segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

306-Adoção e abandono de cães

Cachorro é um animal, um ser vivo muito estimado, não um objeto descartável. 

Segundo notícias de jornais, o trimestre dezembro a fevereiro é o período que registra o maior número de abandono de cães, por causa das viagens de férias. Os canis municipais já estão funcionando com quase o dobro da capacidade de lotação, e, por isso, é nítida a percepção do crescimento de animais abandonados nas ruas. Cuidar de cachorro não se restringe apenas a dar alimento diariamente e banho uma vez por semana. Exige-se muito mais. Além do necessário carinho diário, as preocupações com a sua saúde - controle de vacinas, banho e tosa, ração adequada, entre outras necessidades básicas - não deveriam ser esquecidas. Na realidade, é como cuidar do próprio filho, proporcionando um tratamento digno. Nos primeiros dias de nascimento, então, as exigências são muito maiores para que o filhote possa crescer saudavelmente. Quem decide adotar um cão deveria estar ciente de que estaria assumindo um compromisso de tratar dele até o final da vida, que dura em média 15 anos, da mesma forma quando se tem um filho, ainda que não o tenha. Entretanto, há casos e casos: “Ninguém é obrigado a conviver com um animal, se o mesmo não se adequar ao que você pode dar ou suportar dele. Então, é uma questão de humanidade procurar outro lar para ele, e não abandona-lo à própria sorte”; "Nunca adote ou compre um cão movido apenas pelo impulso, pois as consequências poderão ser desagradáveis". Um animal adotado - ou comprado - não poderia ser considerado um brinquedinho, muito menos um objeto descartável. É necessário antes de tudo estar ciente de que existem custos financeiros e alguns sacrifícios ao dono para a perfeita convivência com o animal. De um modo geral, as pessoas adotam animais sem o devido conhecimento para tratá-los com dignidade. Adotar um animal de estimação apenas para distrair uma criança ou satisfazer seus próprios desejos e mais tarde desampará-lo, é cometer um grave crime. Geralmente, o abandono acontece justamente no momento em que o cão mais necessita do dono: na doença ou na velhice. Será que alguém seria capaz de abandonar o próprio filho, justo no momento em que ele estiver doente?  

Celso Pereira Lara 

Cão sendo abandonado. Clique aqui para assistir.


    

domingo, 8 de dezembro de 2013

304-Aposentadoria injusta

As injustiças praticadas contra os trabalhadores parecem não ter fim

A Previdência Social é o seguro social para a pessoa que contribui. É uma instituição pública que tem como objetivo reconhecer e conceder direitos aos seus segurados, como aposentadoria por tempo de contribuição. Entretanto, os governos federais adquiriram uma grande capacidade inventiva nos últimos 19 anos! A cada mandato, alegam que os recursos financeiros da Previdência não são suficientes para atender às aposentadorias, e por conta disso criaram mecanismos de usurpação dos direitos dos trabalhadores. Primeiramente, ocorreu no governo do PSDB; em seguida, justo no governo do Partido dos Trabalhadores. Haveria, mesmo, o famoso rombo nas contas da Previdência, causado pelas aposentadorias? Não seria, por acaso, má gestão dos recursos? Os dados do IBGE revelam um pequeno crescimento da taxa que mede a esperança de vida ao nascer no Brasil. É com base nesses dados que o Ministério da Previdência Social (MPS) determina o fator previdenciário para o cálculo das aposentadorias. Ao aumentar a expectativa de vida, menor é o valor do benefício, pois maior é o desconto do fator previdenciário. Assim, o aposentado é penalizado de várias formas: ao se aposentar pelos grandes redutores de salário e ao longo de sua vida, pois em poucos anos o valor recebido inicialmente chega a ser reduzido à metade, considerando que ao governo não interessa fazer as atualizações monetárias. Esses cálculos perversos não deveriam acontecer, porque no momento da aposentadoria, devido à idade avançada, o cidadão passa a depender muito mais do seu reduzido salário para sobreviver. Para complicar, os serviços médicos públicos não são suficientes para atender à população, por isso, os aposentados se veem obrigados a recorrer a planos de saúde particulares que consomem grande parte de seus salários, além das despesas com remédios. Por conta dessa barbaridade matemática, surgiram milhares de planos previdenciários, com ofertas mirabolantes, como se fossem a redenção dos injustiçados trabalhadores, que no final das contas saem perdendo dinheiro, novamente. Melhor seria que efetuassem depósitos em cadernetas de poupança, que também tiveram os seus rendimentos minimizados pelas novas regras, em junho de 2012. Na realidade, não há para onde correr, pois o trabalhador, que deveria se aposentar com dignidade, está condenado a sofrer pelo próprio governo.  Interessante notar que a reforma da Previdência, em que foi criado o fator previdenciário e outras distorções, foi aprovada mediante compra de votos dos parlamentares, conforme ficou comprovado no julgamento do mensalão. Ao admitir que houve compra de votos, fica caracterizado que o processo teve um vício formal. A anulação da reforma da previdência é, portanto, uma consequência lógica da condenação dos réus. Negar a anulação da reforma da Previdência seria corroborar os argumentos da defesa, de que se tratou de um julgamento político. Nessa linha de entendimento, sindicatos e associações de servidores públicos federais já estão questionando a validade da reforma. Mas, afinal, para que serve a Previdência Social? O cálculo para os benefícios é bem rígido, mas a gerência dos recursos da Previdência nem tanto! Em nome das estatísticas, massacram-se os aposentados, friamente. 

Celso Pereira Lara

domingo, 1 de dezembro de 2013

301-A democracia petista

Democracia não condiz com governos tirânicos

"Na história deste país, se a juventude lesse a biografia de Getúlio Vargas, de Juscelino Kubitschek e outras biografias, provavelmente não iriam desprezar a política, e muito menos a imprensa ia avacalhar a política como avacalha hoje. Não há nenhum momento da história, em nenhum lugar do mundo, que a negação da política tenha trazido algo melhor do que a política. O que aparece sempre quando se nega a política é um grupo praticando, na verdade, a ditadura”, disse Lula em seu discurso, ao elogiar Sarney, em final de outubro, segundo a Agência Brasil. Até aqui, nada de novo no front. Não é de causar nenhum espanto, porque todos já o conhecem muito bem pela fama de apedeuta e as frases de efeito são sempre as mesmas. O ex-presidente teve, contudo, a petulância de dizer que a imprensa brasileira atenta contra a democracia, ao avacalhar a política. Mas, afinal, que política é essa do governo petista, tão envolvida em escândalos e falcatruas, e tão avacalhada pela mídia? Ser democrático, para Lula, é permitir assaltos aos cofres públicos e tentar passar despercebido; é maquiar as contas públicas, na contabilidade criativa, para que no final do ano o Superávit seja bem visto pelo FMI, fato este que logo foi descoberto e a credibilidade do país foi reduzida pelos investidores estrangeiros. Avacalhar a política é chegar ao total de 39 ministérios; é compor a base governista com 22 partidos; é comprar votos de parlamentares no Congresso; é importar médicos cubanos, contrariando as leis trabalhistas do Brasil, com o objetivo de socorrer financeiramente a Cuba. Avacalhar a política é fazer propaganda do governo, em campanha eleitoral, a dois anos das eleições presidenciais, nos palanques dos candidatos petistas à Prefeitura; é um Chefe da Casa Civil ser condenado à prisão, qualificado como Chefe do esquema no processo do mensalão. E, no momento em que os petistas iam para o xadrez, saudaram os companheiros com os punhos esquerdos erguidos e cerrados, num gestual antigo da Internacional Socialista, organização mundial que luta pelas causas da esquerda na direção do comunismo. Ao mesmo tempo, diziam-se vítimas de um julgamento político pelo STF, apesar de ser um Tribunal quase totalmente aparelhado, com sete juízes indicados pelo Ex-presidente e pela atual. Por acaso, aparelhar o STF não seria uma avacalhação da pior espécie com a instituição que tem a função de servir como guardião da Constituição Federal, e assim garantir a democracia? Avacalhar a política é um ex-presidente dizer aos companheiros mensaleiros presos na Papuda: “estamos juntos”. Que moral teria qualquer fanático pelo PT para dizer que a imprensa avacalha a política, quando até o Ex-presidente da República Petista está envolvido em ação de improbidade, movida pela Procuradoria e ainda em andamento? Avacalhar, mesmo, em nome do poder, é fazer alianças espúrias com políticos condenados por corrupção - um procurado pela Interpol;  outro,  por cassação de mandato (processo de  impeachment) -, confirmando assim que o partido governista está corrompido até a alma. Avacalhar a democracia é ter criado o Foro de São Paulo, juntamente com Fidel Castro, e ter participado de todas as reuniões, até hoje, com o objetivo de implantar o comunismo nos países da América Latina. Avacalhar a política é a Câmara dos Deputados não cassar os mandatos dos políticos condenados à prisão pelo STF. Comprovadamente, no Brasil, a democracia só serve como vitrine para esconder os verdadeiros interesses escusos dos petistas. Diante desses mega-atentados à democracia, será que o povo brasileiro ainda não percebeu que a imprensa tem se esforçado para acabar com o direito democrático de os governantes se locupletarem à vontade? Pelo que se sabe, o termo democracia se refere a um regime de governo em que os cidadãos, por meio de representantes eleitos, tomam decisões importantes em benefício de todos.  Entretanto, o pai do PT parece ter uma visão deturpada acerca deste conceito. Tornaram-se públicas, por exemplo, em novembro, as condenações de prisão dos mensaleiros e as prisões preventivas de três fiscais suspeitos de corrupção na Prefeitura de São Paulo. “Nunca antes na história deste país se prendeu tanto”. Agora, é o PT na Papuda! Dessa forma, não cabe à imprensa a responsabilidade pela formação de uma imagem negativa do poder público. No exercício de suas funções e fazendo uso da liberdade de expressão, os meios de comunicação cumprem o seu papel fundamental: o de levar informação aos cidadãos. Afinal, todos têm o direito de tomar conhecimento do que se passa nas entranhas do poder, dos procedimentos de seus governantes e da forma como administram os recursos públicos. Os cidadãos são os fiscais das contas públicas, porque são, além de tudo, contribuintes dos maiores impostos do mundo. Interessante é que no governo do PT foram muitas as tentativas de enfraquecer para calar os meios de comunicação, porém, todas sem sucesso. A imprensa, por exemplo, é uma área em que o aparelhamento não acontece plenamente, porque os poucos jornais e revistas que ainda oferecem resistência são muito fortes e jamais se deixarão dominar pelas ideologias petistas. Na Argentina, a Corte Suprema de Justiça declarou, em outubro, a constitucionalidade de quatro artigos da Lei de Mídia, medida que limita a atuação das empresas de comunicação em todo o país e implementa uma fiscalização do funcionamento dos canais de TV e estações de rádio. Vitória, portanto, da presidente Cristina Kirchner, que aos poucos vai impondo a sua tirania, de acordo com as suas convicções. Se Lula conseguisse, ao menos, esse feito, já estaria meio caminho andado, porque, na realidade, o que ele desejaria mesmo é o domínio total sobre a forma de jornalismo e a sua divulgação. Apesar da evidente deterioração na política brasileira e dos desvios de rumo da democracia, o governo petista, totalmente sem pudor, possivelmente seria reeleito em 2014. Na Argentina, a democracia segue à moda Cristina; no Brasil, a democracia segue à moda Lula. Então, cada país tem a democracia avacalhada que merece! 

Celso Pereira Lara

domingo, 24 de novembro de 2013

297-Efeito 'pedagógico' não inibe corrupção

No Brasil, prisão para políticos brasileiros ainda é lenda

É fato que o efeito "pedagógico" das punições aos mensaleiros não inibe a corrupção. Além disso, pode se tornar até motivo de estímulo, dadas as características dos resultados práticos das prisões e das multas, ou seja, de acordo com o tempo de prisão e os valores envolvidos, é sinal de que vale a pena. A lição que ficou é muito insignificante ou não representa quase nada para afastar qualquer corrupto, seja ele político ou não. Portanto, não se vislumbra um novo momento na política. A falácia de que “o sentimento de impunidade está acabando” não prospera, assim como “hoje se têm a sensação de que o criminoso de 'colarinho branco' também vai preso”. Atualmente, isso não faz mais sentido, pois enquanto não houver uma radical reforma política e eleitoral, não essas "perfumarias" que se apresentam para o povo, nada vai mudar em relação à corrupção. É notório que a prisão não cumpre qualquer papel no combate à corrupção, uma vez que a maior parte das malversações com dinheiro público teria origem na forma como são financiadas as campanhas políticas, que induz à relação promíscua entre o Poder Público e a iniciativa privada. Por isso, são necessárias reformas estruturais no modelo de custeio das campanhas. Por outro lado, a Câmara dos Deputados, que deveria comportar-se exemplarmente, acaba prestando uma grande contribuição para a anarquia política do governo petista, em favor dos políticos mensaleiros condenados, que possivelmente concluirão seus atuais mandatos, indecentemente. Motivo:  o presidente da Câmara, Henrique Alves (PMDB-RN), não pretende pautar cassação de mensaleiros, enquanto o STF não concluir o julgamento do mensalão. Isso porque o Supremo só deve julgar os últimos recursos dos réus em 2014, ano de campanha eleitoral, o que costuma esvaziar o Congresso já no final do primeiro semestre. Ao dispensar aos mensaleiros com mandato o mesmo tratamento dado ao deputado-presidiário Natan Donadon, a Câmara se autocondenou a um ridículo de dimensões planetárias. A Casa pode tornar-se o único Legislativo do mundo a abrigar dois deputados que, após o expediente, foram algemados, embarcados no camburão e conduzidos à cadeia, onde passarão suas noites. Mais interessante do que não ser cassado imediatamente pela Câmara, -- não acatando uma decisão do Supremo e até porque não se poderia continuar com o mandato um político condenado à prisão --, é o fato de os advogados dos réus do mensalão, presos no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília, terem protocolado petições no STF para pedir transferência para outros estados, autorização para estudar e aval para exercer trabalho externo. Os pedidos ainda serão avaliados pela Procuradoria-Geral da República. Pelo que se podem observar diante disso, é que eles não terão tempo nem para se dedicar à prisão. Pasmem! Do Supremo Tribunal Federal (STF), o povo esperava condenações à altura dos crimes, e que elas fossem realmente exemplares, considerando a gravidade dos delitos praticados, principalmente, por serem representantes da população e ocuparem cargos de confiança no governo. Formação de quadrilha no Planalto para desviar recursos públicos é muito pior do que quadrilha de ladrões nas ruas. O povo ficou muito frustrado com as penalidades aplicadas e com as prisões que não aconteceram conforme esperado. O que se pode concluir é que os condenados logo estarão cumprindo prisões privilegiadas: domiciliares ou semiabertas. O mais grave, ainda, é que continuarão políticos diplomados, com a permissão da Câmara, numa atitude afrontosa ao próprio Estado Democrático de Direito. Assim é a política, assim é a democracia petista! 

Celso Pereira Lara

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

295-Sete homens e um destino

As coincidências às vezes são previsíveis

Num primeiro momento, pode parecer coincidência com alguns pontos do famoso filme americano de western de 1960: The Magnificent Seven. O filme conta a história de "um grupo de mexicanos, residentes em um pequeno vilarejo, e que vivem aterrorizados pelo bandido Calvera e sua gangue, que invadem o local com frequência para roubarem mantimentos. Os mexicanos não têm armas, dinheiro e nem tampouco temperamento violento. Visando obter ajuda, três deles deslocam-se até a fronteira onde encontram Chris Adms (Yul Brynner) e Vin (Steve McQueen), dois pistoleiros norte-americanos desempregados e que arregimentam mais cinco companheiros, para juntos defenderem o vilarejo". Até aqui é o magnífico filme. Mas, na realidade, os sete homens brasileiros fazem parte da segunda leva de condenados à prisão, pelo Supremo Tribunal Federal. É que eles foram condenados no processo do mensalão, diferentemente do filme, em que os sete homens americanos foram contratados para salvar o povo de um vilarejo, e não para saqueá-lo mais ainda. Os políticos são eleitos para engrandecer o Brasil, promovendo o desenvolvimento econômico e o crescimento da renda e do emprego, mas não para formação de quadrilhas e saquearem os cofres públicos. Nessa segunda etapa do processo julgado, o STF expediu mandados que contemplam sete homens e um destino: a prisão. Se, novamente, não por coincidência, algum dos sete apresentar sintomas de saúde debilitada, ele poderá reivindicar prisão domiciliar, da mesma forma que um dos 12 condenados da primeira etapa. O curioso é que, sempre que algum político é pego em corrupção, e depois é julgado e condenado, a saúde dele logo fica comprometida, necessitando de cuidados médicos e internação. Mas, enquanto os esquemas de corrupção estiverem dando certo, a saúde também fica perfeita, e então não há nada a reclamar.

Celso Pereira Lara

sábado, 16 de novembro de 2013

294-Os 12 condenados

Nós fingimos que condenamos; vocês fingem que vão presos

Não há que se confundir com o famoso filme americano de 1967, que agradou muito a adultos e crianças: The Dirty Dozen. "Em 1944, durante a II Guerra Mundial, doze soldados aliados condenados foram treinados pelo major Reisman (Lee Marvin) com o objetivo de partirem para uma missão quase suicida. Os que sobreviveram foram perdoados e reintegrados". Aqui termina o inesquecível filme. A realidade é que os 12 condenados à prisão, no processo do mensalão, são brasileiros que ocupavam a cúpula do PT e cargos relevantes no governo Lula, sendo um deles o Chefe da Casa Civil e operador do esquema de compra de votos no Congresso. Foram devidamente enquadrados na lei pelos ministros do Supremo Tribunal, que viram no mensalão uma tentativa de golpe contra a democracia. Tratava-se, portanto, de uma quadrilha a saquear os cofres públicos, condenada pelo cometimento de vários crimes, sendo o principal pela compra de apoio parlamentar. Para que uma medida do governo fosse aprovada com urgência no Congresso, efetuavam-se pagamentos a políticos de oposição e, assim, a votação por maioria estaria garantia. Além disso, uma base parlamentar é montada quando determinado governante quita o passado dos aliados e contribui para o futuro, e foi exatamente para isso que serviram os empréstimos tomados junto aos bancos mineiros. O primeiro mandato do governo Lula foi marcado pela compra de apoio parlamentar, e o PT, mesmo depois dos escândalos, continuou comprando, porém de forma dissimulada, com o firme propósito de fortalecer o poder: em vez de oferecer dinheiro aos líderes dos partidos, entregava a eles ministérios de "porteira fechada" (em que na cúpula da pasta o aparelhamento político é total). Tanto é que o presidente anterior, Fernando Henrique, deixou 24 ministérios, e atualmente são 39, muitos dos quais sem a menor relevância. O processo do mensalão levou 8 anos para julgamento e decisão no Supremo Tribunal Federal. Na realidade, são 25 réus envolvidos no maior escândalo político do Brasil, e todos no governo Lula, sendo 12 condenados à prisão, por enquanto. Só que no final, ao contrário do filme americano, os 12 sobreviverão dessa condenação de prisão (que não é uma missão suicida), sem dúvidas! O espantoso nisso tudo é que, pela primeira vez na história política brasileira, um número tão grande de parlamentares vai para a prisão sob a acusação de corrupção ativa. Essa marca jamais será esquecida ou superada. Mais curioso ainda é que os condenados são justamente aqueles que fundaram o PT: eram integrantes da cúpula do partido; faziam parte das decisões do governo no gabinete da Presidência da República; antes de ocuparem o governo, diziam-se contra a falta de ética e a corrupção dos governos anteriores; foram verdadeiramente guerrilheiros armados que, em nome da liberdade, lutaram contra a ditadura militar e por ela foram presos; entretanto, sorrateiramente, articularam um golpe contra a democracia e por ela foram condenados. Se antes se consideravam presos políticos com todas as honras e polpudos benefícios, agora são políticos presos para desonra, não da política brasileira que está totalmente sem credibilidade, mas de um país que já foi a sexta maior economia do mundo e para frustração dos seus eleitores. Mas não parou por aí. O governo do PT foi totalmente marcado por corrupções e falta de ética, e até hoje os esquemas de corrupção continuam aparecendo na mídia, e desta vez, dia 14 de novembro, envolvendo o assessor e o chefe de gabinete do ministro da Fazenda! 

Celso Pereira Lara

sexta-feira, 15 de novembro de 2013

293-Mobilidade urbana

Também é uma prioridade nacional a solução para a mobilidade urbana

A mobilidade urbana não deveria ser seletiva; teria que ser para todos. Assim como a Saúde, Educação, Segurança e Transporte público são considerados de alta valia para a população, a mobilidade urbana ganha cada vez mais importância diante das dificuldades em que se apresenta o trânsito nas grandes capitais do Brasil. Trata-se de um desafio para os especialistas em transportes públicos e para as autoridades dos governos. Por mais que a engenharia de trânsito apresente alternativas supostamente viáveis, os resultados são sempre frustrantes, pois tudo volta rapidamente à mesma posição. E a situação, atualmente, é mesmo de caos generalizado nas grandes metrópoles e cidades médias. Além do mais, o que muito contribuiu para aumentar a situação, que já era caótica, foi a facilidade promovida pelo governo federal, por meio da isenção de IPI para as montadoras de veículos automotores. O objetivo era impulsionar as vendas, dando mais fôlego às empresas que se encontravam em dificuldades financeiras. Por outro lado, por meio de fartas propagandas na mídia pela redução do IPI, o governo empurrou a população a comprar automóveis com desconto do IPI, sem entrada, taxa zero e longas prestações, sem prever que aumentaria o problema dos engarrafamentos. Foi um período de euforia nas vendas de carros novos, mas não chegou muito longe, porque os compradores não conseguiram arcar com o pagamento das prestações e com as despesas dos veículos, da mesma forma como está sendo feito com os beneficiários do Minha Casa Minha Vida ao criar nova linha de crédito para eletrodomésticos. Com essa política de facilitação ao crédito, a inadimplência, por motivos óbvios, aumentou assustadoramente. Não fosse esse acontecimento “imprevisto”, possivelmente teríamos, agora, mais carros do que gente. O pior é que até hoje está havendo prorrogação da redução do IPI para aquisição de carros. Dessa forma, o que antes era muito difícil para desenrolar o trânsito, agora, então, ficou impossível. Basta qualquer feriado numa segunda ou sexta-feira para que o trânsito atinja quilômetros de engarrafamentos. São Paulo, por exemplo, na quinta-feira, dia 14, alcançou um recorde histórico de lentidão, com 309 km de filas. Rio de Janeiro tem trânsito sempre congestionado na Ponte Rio-Niterói sentido Região dos Lagos, o que demanda muitas horas para se chegar ao destino. Feriadão, portanto, passou a ser considerado sinônimo de sofrimento ou tortura para a população que cai na estrada. Apesar de tudo isso, ainda há relato de satisfação: “A sensação é ótima, porque depois de 12 horas de estrada, ver a praia agora dá uma relaxada”. Ideias boas surgem por todos os lados, sem resultado prático. A última apresentada recentemente é pela implantação de faixas de ônibus, que segundo os especialistas representam a tecnologia mais simples para aumentar a velocidade dos coletivos. O modelo é São Paulo, a maior cidade do país e da América Latina, que tem tentado e vem conseguindo bons resultados com muito pouco investimento: basta pintar, apenas, uma faixa no asfalto. Todavia, as consequências são previsíveis: a mesma quantidade de carros particulares passou a ficar espremida por ter perdido uma faixa de circulação. É o mesmo problema do “cobertor curto”. Houve uma melhoria para a circulação dos veículos coletivos, em detrimento dos veículos particulares. Neste caso, os beneficiados, portanto, são os usuários de transportes coletivos. A tendência, pelo visto, é a ampliação de faixas exclusivas para ônibus ou, então, a criação de obstáculos aos veículos de passeio. Sendo resolvido dessa forma, o problema da mobilidade urbana pode melhorar para os que não possuem carro e para quem o deixa em casa, mas não é uma solução que beneficie a todos, porque as situações de engarrafamento certamente irão continuar. 

Celso Pereira Lara

292-A Saúde em JF


Texto publicado na seção "Dos Leitores" da Tribuna de Minas de 17.11.2013.

terça-feira, 5 de novembro de 2013

290-Protestos ou destruições?

Governo não consegue conter os atos de vandalismo e barbarismo

As cenas são dantescas e inexplicáveis. O país inteiro, desde a Chefa de governo até o mais humilde de uma cidade interiorana, dá sinais evidentes de que está bastante assustado e preocupado com a atual crise de violência e barbárie que, ultimamente, fazem parte dos noticiários diários. A origem dessa crise, todos sabem, começou com os atos de vandalismo que marcaram as manifestações populares de junho, depois continuou com a ação dos mascarados em movimentos isolados, porém fortes, principalmente no Rio de Janeiro, e agora tem o ponto alto com os chamados Black Blocs, cujo ápice da indignação foi a agressão covarde a um coronel da PM de São Paulo. E, paralelamente, há também os atos de violência e covardia cometidos por policiais militares: o sumiço do pedreiro Amarildo, no RJ, e o assassinato do jovem Douglas, em SP, para ficar em apenas dois exemplos. A perplexidade parece ter tomado conta de todos: sociedade e governo. O povo, acuado, aguarda soluções imediatas dos governantes; o governo, por sua vez, não consegue estancar as manifestações de protesto e vandalismos vindos das ruas. A presidente, em seu último pronunciamento, declarou o óbvio: disse que atos de violência praticados por manifestantes mascarados "são antidemocráticos e representam a barbárie, devendo ser coibidos pelas autoridades", além de defender a "garantia de segurança às pessoas e ao patrimônio durante a realização de protestos". E, declarou, também, que ações serão tomadas, anunciando um planejamento conjunto entre o Governo Federal e as administrações estaduais de SP e RJ para reagir aos atos de depredação. São várias as preocupações do governo: a primeira, e mais importante, diz respeito à reeleição da presidente em 2014. A segunda, é que o país vai sediar a Copa do Mundo de 2014. A terceira, os Jogos Olímpicos de 2016. Nesse clima de incertezas, há cinco meses, e em meio à onda de violências que ocorrem durante os protestos, o ministro da Justiça deve se reunir até o início da semana que vem com os secretários de segurança do Rio e de São Paulo, além do presidente da OAB e de outros conselhos, para discutir mudanças na legislação que possam aumentar a eficácia do combate aos vândalos. Os secretários afirmam que “as regras atuais são muito brandas”. Mas consideram brandas apenas para os vândalos. E para os outros criminosos que cometem barbaridades diariamente, incluindo os adolescentes? O foco está apenas nos protestos. No Congresso, a “CCJ acaba de aprovar a possibilidade de uma PEC que garante o pagamento de um salário mínimo mensal a vítimas de violência que ficarem com lesão incapacitante permanente e comprovem não ter recursos para se manter ou serem mantidas por suas famílias”. Tal fato deve ser muito bem visto pela opinião pública, mas não passa de um ato bastante populista e inócuo. Lembra a história de governantes que comemoram a construção de cadeias, e não o combate ao crime. Os deputados da Comissão estão, a rigor, admitindo que, se não há nada a fazer, o melhor então é indenizar quem sofre com a violência. Interessante é que isso nunca foi uma reivindicação do povo, e também não é dessa forma que as manifestações de rua, violentas ou não, serão impedidas! 

Celso Pereira Lara

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

288-Reflexões sobre a maioridade penal

A sociedade caminha insegura e conta com a própria sorte


O aumento visível da criminalidade em todo o país não poderia estar acontecendo, porque os presidentes dos cinco últimos mandatos se comprometeram em acabar com a miséria, com o problema dos menores abandonados nas ruas e com a criminalidade de uma forma geral. Entretanto, todas não passaram de promessas e agora servem apenas de combustível para as próximas campanhas eleitorais. São iniciativas que deveriam ter sido executadas com determinação e responsabilidade, para não deixar chegar ao estágio em que todos percebem. Se houve, de fato, durante esses vinte anos, um comprometimento voltado para resolver essas questões, então, pode-se dizer que as ações são insuficientes. Daí infere-se que a realização de maior rigor na legislação e a redução da maioridade penal são uma necessidade imediata. Alguns entendem que reduzir a maioridade para 16 anos é apenas uma perfumaria, para dar satisfação à opinião pública, sem eficiência prática, já que não iria resolver o problema. Por outro lado, nas ruas, o clamor por endurecimento das medidas protetivas ganhou corpo. A discussão sobre o envolvimento de adolescentes e até crianças em atos conflitantes com a lei é recorrente, mas não avança. As corporações protetoras dos menores infratores são acusadas de ser muito benevolentes com os envolvidos, e elas se defendem, alegando que se não houver inquéritos sólidos e provas robustas o acautelamento não poderá ser executado, pois não sendo assim estariam contrariando o próprio Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Embora seja um programa, criado em 1990, que carrega em sua essência ótimas intenções para solucionar os problemas das crianças e dos adolescentes, o ECA não consegue mostrar os resultados esperados. E as suas instalações físicas e as acomodações são precárias e sem a manutenção necessária para acolher os adolescentes com a dignidade proposta no Estatuto. Surge também o problema do comprometimento da base educacional e de famílias desestruturadas, incapazes de gerenciar seus primeiros passos, deixando essa missão para a própria rua. E, nesse momento, chega a droga como um perigoso componente. Parece um conflito em que todos têm razão, mas uma coisa também é certa: a questão não se fecha em nenhum desses pontos, já que o fenômeno tem outras e muitas implicações. A indignação da sociedade é o motor que deve levar as autoridades a sair da sua inércia e dos palanques, uma vez que o Estado tem suas responsabilidades objetivas, sobretudo por não dar oportunidade para quem busca e quer sair do atual status. Também falha ao não proporcionar, a contento, outros serviços, como Saúde e Segurança, deixando todos à mercê da própria sorte. 

Celso Pereira Lara

287-Redução da maioridade penal

Os adolescentes de hoje não respeitam mais nada

Assim como a reforma política não consegue avançar nos pontos mais críticos, porque os parlamentares não votariam a favor de algo que lhes traria perda de conquistas, poderes e benesses, a redução da maioridade penal não encontra acolhida por parte das corporações protetoras dos menores. No primeiro caso, o que conta é a manutenção dos privilégios ou interesses políticos; no outro, não deveria haver discordância, considerando que a população vem sofrendo os mais diversos tipos de violência praticada por criminosos com idades que variam entre 12 e 18 anos. O ingresso de adolescentes no mundo do crime está cada vez maior, e é sabido que esses menores delinquentes recebem instruções dos adultos envolvidos com a criminalidade, e que essa parceria tem sido muito comum nos anos recentes. Inclusive os próprios menores tomam a iniciativa de praticar assaltos à mão armada com a certeza da impunidade, e ainda dizem acintosamente com todas as letras: sou “di-menor". Por isso, está cada vez mais difícil acreditar nas propostas apresentadas pelas autoridades e especialistas no assunto "delinquência infantil". Temos o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA - Lei 8.069/1990), sempre dependente de implementação e de ajustes, há 23 anos, o qual entrou em vigor quando os adolescentes menores não eram tão perigosos e não cometiam crimes tão graves quanto os menores dos dias de hoje. O objetivo primordial dessa lei é proteger integralmente todos os menores de dezoito anos, os quais necessitam de uma política de atendimento específica, para que eles tenham um desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, em condições de liberdade e dignidade. Mas até quando ficaremos subjugados a esses menores infratores, que estão conscientes de suas ações, debochando de todos ao serem apreendidos e logo em seguida estão nas ruas praticando os mesmos crimes? O sistema atual de medidas socioeducativas, desenvolvido pelas políticas públicas, já deu mostras de sua ineficiência e há necessidade, com urgência, de realização de um plebiscito que contemple as idades de 12, 14 e 16 anos para definição da nova condição de maioridade penal, para efeitos criminais no Brasil. Nos Estados Unidos, por exemplo, na maioria dos seus Estados, os adolescentes com mais de 12 anos podem ser submetidos aos mesmos procedimentos dos adultos, inclusive com a imposição de pena de morte ou prisão perpétua. O Brasil precisa mesmo é de uma legislação mais rigorosa, adequada à nossa realidade, e de uma urgente redução da maioridade, para conter o avanço da criminalidade. Senão, até quando ficaremos reféns de uma impunidade que beneficia os adolescentes delinquentes? 

Celso Pereira Lara


quinta-feira, 24 de outubro de 2013

285-Reativação dos POVs



284-O Estado aparelhado

Os dados divulgados pelo governo são contestados por organismos internacionais

O aparelhamento do Estado é um dos fundamentos da política do PT. Afinal, são 12 anos montando as estruturas dos órgãos públicos e escolhendo a dedo os seus respectivos dirigentes. Os institutos de pesquisa servem para divulgar, à população, os dados estatísticos de interesse do governo, dentre eles temos o IBGE, IPEA e tantos outros institutos que se encarregam de calcular os índices que medem e auxiliam o desempenho da economia brasileira. A partir deste período de campanha eleitoral antecipada (fora da lei eleitoral) até as vésperas da eleição serão divulgados muitos índices favoráveis às políticas governamentais. Entretanto, o relatório do FMI sobre o Brasil, divulgado dia 23, afirma que o "excessivo microgerenciamento na política fiscal enfraqueceu a credibilidade do modelo fiscal de longo prazo" e reduz a expectativa de crescimento potencial. E cita especificamente “estímulos tributários do governo e manobras com receitas extraordinárias e outros ajustes (“contabilidade criativa”) para mitigar os custos desses estímulos e fechar a conta do superávit fiscal”, fato este que abalou a credibilidade do país no exterior, forçando como consequência o afastamento de muitos investidores. A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) é um órgão de cooperação internacional, composto por 34 países, com sede em Paris desde 1960, que também divulgou um relatório sobre o Brasil criticando o financiamento do BNDES com endividamento do Tesouro e uso de fórmulas não usuais de contabilidade pública. Além do mais, os estudos da OCDE revelam o retrato de distorções econômicas do Brasil e esse enorme risco que o país enfrenta. É bom registrar que a presidente da Petrobras garantiu que o caixa da estatal está "muito bem". Ela destacou ser possível pagar os R$ 6 bilhões de bônus do campo de Libra sem aporte do Tesouro Nacional. E sinalizou: "sem reajuste dos combustíveis". 

Celso Pereira Lara

283-Quadrilha policial



sexta-feira, 18 de outubro de 2013

278-Leilão do Campo de Libra

Sindicatos petistas não apoiam o leilão do Campo de Libra

Alguns sindicatos, mesmo os aparelhados pelo PT, vêm, ultimamente, tomando atitudes incompreensíveis. É uma coisa meio maluca:  é sabido que a Petrobras é totalmente aparelhada pelo PT, no entanto os petroleiros, por seu sindicato, estão em greve contra o leilão do Campo de Libra e pela campanha salarial. A greve, aprovada por tempo indeterminado, quer impedir que os campos sejam gerenciados por empresas privadas, considerando que Libra é o maior campo petrolífero até hoje descoberto na região do pré-sal. Movimentos sociais e outros sindicatos também se mostram contra a realização do leilão, pelo menos é o caso do Sindsep que já se declarou publicamente. Significa dizer que os sindicatos que apoiam o governo são contra o governo, mas votarão pela sua reeleição! Nessa segunda-feira, 21, as manifestações contrárias ao leilão irão acontecer com bastantes bandeirinhas vermelhas tremulando em todas as capitais brasileiras, e a concentração maior será na Barra da Tijuca-RJ, local em que será realizado o leilão. A grande preocupação do Planalto é que o Rio de Janeiro está passando por um período de manifestações em que há protestos pacíficos acabando em vandalismo e guerra contra os policiais. Daí as prisões a granel, aleatoriamente, para intimidar os próximos protestos. E na Barra não será diferente. Além do mais, a presidente deve estar muito apreensiva, pois dependendo da intensidade dos protestos e de suas consequências, a repercussão recairá negativamente sobre o índice de popularidade. Para garantir a ordem e a realização do leilão, ela pediu ajuda a diversas forças policiais, incluindo a PM do Cabral e aquela massacrada pela Comissão da Verdade! Só faltou convocar as Farcs para o reforço armado. Afinal, a presidente costuma fazer do jeito que ela quer e assim terá que ser, doa a quem doer e custe o que custar, pois os fins justificam os meios. 

Celso Pereira Lara


277-Comércio acuado



276-A Educação em pauta


domingo, 6 de outubro de 2013

274-PSB cresce com Marina

A grande preocupação estaria no artificialismo da união

O indecoroso troca-troca de partidos mostra claramente a fragilidade do sistema político brasileiro, e para estancar essa brincadeira por falta de fidelidade partidária o caminho seria o da reforma política em curso no Congresso, que está sem possibilidades de se concretizar neste governo. A reforma, nesse sentido, não passa de uma falácia a cada mandato, porque não há avanços significativos onde prevalecem os interesses dos parlamentares. A cada eleição presidencial fica mais caracterizado que os novos partidos políticos só servem mesmo para abrigar aqueles que se tornam dissidentes por interesse, a cada final de governo. É como renovar a roupa: cansou de usar, troca-se por outra nova. A fidelidade partidária não existe, e eles se filiam aos novos partidos, sejam de aluguel ou filhotes programados, com o objetivo de permanecer junto ao poder, refastelando-se do banquete alheio. Exemplos: PROS e SOLIDARIEDADE. Ambos surgiram sem candidatura própria à Presidência, e apenas esperam filiações de dissidentes ou oportunistas, e depois integram-se à base do governo. Na realidade, tal fato existe porque o TSE entendeu que as regras de perda de mandato para candidatos que mudam de legenda não se aplicam nos casos em que a migração é feita para um partido novo. Dos novos, o único partido que teria chances de concorrer fortemente à Presidência seria o REDE, que não obteve aprovação do TSE por falta de comprovação do número de assinaturas de apoio previsto em lei. Esse fato foi a grande e momentânea alegria do governo petista, que comemorou discretamente o fracasso de Marina, o que se poderia considerar uma reeleição garantida ao PT, ainda mais pelo fato de ela ter afirmado que não haveria um "plano B" e, assim, daria para concluir que não apoiaria ninguém, novamente, nessas eleições. Entretanto, dois dias após a rejeição de seu partido, Marina roubou a cena e conseguiu surpreender a todos, deixando os petistas profundamente preocupados até as eleições. Embora tivesse recebido o assédio de vários partidos, Marina tomou uma decisão muito lógica, portanto, acertada: filiou-se ao PSB, em apoio à candidatura de Eduardo Campos.  O artificialismo dessa união é que preocupa muito a todos. Como dissidente do PT em 2009, Marina filiou-se ao PV, mas não chegou ao segundo turno em 2010. Desta vez, na ótica da lógica, ela deveria seguir como vice na chapa de Campos, arrastando consigo 20 milhões de votos, o que faria do PSB um grande partido nesta competição. Além disso, o PSB busca partidos que estejam dispostos a uma coligação. Por outro lado, ainda falta definir o candidato que representaria o partido para concorrer nas eleições. A posição de Campos, dentro do partido, passaria a ficar ameaçada pela possível pressão para que Marina seja a candidata ideal a concorrer pelo PSB. E poderia ocorrer uma inversão na chapa, sendo Marina a candidata e Campos o vice, mesmo considerando um pouco absurda, essa possibilidade não poderia ser descartada. Além do mais, o partido poderia sofrer uma possível ameaça de racha, tendo em conta que ainda falta um bom tempo para a definição de candidaturas. É nesse ponto que o PT vai investir com todas as suas armas, forçando uma divisão no partido e fazendo com que os votos de Marina fiquem novamente pulverizados, em que muitos até favoreceriam a reeleição da presidente. Mas se de fato isso acontecer, Marina seria responsabilizada pela reeleição do PT, logo ela que tentou criar o REDE com fortes pretensões de encerrar o ciclo petista. Portanto, ela só tem uma chance mesmo: permanecer de bem com todos dentro do PSB, sendo ou não indicada para vice. Nesse cenário, há muitas possibilidades de surpresas acontecerem: José Serra poderia assumir a candidatura de Aécio, no PSDB; o PMDB poderia milagrosamente sair do armário e romper com o governo, aliando-se ao PSB para formar o terceiro bloco tão esperado. A única certeza é que até lá muita água vai rolar. Marina, quando saiu do PT, agarrou-se ao PV simplesmente para disputar as eleições como candidata à Presidência, depois lutou para implodir o partido hospedeiro. Com a decisão de Marina em buscar abrigo no PSB -- porque ela não se conforma com os desgovernos petistas e sua forma ditatorial de governar, e por isso pretende quebrar esse ciclo --, a competição eleitoral passaria a ter outra dimensão, porque a candidatura de Campos ficaria muito mais forte. Por outro lado, o Rede poderia estar com a falência decretada, porque Marina passaria a fazer parte de um projeto onde estarão Campos, Roberto Freire, Aécio, Serra e outros. Seus projetos, portanto, ficariam de lado.  

Celso Pereira Lara   

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

271-Impostos inevitáveis

Somente no Brasil, a classe que mais contribui para o governo é justamente a mais penalizada

Nesses meses finais de 2013, não só a pré-campanha eleitoral já deu sinais de vida, mas também o festival de aumento de impostos, taxas e tarifas, que já começaram a chegar ao bolso do contribuinte. Alguns valendo a partir de 2014, outros já passam a valer agora. As tarifas de ônibus interestaduais e internacionais, por exemplo, em percursos superiores a 75 quilômetros da origem, tiveram aumento de 7%, a partir de quinta-feira, dia 3. Em São Paulo, a fúria pela arrecadação fez a Prefeitura beneficiar-se do aumento de IPTU, ou, tecnicamente, da elevação provocada pela revisão do valor venal dos imóveis em 2014. São reajustes que variam entre 20% e 30% para um terço dos imóveis regularmente cadastrados, além dos sessenta mil imóveis que hoje são isentos e passarão a pagar IPTU. Haddad, petista muito querido pela sua classe política, é o prefeito de São Paulo que, em junho, disse que de jeito nenhum abriria mão do aumento das tarifas de ônibus, entretanto, durante as fortes manifestações de protestos, ele se viu obrigado a recuar de sua decisão. Segundo ele, um dos destinos do IPTU é manter o subsídio ao transporte, para manter a tarifa no ano que vem. Falta a decisão da Câmara de Vereadores. O que significa o aumento do IPTU para a classe pobre, aquela que é beneficiada pelos bolsas? Ou o que significa esse aumento para a classe rica, aquela que recebe benefícios fiscais, dentre outros, do governo? Pobre classe média, que como sempre assume os sacrifícios impostos pelos desgovernos e ainda mantém a economia em movimento. Se os aumentos de impostos não interferem na vida dos beneficiários dos projetos bolsa, então os votos estariam garantidos nas eleições. E olha que são em torno de 30% dos eleitores. Possivelmente, o aumento do IPTU seria motivo para constar nos cartazes e faixas nas próximas manifestações em São Paulo. No mesmo embalo, o reajuste do preço da gasolina, que a Petrobras já não consegue mais segurar, seria a grande notícia a sair nos próximos dias. E mais uma vez os preços dos produtos e serviços sofreriam também, sem a menor ponderação, os devidos reajustes, que no final das contas recairiam no bolso do contribuinte da tão odiada classe média, aquela que mais contribui para o governo.  

Celso Pereira Lara   

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

270-Carta de repúdio de um universitário

A respeito da carta de repúdio de um universitário

Interessante notar que a carta de repúdio ao filósofo Karl Marx, escrita por um universitário de apenas 22 anos, revela o sentimento de milhões de brasileiros, inconformados com a forma petista de governar esse país. As universidades brasileiras estão impregnadas de ideias e ideais marxistas até a alma. Respiram diariamente os métodos de revolução comunista, tais quais são praticados no Brasil durante essa década. A ousadia desse estudante merece ser seguida por todos os alunos que não se conformam com essa dominação ideológica nas universidades. A indignação dele representa a indignação do povo que clama por uma democracia legítima, mas que não seja esta que o governo tanto defende e enaltece. Constantemente aparece uma carta de repúdio a esse governo, mas a desse estudante tem um significado maior, porque ela partiu de dentro de uma universidade, onde o ambiente é sufocado por acadêmicos seguidores do marxismo, e isso não é do conhecimento do povo. O que aconteceu foi um desejo de sair do eixo dominante e revelar ao mundo o que se passa na mente dos educadores e dos alunos universitários, assim como na mente dos políticos da esquerda radical e comunista que conduzem este país ao caos. Basta observar que o decálogo de Lenin já está em prática no Brasil há 11 anos.
Celso Pereira Lara

Íntegra da carta
Caro professor,
Como o senhor deve saber, eu repudio o filósofo Karl Marx e tudo o que ele representa e representou na história da humanidade, sendo um profundo exercício de resistência estomacal falar ou ouvir sobre ele por mais de meia hora. Aproveito através deste trabalho, não para seguir as questões que o senhor estipulou para a turma, mas para expor de forma livre minha crítica ao marxismo, e suas ramificações e influências mundo afora. Quero começar falando sobre a pressão psicológica que é, para uma pessoa defensora dos ideais liberais e democráticos, ter que falar sobre o teórico em questão de uma forma imparcial, sem fazer justiça com as próprias palavras.
Me é uma pressão terrível, escrever sobre Marx e sua ideologia nefasta, enquanto em nosso país o marxismo cultural, de Antonio Gramsci, encontra seu estágio mais avançado no mundo ocidental, vendo a cada dia, um governo comunista e autoritário rasgar a Constituição e destruir a democracia, sendo que foram estes os meios que chegaram ao poder, e até hoje se declararem como defensores supremos dos mesmos ideais, no Brasil. Outros reflexos disso, a criminalidade descontrolada, a epidemia das drogas cujo consumo só cresce (São aliados das FARCs), a crise de valores morais, destruição do belo como alicerce da arte (funk e outras coisas), desrespeito aos mais velhos, etc. Tudo isso sintomas da revolução gramscista em curso no Brasil. A revolução leninista está para o estupro, assim como a gramscista está para a sedução, ou seja, se no passado o comunismo chegou ao poder através de uma revolução armada, hoje ele buscar chegar por dentro da sociedade, moldando os cidadãos para pensarem como socialistas, e assim tomar o poder. Fazem isso através da educação, o velho e ‘’bom’’ Paulo Freire, que chamam de ‘’educação libertadora’’ ou ‘’pedagogia do oprimido’’, aplicando ao ensino, desde o infantil, a questão da luta de classes, sendo assim os brasileiros sofrem lavagem cerebral marxista desde os primeiros anos de vida. Em nosso país, os meios culturais, acadêmicos, midiáticos e artísticos são monopolizados pela esquerda a meio século, na universidade é quase uma luta pela sobrevivência ser de direita.
Agora gostaria de falar sobre as consequências físicas da ideologia marxista no mundo, as nações que sofreram sob regimes comunistas, todos eles genocidas, que apenas trouxeram miséria e morte para os seus povos. O professor já sabe do ocorrido em países como URSS, China, Coréia do Norte, Romênia e Cuba, dentre outros, mas gostaria de falar sobre um caso específico, o Camboja, que tive o prazer de visitar em 2010. Esta pequena nação do Sudeste Asiático talvez tenha testemunhado o maior terror que os psicopatas comunistas já foram capazes de infligir sobre a humanidade, primeiro esvaziaram os centros urbanos e transferiram toda a população para as zonas rurais. As estatísticas apontam para uma porcentagem de entre 21% a 25% da população morta por fome, doenças, cansaço, maus-tratos, desidratação e assassinadas compulsoriamente em campos de concentração no interior. Crianças também não escaparam, separadas dos pais, foram treinadas para serem ‘’vigias da Revolução’’, denunciando os próprios familiares, quando estes cometiam ‘’crimes contra a Revolução’’. Quais eram os crimes? Desde roubar uma saca de arroz para não morrer de fome, ou um pouco de água potável, até o fato de ser alfabetizado, ou usar óculos, suposto sinal de uma instrução elevada. Os castigos e formas de extermínio, mais uma vez preciso de uma resistência estomacal, incluíam lançar bebês recém-nascidos para o alto, e apanhá-los no ar, utilizando a baioneta do rifle, sim, isso mesmo, a baioneta contra um recém-nascido indefeso.
Bem, com isto, acho que meu manifesto é suficiente, para expor meu repúdio ao simples citar de Marx e tudo o que ele representa. Diante de um mundo, e particularmente o Brasil, em que comunistas são ovacionados como os verdadeiros defensores dos pobres e da liberdade, me sinto obrigado a me manifestar dessa maneira, pois ele está aí ainda, assombrando este mundo sofrido.


Para concluir gostaria de citar o decálogo de Lenin:
1. Corrompa a juventude e dê-lhe liberdade sexual;
2. Infiltre e depois controle todos os veículos de comunicação em massa;
3. Divida a população em grupos antagônicos, incitando-os a discussões sobre assuntos sociais;
4. Destrua a confiança do povo em seus líderes;
5. Fale sempre sobre Democracia e em Estado de Direito mas, tão logo haja oportunidade, assuma o Poder sem nenhum escrúpulo
6. Colabore para o esbanjamento do dinheiro público; coloque em descrédito a imagem do País, especialmente no Exterior e provoque o pânico e o desassossego na população;
7. Promova greves, mesmo ilegais, nas indústrias vitais do País;
8. Promova distúrbios e contribua para que as autoridades constituídas não as coíbam;
9. Contribua para a derrocada dos valores morais, da honestidade e da crença nas promessas dos governantes, nossos parlamentares infiltrados nos partidos democráticos devem acusar os não-comunistas, obrigando-os, sem pena de expô-los ao ridículo, a votar somente no que for de interesse da causa;
10. Procure catalogar todos aqueles que possuam armas de fogo, para que elas sejam confiscadas no momento oportuno, tornando impossível qualquer resistência à causa.
Obrigado, caro professor, pela compreensão.
Ass.: João Victor Gasparino da Silva

terça-feira, 1 de outubro de 2013

269-Radicalizar, jamais!

Vazamento de informações sigilosas é fato muito antigo

Que a presidente tem se mostrado de pavio curto, ultimamente, isso todos já perceberam. Tudo começou a partir das manifestações de junho, que produziram a queda de sua popularidade, e, mais recentemente, o episódio do vazamento de informações sigilosas suas e da Petrobrás, que a levou a tomar decisões radicais, quebrando agenda internacional, em retaliação ao Chefe da nação americana. Contudo, a intenção de levar adiante uma novela que a presidente gostaria de encenar com Obama, de olho apenas no palanque eleitoral de 2014, parece não ter prosperado, porque nem chegou ao ponto de rascunhar a introdução do script. É que a presidente aparentemente perdeu ao decidir cancelar o convite do Chefe norte-americano para uma reunião em Washington, no dia 23 de outubro, ou seja, cancelou uma visita de Estado, um tipo de encontro entre autoridades que tem o grau de importância mais alto na diplomacia. Lembrando que nem Lula recebeu a honraria. O último líder brasileiro a fazer uma visita assim foi Fernando Henrique, em 1995, portanto o governo petista ainda não participou desse encontro, na Casa Branca, com os rivais imperialistas. Na política internacional, saber administrar o diálogo cordial com o presidente de superpotência é fundamental para a diplomacia de qualquer nação, a fim de evitar uma possível crise diplomática e, na sequência, comprometer as relações bilaterais. Radicalizar, jamais! Todos sabem que a espionagem existe desde sempre e que não seria resolvida com tecnologia ou legislação, porque é um problema político internacional, onde o mais forte sempre sai ganhando. Aqui, na América Latina, por exemplo, sempre houve espionagem aos países vizinhos, portanto somos os próprios imperialistas, com práticas que tanto condenamos nos outros. Mas, nessa queda de braço, proposta pela presidente, todo mundo sabe que é o Brasil quem vai sair perdendo, inegavelmente. Assim como acredita que está fazendo um bom governo, a presidente deve acreditar, também, que o Brasil cresceu tanto a ponto de se tornar uma potência independente economicamente e capaz de enfrentar qualquer inimigo. Isso até pode ser real para ela, entretanto não se deve esquecer que os Estados Unidos continuam sendo a maior economia do mundo, queiram ou não seus inimigos. A presidente, cujo discurso na ONU não teve a menor repercussão nos EUA (“O Brasil sabe proteger-se, repudia, combate e não dá abrigo a grupos terroristas”), voltou para casa achando que tinha "arrasado", o que está muito distante da realidade. Sua fala pode ter feito muito sucesso entre os petistas e aliados, mas não no mundo. Talvez, no dia 23, nem percebam a ausência da Chefa brasileira na reunião na Casa Branca. 

Celso Pereira Lara    

268-Insegurança no Parque Halfeld


domingo, 29 de setembro de 2013

267-Partidos e a campanha antecipada

Uma campanha eleitoral onde a competição não deixa de ser um faz de conta

A criação de partidos políticos faz bem para qualquer país de regime democrático. Pluralidade partidária, portanto, é essencial para os debates e as decisões de governo. Lamentável é verificar que a maioria só serve de aluguel aos partidos de grande representatividade. Percebe-se nitidamente que a maioria já nasce com a intenção de formar aliança com um partido do governo, que a cada eleição fica mais fortalecido. Na realidade, novos partidos não deixam de ser crias ou filhotes programados. Não existem mais a ideologia partidária, a ética e o compromisso programático, que são a base de sustentação e fidelidade de seu estatuto, para que seus filiados candidatos se apresentem como legítimos representantes do povo. Como atualmente só há dois grandes partidos adversários, PT e PSDB, a geração de grupos organizados, ultimamente, só tem servido para levar ao poder um ou outro. Não há competitividade política entre as três dezenas de partidos; prevalece, apenas, o jogo de interesses próprios, mesquinhos, colocando de lado os interesses da sociedade, da nação. A competição, então, não deixa de ser um faz de conta. Os novos partidos já nascem sem identidade própria e passam a ser cooptados pelos partidos majoritários, rasgando o seu próprio estatuto. Temos exemplos recentes: O PROS (Republicano) foi criado para se agarrar ao PT; o SDD (Solidariedade), ao PSDB. Ambos foram aprovados mesmo com assinaturas de apoio sob suspeita. Agora, são 32 partidos e com o REDE seriam 33. Interessante notar que os dois partidos conseguiram os registros em curto espaço de tempo, enquanto o REDE ainda encontra obstáculos no TSE, e o prazo é ate o dia 3 de outubro para validar, em cartórios, 37 mil assinaturas que ainda faltam para completar o total de 492 mil, exigido por lei. Quanto aos empecilhos que Marina vem enfrentando para regularização de seu partido, dizem que não estariam isentos de suspeitas. E nessa disputa pelo poder tudo é possível, até jogo sujo! O Partido dos Trabalhadores está no governo pelo terceiro mandato consecutivo e vai tentar conquistar a Presidência pela quarta vez. E, se isso acontecer, possivelmente a estrutura do governo passaria de 39 para 45 ministérios. O Brasil convive com uma falsa democracia ou com uma falsa alternância de poder? Cada vez maior, o aparelhamento do Estado, montado pelo PT, assim parece funcionar nas três esferas: Ao Legislativo compete legislar no interesse dos políticos; ao Executivo compete administrar os recursos públicos em benefício próprio; ao Judiciário compete defender e proteger todos os envolvidos em corrupção. Vivemos em um país sem leis sólidas, sem garantias constitucionais e sem definição política condizente com a verdadeira democracia. O ex-presidente, como sempre, não perde uma oportunidade: já está participando de eventos políticos ou festas do PT (comícios agendados), enaltecendo os feitos do governo e a figura da Chefa, sem a menor preocupação com a imprensa, com a Justiça ou com a sociedade, visando à reeleição da presidente a todo custo. Se o TSE não fosse um órgão aparelhado, certamente alguma providência já teria sido tomada, e a Procuradoria Regional Eleitoral teria feito uma advertência ou punição ao diretório do PT sobre propaganda eleitoral antecipada.  Afinal, propaganda eleitoral só é permitida a partir de 6 de julho de 2014, data prevista no calendário eleitoral divulgado pelo Tribunal Superior Eleitoral. A Lei 9.504/97 considera propaganda eleitoral antecipada atos parlamentares que mencionem possível candidatura, pedido de votos ou de apoio eleitoral, tanto em reuniões presenciais ou comícios, quanto em sites da internet, jornal eletrônico ou formas de divulgação em massa. Lembrando que no dia 12 de setembro o TSE decidiu liberar propaganda eleitoral antecipada por meio da rede social Twitter. Passa, então, a valer três meses antes do primeiro turno do pleito. Quem foi o defensor dessa proposta? Dias Toffoli. Dos outros sete, cinco ministros o seguiram no TSE, por entenderem que não se trata de meio de comunicação de massa, como televisão e rádio. Na mesma esteira de campanha, até a presidente já tem redes sociais de internet à sua disposição: Facebook, Twitter, Portal “Dilma Bolada” e outros meios de marketing político. Dessa forma, a festa já começou, e o povo, apesar de indignado, assiste a mais uma insensatez dos atuais Presidentes da República. O bagulho tá doido! 


Celso Pereira Lara