domingo, 18 de novembro de 2012

119-Lula e suas preocupações

Lula não será poupado após o julgamento do mensalão

À medida que o julgamento do mensalão aproxima-se do seu final, o termômetro das preocupações de Lula aumenta cada vez mais. Essa inquietação faz sentido e se deve às consequências das ações que praticou quando ocupava a Presidência da República, e que, atualmente, além de não gozar de foro privilegiado, sua popularidade vai de mal a pior. A começar pela Ação Civil Pública que corre na 13ª Vara Federal pela improbidade administrativa de fazer um esforço de propaganda para o banco BMG endividar aposentados e pensionistas do INSS. O processo contra Lula é muito mais sério do que ele espera. O ex-presidente foi autuado no dia 31 de janeiro de 2011, pelo juiz Paulo Cesar Lopes, mas o caso ficou abafado até recentemente. Na ação civil pública, por dano ao erário e improbidade administrativa, Lula e seu ex-ministro da Previdência, Amir Lando, são processados a pedido do Ministério Público Federal, em Brasília (processo 0007807-08.2011.4.01.3400). O humor de Lula anda péssimo e se ainda, ou quando, consegue esboçar um sorriso, logo se percebe que não é aquele espontâneo; é uma risada pálida. Fala-se que Lula desistiria do Planalto para 2014, mas que pretende apoiar a reeleição de Dilma ou até de um novo candidato. Tudo leva a pensar que Lula estaria se isolando, não para refletir no que fez ou deixou de fazer, mas por causa dos vários processos que pesam em suas costas. O Processo Investigatório 2.474, com 77 volumes em sigilo, apura as supostas irregularidades no convênio entre o Banco BMG e o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), com a participação da Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência (Dataprev), para a “operacionalização de crédito consignado a beneficiários e pensionistas”. Lembrando que o BMG é o mesmo banco envolvido no mensalão. O caso dormita blindado, desde 2007, no Supremo Tribunal. Por último, como desdobramento do esquema do mensalão, um pedido de investigação de eventual participação de Lula, tendo Marcos Valério como principal acusador. Na representação apresentada à Procuradoria Geral da República, os oposicionistas argumentam que a justificativa para a condenação de José Dirceu também cabe ao ex-presidente Lula, tendo em vista que Lula era o chefe do próprio Dirceu, Chefe da Casa Civil, à época dos fatos. O risco é mais real que nunca, considerando que o STF deverá continuar engrenado, principalmente nos julgamentos das ações contra o governo petista, sob os aplausos do povo brasileiro que não suporta mais corrupções e em nome da credibilidade da Suprema Corte.

Celso Pereira Lara

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