sábado, 1 de junho de 2013

196-Boataria sobre os boatos

A misteriosa história dos boatos do Bolsa Família
ainda é um enigma
  
A boataria sobre os boatos do Bolsa Família não para de crescer. Todos os que se pronunciaram, defendendo o governo, têm uma parcela de culpa no episódio, menos os da oposição. A oposição foi frontalmente atacada, talvez inocentemente, sem provas nem vestígios. O governo fez um estardalhaço geral, numa demonstração de convicção, responsabilizando a oposição pelo acontecido, ao mesmo tempo em que acionava a Polícia Federal para abrir um inquérito e apurar o caso. Durante aquela semana, o governo havia negado a antecipação de saques. Em seguida, a Caixa desmente o que havia afirmado no sábado, dia 18: a liberação dos pagamentos fora antecipada para sábado e domingo, para evitar tumultos e amenizar os boatos. Entretanto, dias após, a Caixa confirma ter alterado, sem aviso prévio, todo o calendário de pagamento aos beneficiários do Bolsa Família, que começou dia 17, antes dos boatos. A confusão toda foi criada pelo próprio governo, tal qual uma torre de babel, numa demonstração de que eles não se entendem na administração do dinheiro público. Mas por que a Caixa alterou o cronograma? Por que ela escondeu essa informação ao governo e à população? Como é que a Ministra do Bolsa não sabia de nada? Principalmente a Presidente Dilma, que  afirmou que o autor de boato sobre Bolsa Família é 'desumano' e 'criminoso'. Acontece que, até agora, passados 12 dias, ainda não saiu nenhum resultado a respeito. O perigo é que o tempo vai passando e tudo ficará no esquecimento. Cabe à Polícia Federal emitir um parecer conclusivo, ainda que nada tenha sido constatado nas investigações. Resta saber o que o governo teria a dizer, caso o inquérito seja arquivado por falta de provas. Afinal, o povo sofrido espera uma justificativa convincente dada pelo governo; a oposição aguarda um pedido de desculpas pela acusação indevida, e que tudo seja esclarecido através de cadeia de rádio e tv. Só não vale colocar a culpa na Polícia Federal, por não ter desvendado todo esse mistério.


Celso Pereira Lara

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