Os dados divulgados pelo governo são contestados por
organismos internacionais 
O
aparelhamento do Estado é um dos fundamentos da política do PT. Afinal, são 12
anos montando as estruturas dos órgãos públicos e escolhendo a dedo os seus
respectivos dirigentes. Os institutos de pesquisa servem para divulgar, à
população, os dados estatísticos de interesse do governo, dentre eles temos o IBGE,
IPEA e tantos outros institutos que se encarregam de calcular os índices que
medem e auxiliam o desempenho da economia brasileira. A partir deste período de
campanha eleitoral antecipada (fora da lei eleitoral) até as vésperas da eleição
serão divulgados muitos índices favoráveis às políticas governamentais.
Entretanto, o relatório do FMI sobre o Brasil, divulgado dia 23, afirma que o
"excessivo microgerenciamento na política fiscal enfraqueceu a
credibilidade do modelo fiscal de longo prazo" e reduz a expectativa de
crescimento potencial. E cita especificamente “estímulos tributários do governo
e manobras com receitas extraordinárias e outros ajustes (“contabilidade
criativa”) para mitigar os custos desses estímulos e fechar a conta do superávit
fiscal”, fato este que abalou a credibilidade do país no exterior, forçando como
consequência o afastamento de muitos investidores. A Organização para a
Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) é um órgão de cooperação
internacional, composto por 34 países, com sede em Paris desde 1960, que também
divulgou um relatório sobre o Brasil criticando o financiamento do BNDES com
endividamento do Tesouro e uso de fórmulas não usuais de contabilidade pública.
Além do mais, os estudos da OCDE revelam o retrato de distorções econômicas do
Brasil e esse enorme risco que o país enfrenta. É bom registrar que a presidente
da Petrobras garantiu que o caixa da estatal está "muito bem". Ela
destacou ser possível pagar os R$ 6 bilhões de bônus do campo de Libra sem
aporte do Tesouro Nacional. E sinalizou: "sem reajuste dos
combustíveis". 
Celso
Pereira Lara
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