cuba para impulsionar a
discussão sobre a reforma de dois aeroportos da ilha, negócio avaliado em 175
milhões de dólares, que deve ser fechado nas próximas semanas. Um financiamento
do BNDES para a obra também está sendo negociado. Afinal, por que o ministro do
Desenvolvimento, Fernando Pimentel, tornou secretos os documentos sobre apoio
financeiro a Cuba e a Angola? 
Celso Pereira Lara
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