sábado, 15 de junho de 2013

207-Manifestações e vaias

Nos protestos contra a Copa das Confederações, em Brasília, também houve repressão

Mais um conflito entre manifestantes e policiais militares, resultando em pelo menos 16 presos, 6 menores apreendidos e 37 feridos. Desta vez o protesto é contra a Copa das Confederações. O local é próximo ao Estádio Nacional Mané Garrincha, em Brasília-DF, e o confronto ocorreu a menos de duas horas da partida de abertura da Copa das Confederações entre Brasil e Japão. A passeata foi pacífica e, como não podia deixar de ser, contou com a presença indesejada de muitos policiais e cavalaria montada, que repressivamente saudaram os manifestantes com farta distribuição de bombas de gás lacrimogêneo e balas de borracha. Para a polícia, o saldo foi positivo, um sucesso: apenas um manifestante foi atropelado por um veículo da polícia, mas não sofreu ferimentos graves; vários torcedores passaram mal por causa do gás lacrimogênio e chegaram a vomitar no gramado próximo ao estacionamento do estádio, mas nenhum morreu; houve muitas detenções por desacato, resistência e desobediência, apenas para mostrar serviço.

Dilma vaiada ao vivo, em transmissão para o Japão

A rápida aparição, no Estádio Mané Garrincha, antes da partida entre Brasil e Japão, neste sábado, dia 15, foi o suficiente para que a presidente Dilma recebesse uma sonora vaia da quase totalidade dos torcedores brasileiros. A primeira começou tão logo a presença dela teria sido anunciada pelo sistema de som, após a entrada em campo das duas seleções. Ao lado dela, o presidente da FIFA não poderia dizer que não ouviu. Ao concluir o seu breve discurso, ele educadamente cobrou dos torcedores respeito à presidente. Foi o suficiente para que a vaia retornasse com mais intensidade. Mesmo diante da vaia, Dilma declarou aberta a Copa das Confederações e preferiu se calar. Ficou bicuda. Detalhe: antes, os torcedores haviam aplaudido até mesmo a escalação do Japão, principalmente o astro do time, Kagawa. Apesar das vaias à presidente, desta vez não houve bombas nem balas.

Celso Pereira Lara

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