domingo, 1 de dezembro de 2013

301-A democracia petista

Democracia não condiz com governos tirânicos

"Na história deste país, se a juventude lesse a biografia de Getúlio Vargas, de Juscelino Kubitschek e outras biografias, provavelmente não iriam desprezar a política, e muito menos a imprensa ia avacalhar a política como avacalha hoje. Não há nenhum momento da história, em nenhum lugar do mundo, que a negação da política tenha trazido algo melhor do que a política. O que aparece sempre quando se nega a política é um grupo praticando, na verdade, a ditadura”, disse Lula em seu discurso, ao elogiar Sarney, em final de outubro, segundo a Agência Brasil. Até aqui, nada de novo no front. Não é de causar nenhum espanto, porque todos já o conhecem muito bem pela fama de apedeuta e as frases de efeito são sempre as mesmas. O ex-presidente teve, contudo, a petulância de dizer que a imprensa brasileira atenta contra a democracia, ao avacalhar a política. Mas, afinal, que política é essa do governo petista, tão envolvida em escândalos e falcatruas, e tão avacalhada pela mídia? Ser democrático, para Lula, é permitir assaltos aos cofres públicos e tentar passar despercebido; é maquiar as contas públicas, na contabilidade criativa, para que no final do ano o Superávit seja bem visto pelo FMI, fato este que logo foi descoberto e a credibilidade do país foi reduzida pelos investidores estrangeiros. Avacalhar a política é chegar ao total de 39 ministérios; é compor a base governista com 22 partidos; é comprar votos de parlamentares no Congresso; é importar médicos cubanos, contrariando as leis trabalhistas do Brasil, com o objetivo de socorrer financeiramente a Cuba. Avacalhar a política é fazer propaganda do governo, em campanha eleitoral, a dois anos das eleições presidenciais, nos palanques dos candidatos petistas à Prefeitura; é um Chefe da Casa Civil ser condenado à prisão, qualificado como Chefe do esquema no processo do mensalão. E, no momento em que os petistas iam para o xadrez, saudaram os companheiros com os punhos esquerdos erguidos e cerrados, num gestual antigo da Internacional Socialista, organização mundial que luta pelas causas da esquerda na direção do comunismo. Ao mesmo tempo, diziam-se vítimas de um julgamento político pelo STF, apesar de ser um Tribunal quase totalmente aparelhado, com sete juízes indicados pelo Ex-presidente e pela atual. Por acaso, aparelhar o STF não seria uma avacalhação da pior espécie com a instituição que tem a função de servir como guardião da Constituição Federal, e assim garantir a democracia? Avacalhar a política é um ex-presidente dizer aos companheiros mensaleiros presos na Papuda: “estamos juntos”. Que moral teria qualquer fanático pelo PT para dizer que a imprensa avacalha a política, quando até o Ex-presidente da República Petista está envolvido em ação de improbidade, movida pela Procuradoria e ainda em andamento? Avacalhar, mesmo, em nome do poder, é fazer alianças espúrias com políticos condenados por corrupção - um procurado pela Interpol;  outro,  por cassação de mandato (processo de  impeachment) -, confirmando assim que o partido governista está corrompido até a alma. Avacalhar a democracia é ter criado o Foro de São Paulo, juntamente com Fidel Castro, e ter participado de todas as reuniões, até hoje, com o objetivo de implantar o comunismo nos países da América Latina. Avacalhar a política é a Câmara dos Deputados não cassar os mandatos dos políticos condenados à prisão pelo STF. Comprovadamente, no Brasil, a democracia só serve como vitrine para esconder os verdadeiros interesses escusos dos petistas. Diante desses mega-atentados à democracia, será que o povo brasileiro ainda não percebeu que a imprensa tem se esforçado para acabar com o direito democrático de os governantes se locupletarem à vontade? Pelo que se sabe, o termo democracia se refere a um regime de governo em que os cidadãos, por meio de representantes eleitos, tomam decisões importantes em benefício de todos.  Entretanto, o pai do PT parece ter uma visão deturpada acerca deste conceito. Tornaram-se públicas, por exemplo, em novembro, as condenações de prisão dos mensaleiros e as prisões preventivas de três fiscais suspeitos de corrupção na Prefeitura de São Paulo. “Nunca antes na história deste país se prendeu tanto”. Agora, é o PT na Papuda! Dessa forma, não cabe à imprensa a responsabilidade pela formação de uma imagem negativa do poder público. No exercício de suas funções e fazendo uso da liberdade de expressão, os meios de comunicação cumprem o seu papel fundamental: o de levar informação aos cidadãos. Afinal, todos têm o direito de tomar conhecimento do que se passa nas entranhas do poder, dos procedimentos de seus governantes e da forma como administram os recursos públicos. Os cidadãos são os fiscais das contas públicas, porque são, além de tudo, contribuintes dos maiores impostos do mundo. Interessante é que no governo do PT foram muitas as tentativas de enfraquecer para calar os meios de comunicação, porém, todas sem sucesso. A imprensa, por exemplo, é uma área em que o aparelhamento não acontece plenamente, porque os poucos jornais e revistas que ainda oferecem resistência são muito fortes e jamais se deixarão dominar pelas ideologias petistas. Na Argentina, a Corte Suprema de Justiça declarou, em outubro, a constitucionalidade de quatro artigos da Lei de Mídia, medida que limita a atuação das empresas de comunicação em todo o país e implementa uma fiscalização do funcionamento dos canais de TV e estações de rádio. Vitória, portanto, da presidente Cristina Kirchner, que aos poucos vai impondo a sua tirania, de acordo com as suas convicções. Se Lula conseguisse, ao menos, esse feito, já estaria meio caminho andado, porque, na realidade, o que ele desejaria mesmo é o domínio total sobre a forma de jornalismo e a sua divulgação. Apesar da evidente deterioração na política brasileira e dos desvios de rumo da democracia, o governo petista, totalmente sem pudor, possivelmente seria reeleito em 2014. Na Argentina, a democracia segue à moda Cristina; no Brasil, a democracia segue à moda Lula. Então, cada país tem a democracia avacalhada que merece! 

Celso Pereira Lara

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