Teria
sido o pronunciamento que o povo gostaria de ouvir?
Finalmente, a Presidente da República apresentou-se ao povo, em
cadeia nacional de Rádio e TV, não no estilo tradicional e espontâneo de seus
pronunciamentos, mas muito tensa e cumprindo uma obrigação cobrada pelos
políticos governistas. Cobrança que surgiu da ausência de um legítimo chefe de
governo durante as manifestações de protestos espalhadas Brasil afora. Se foi considerado
um discurso tardio, possivelmente teria sido motivado por não entenderem ou por
não acreditarem no que estaria acontecendo no país. E se conseguiram entender
ou acreditar que os protestos ultrapassariam os limites convencionais, a
delonga pelo pronunciamento teria sido causada pela indecisão quanto ao momento
oportuno e pelas palavras que seriam utilizadas para jogar água na fogueira e
apagá-la de vez. O que ainda não aconteceu! Pressionada, a presidente fez um
discurso de elogios aos manifestantes, reprovou o vandalismo e lembrou que a
manutenção da democracia é muito importante. Esses três aspectos abordados ocuparam
a metade do pronunciamento. O que foi dito no meio da longa oração parece não
apresentar nenhuma novidade, nada que chamasse a atenção, considerando que os
fatos já tinham sido objeto de divulgação na grande mídia. Portanto, é do
conhecimento popular. A outra metade do discurso baseou-se nas mesmas promessas
de campanha que ainda não foram cumpridas nestes três anos de governo, mas que
estão sendo prometidas novamente. Copiou e colou!
Celso Pereira
Lara    
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