quarta-feira, 19 de junho de 2013

213-Repressão aos Protestos

Governo que se diz democrático utiliza Força Nacional de Segurança contra manifestantes

O maior valor dado às recentes manifestações estudantis, apoiadas pela crescente participação do povo, é que se trata de um movimento apartidário, com datas marcadas pelas redes sociais da internet. A população sabe que, há muitos anos, não existe mais nenhum partido político que realmente a represente. É por essa dificuldade que os protestos nasceram de uma vontade popular soberana, independente das amarras políticas de partidos, que hoje são 30 no total, mas 22 compõem a base aliada do governo federal. O movimento serve para mostrar que, de agora em diante, é possível colocar o povo nas ruas, para protestar contra as práticas imorais que nascem nas esferas de poder. Isso é a verdadeira prova de participação popular no regime democrático. O resto é demagogia. Não por acaso, em São Paulo, onde o PT investiu fortemente em seus candidatos, durante o período eleitoral 2012, buscando eleger petistas nas prefeituras da região, é que os protestos estão ocorrendo com maior radicalismo. Primeiro, porque o prefeito Haddad mostrou-se autoritário, dizendo que não baixaria os aumentos de tarifa e que não negociaria com os manifestantes. Segundo, porque os conflitos com os policiais militares foram traumáticos, dada a violenta repressão, alimentada pelo grande armamento com tamanho aparato policial nunca vistos, utilizada contra o povo que protestava. Apesar de pedidos do governo, para que não sejam utilizadas bombas de gás lacrimogêneo e balas de borracha, as manifestações de hoje, agora de manhã, estão sendo marcadas por muitas bombas nas ruas. Inclusive, a Força Nacional de Segurança já está a caminho das grandes capitais. Possivelmente, hoje, o clima ficará muito tenso após as 17h.

Celso Pereira Lara

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