As coincidências às vezes são previsíveis
Num primeiro
momento, pode parecer coincidência com alguns pontos do famoso filme americano
de western de 1960: The Magnificent Seven. O filme conta a história de "um
grupo de mexicanos, residentes em um pequeno vilarejo, e que vivem
aterrorizados pelo bandido Calvera e sua gangue, que invadem o local com
frequência para roubarem mantimentos. Os mexicanos não têm armas, dinheiro e
nem tampouco temperamento violento. Visando obter ajuda, três deles deslocam-se
até a fronteira onde encontram Chris Adms (Yul Brynner) e Vin (Steve McQueen),
dois pistoleiros norte-americanos desempregados e que arregimentam mais cinco
companheiros, para juntos defenderem o vilarejo". Até aqui é o magnífico
filme. Mas, na realidade, os sete homens brasileiros fazem parte da segunda
leva de condenados à prisão, pelo Supremo Tribunal Federal. É que eles foram
condenados no processo do mensalão, diferentemente do filme, em que os sete
homens americanos foram contratados para salvar o povo de um vilarejo, e não
para saqueá-lo mais ainda. Os políticos são eleitos para engrandecer o Brasil,
promovendo o desenvolvimento econômico e o crescimento da renda e do emprego,
mas não para formação de quadrilhas e saquearem os cofres públicos. Nessa
segunda etapa do processo julgado, o STF expediu mandados que contemplam sete
homens e um destino: a prisão. Se, novamente, não por coincidência, algum dos
sete apresentar sintomas de saúde debilitada, ele poderá reivindicar prisão
domiciliar, da mesma forma que um dos 12 condenados da primeira etapa. O
curioso é que, sempre que algum político é pego em corrupção, e depois é
julgado e condenado, a saúde dele logo fica comprometida, necessitando de
cuidados médicos e internação. Mas, enquanto os esquemas de corrupção estiverem
dando certo, a saúde também fica perfeita, e então não há nada a reclamar. 
Celso Pereira Lara
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