Nos protestos contra a
Copa das Confederações, em Brasília, também houve repressão
Mais um conflito entre manifestantes e
policiais militares, resultando em pelo menos 16 presos, 6 menores apreendidos
e 37 feridos. Desta vez o protesto é contra a Copa das Confederações. O local é
próximo ao Estádio Nacional Mané Garrincha, em Brasília-DF, e o confronto
ocorreu a menos de duas horas da partida de abertura da Copa das Confederações entre
Brasil e Japão. A passeata foi pacífica e, como não podia deixar de ser, contou
com a presença indesejada de muitos policiais e cavalaria montada, que repressivamente
saudaram os manifestantes com farta distribuição de bombas de gás lacrimogêneo
e balas de borracha. Para a polícia, o saldo foi positivo, um sucesso: apenas
um manifestante foi atropelado por um veículo da polícia, mas não sofreu
ferimentos graves; vários torcedores passaram mal por causa do gás lacrimogênio
e chegaram a vomitar no gramado próximo ao estacionamento do estádio, mas
nenhum morreu; houve muitas detenções por desacato, resistência e
desobediência, apenas para mostrar serviço.
Dilma
vaiada ao vivo, em transmissão para o Japão
A rápida aparição, no Estádio Mané
Garrincha, antes da partida entre Brasil e Japão, neste sábado, dia 15, foi o
suficiente para que a presidente Dilma recebesse uma sonora vaia da quase
totalidade dos torcedores brasileiros. A primeira começou tão logo a presença
dela teria sido anunciada pelo sistema de som, após a entrada em campo das duas
seleções. Ao lado dela, o presidente da FIFA não poderia dizer que não ouviu.
Ao concluir o seu breve discurso, ele educadamente cobrou dos torcedores
respeito à presidente. Foi o suficiente para que a vaia retornasse com mais
intensidade. Mesmo diante da vaia, Dilma declarou aberta a Copa das
Confederações e preferiu se calar. Ficou bicuda. Detalhe: antes, os torcedores
haviam aplaudido até mesmo a escalação do Japão, principalmente o astro do
time, Kagawa. Apesar das vaias à presidente, desta vez não houve bombas nem
balas.
Celso Pereira Lara
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