quinta-feira, 24 de outubro de 2013

284-O Estado aparelhado

Os dados divulgados pelo governo são contestados por organismos internacionais

O aparelhamento do Estado é um dos fundamentos da política do PT. Afinal, são 12 anos montando as estruturas dos órgãos públicos e escolhendo a dedo os seus respectivos dirigentes. Os institutos de pesquisa servem para divulgar, à população, os dados estatísticos de interesse do governo, dentre eles temos o IBGE, IPEA e tantos outros institutos que se encarregam de calcular os índices que medem e auxiliam o desempenho da economia brasileira. A partir deste período de campanha eleitoral antecipada (fora da lei eleitoral) até as vésperas da eleição serão divulgados muitos índices favoráveis às políticas governamentais. Entretanto, o relatório do FMI sobre o Brasil, divulgado dia 23, afirma que o "excessivo microgerenciamento na política fiscal enfraqueceu a credibilidade do modelo fiscal de longo prazo" e reduz a expectativa de crescimento potencial. E cita especificamente “estímulos tributários do governo e manobras com receitas extraordinárias e outros ajustes (“contabilidade criativa”) para mitigar os custos desses estímulos e fechar a conta do superávit fiscal”, fato este que abalou a credibilidade do país no exterior, forçando como consequência o afastamento de muitos investidores. A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) é um órgão de cooperação internacional, composto por 34 países, com sede em Paris desde 1960, que também divulgou um relatório sobre o Brasil criticando o financiamento do BNDES com endividamento do Tesouro e uso de fórmulas não usuais de contabilidade pública. Além do mais, os estudos da OCDE revelam o retrato de distorções econômicas do Brasil e esse enorme risco que o país enfrenta. É bom registrar que a presidente da Petrobras garantiu que o caixa da estatal está "muito bem". Ela destacou ser possível pagar os R$ 6 bilhões de bônus do campo de Libra sem aporte do Tesouro Nacional. E sinalizou: "sem reajuste dos combustíveis". 

Celso Pereira Lara

Nenhum comentário:

Postar um comentário