segunda-feira, 18 de novembro de 2013

295-Sete homens e um destino

As coincidências às vezes são previsíveis

Num primeiro momento, pode parecer coincidência com alguns pontos do famoso filme americano de western de 1960: The Magnificent Seven. O filme conta a história de "um grupo de mexicanos, residentes em um pequeno vilarejo, e que vivem aterrorizados pelo bandido Calvera e sua gangue, que invadem o local com frequência para roubarem mantimentos. Os mexicanos não têm armas, dinheiro e nem tampouco temperamento violento. Visando obter ajuda, três deles deslocam-se até a fronteira onde encontram Chris Adms (Yul Brynner) e Vin (Steve McQueen), dois pistoleiros norte-americanos desempregados e que arregimentam mais cinco companheiros, para juntos defenderem o vilarejo". Até aqui é o magnífico filme. Mas, na realidade, os sete homens brasileiros fazem parte da segunda leva de condenados à prisão, pelo Supremo Tribunal Federal. É que eles foram condenados no processo do mensalão, diferentemente do filme, em que os sete homens americanos foram contratados para salvar o povo de um vilarejo, e não para saqueá-lo mais ainda. Os políticos são eleitos para engrandecer o Brasil, promovendo o desenvolvimento econômico e o crescimento da renda e do emprego, mas não para formação de quadrilhas e saquearem os cofres públicos. Nessa segunda etapa do processo julgado, o STF expediu mandados que contemplam sete homens e um destino: a prisão. Se, novamente, não por coincidência, algum dos sete apresentar sintomas de saúde debilitada, ele poderá reivindicar prisão domiciliar, da mesma forma que um dos 12 condenados da primeira etapa. O curioso é que, sempre que algum político é pego em corrupção, e depois é julgado e condenado, a saúde dele logo fica comprometida, necessitando de cuidados médicos e internação. Mas, enquanto os esquemas de corrupção estiverem dando certo, a saúde também fica perfeita, e então não há nada a reclamar.

Celso Pereira Lara

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