Final de ano com
generosidade excessiva
O
governo do PT é mesmo muito criativo, até demais. Lula criou mais de trinta
ministérios em seu governo, para acalmar os políticos da oposição. E, agora, na
sequência, Dilma apresentou um projeto de criação do 39º ministério: o da
Micro e Pequena Empresa, com um ministro extraordinário, um
secretário-executivo e 66 cargos em comissão. E, também, uma secretaria com
status de ministério. O custo previsto é de R$ 7,9 milhões e o projeto já foi
aprovado na Câmara, mas precisa ser aprovado no Senado, antes de ir à sanção
presidencial. Especula-se que seria para o Kassab, do PSD, a ser novo
integrante da base do governo. Se mais adiante surgir um problema no Congresso,
novo ministério poderá ser criado como solução. A disposição da presidente
Dilma de ampliar o número de ministros pode ir consolidando sua maioria no
Congresso, mas é prejudicial ao bom desempenho da máquina administrativa. São
muitas as funções redundantes. Há ministros batendo cabeça por conta de suas
atribuições, como há ministros que talvez ela nem se lembre. Traduzindo: é uma
forma de mensalão legalizado. Não é uso indevido de recursos públicos, mas é um
verdadeiro desperdício de dinheiro do povo, para garantia de sua reeleição.  A generosidade da presidente Dilma transcende
toda medida de bom senso ao administrar a coisa pública. Falta coerência. Com
os funcionários públicos, Dilma não foi nada generosa: negou reajustes salariais
e ofereceu apenas 5,13%, a cada ano, de 2013 a 2015. Por isso, causou a maior
greve da história, com 300 mil funcionários paralisados, mas ela não cedeu um
centavo e todos tiveram que recuar. Ao contrário, a Câmara aprovou, no dia 21,
o projeto que reajusta o salário inicial de 350 servidores de nível médio dos
atuais R$ 6.697,66 para R$ 10.007,11. O reajuste será de 49,4% e passa a valer
a partir da publicação do resultado da votação do projeto. Ele beneficia
técnicos administrativos, paramédicos e agentes da polícia legislativa que
passaram nos concursos realizados nos últimos quatro anos. A Câmara e o Senado
também são complacentes, até demais: eles costumam aprovar aumentos em seus próprios
salários na calada da noite e ao findar do ano. De fato, são todos muito generosos
utilizando o dinheiro do povo trabalhador. Mas a quantas anda a justiça social?
Celso Pereira Lara
Celso Pereira Lara
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