O perigo infiltrado nas manifestações
É do conhecimento de muitos que, nesta
segunda-feira, dia 17, o país experimentará manifestações de protestos, dos
mais variados possíveis, em todos os estados e regiões. Tudo teve início com os
movimentos estudantis, a partir do dia 10, contra o aumento das tarifas de
transportes públicos. E outros protestos também foram possíveis, seja contra o
Bolsa Estupro, seja contra as agressões, por parte dos policiais militares, aos
fotógrafos e jornalistas. Espera-se que, no dia 17, Dia Nacional de Lutas, os
movimentos sejam basicamente contra todos os atos de corrupção surgidos nestes
dez anos de governo, contra os políticos condenados pelo STF no escândalo do mensalão e que voltaram a ocupar cargos públicos, e contra
diversas PECs inconstitucionais que foram aprovadas ou estariam dependendo de
aprovação. É um conjunto de práticas inaceitáveis, de tal grandeza, que gera o
descontentamento da população. E quando surge uma oportunidade, o povo se
manifesta e o movimento cresce rapidamente. Até aqui tudo bem. Normal.
Entretanto, especula-se que os petistas e os sindicalistas também participariam
das manifestações, não para protestar contra o conjunto de práticas
inaceitáveis, claro, mas sim para moderar ou mudar definitivamente o sentido
dos protestos, o que já seria um grande ganho para o governo. Não faria sentido
as bandeiras vermelhas do PT nesses movimentos, mas, se isso acontecer,
possivelmente o conflito não mais seria com os policiais militares, mas sim com
a tropa de choque defensora de governos corruptos.
Celso Pereira Lara
Celso Pereira Lara
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