Mais uma vez Marina seria assediada, possivelmente!
Não há dúvidas que já começou a campanha presidencial
2014, com a discussão aberta de nomes. Dilma-PT; Aécio-PSDB; Marina-Rede,
partido que ainda nem existe; Campos-PSB; Joaquim Barbosa, que nem partido tem,
entre os mais cotados e citados; e coligações, com abertura de temporada de
traições, com siglas maiores: PSB, por exemplo; ou menores: PTB e PR, chantageando
à vontade e ameaçando ora estar num lugar ora em outro. A pré-campanha agora
representa uma perigosa paralisia administrativa no governo federal ou, no
mínimo, a entrada presidencial num jogo de interesses que não fará bem à nação.
Mas há quem sustente que politizar o debate desde já é prova de que o Brasil
está democraticamente maduro. De uma forma ou de outra, a euforia já tomou
conta dos políticos. Eduardo Campos, do PSB, por exemplo, já tomou suas
decisões, ao desembarcar do governo do PT e surpreender a todos: governo e
sociedade. Pressionado pelo seu partido e pelas circunstâncias externas, não lhe
restaram possibilidades de continuar se fartando do banquete alheio. Se foi uma
atitude precipitada ou se foi um pouco demorada, de qualquer forma foi uma
decisão acertada, que pegou o governo petista de calças na mão. A presidente e
os líderes do partido governista tentam a todo custo manter o bom diálogo com o
candidato à Presidência, Eduardo Campos-PSB, pois sabem perfeitamente que ele
poderia trazer resultados imprevistos nas pesquisas. E se ele não for para o
segundo turno, sem dúvida seria um aliado do PSDB, forte concorrente do PT.
Sabe-se que os prováveis futuros candidatos à Presidência da República, Aécio e
Campos, teriam fechado uma espécie de pacto de não-agressão pré-campanha
eleitoral. E isso incomoda politicamente a cúpula petista, que tenta adoçar, a
todo custo, a amizade com Campos para uma possível aliança no segundo turno,
considerando que a candidata à reeleição não venceria no primeiro. Pela ordem,
até o momento, teríamos: Dilma, Marina, Aécio e Campos. Marina, ao deixar o PT
em 2009, filiou-se ao PV e agora tenta fundar o partido Rede Sustentabilidade,
que está encontrando dificuldades no registro da sigla. Marina
diz não ter 'plano B' para o caso de o TSE negar registro ao partido Rede. A ex-senadora
diz que está confiante na criação da legenda, por isso só trabalha com o
"plano A". O Ministério Público Eleitoral diz que Rede só conseguiu
20% das assinaturas para registro, e para concorrer às eleições do ano que vem,
a legenda precisa ter a criação aprovada pelo plenário do tribunal eleitoral
até 5 de outubro. Até lá, o TSE só tem mais quatro sessões, nos dias 24 e 26 de
setembro, e em 1º e 3 de outubro. Agora, como explicar a dificuldade de se
criar um partido de bases idealistas, enquanto dezenas de legendas de aluguel
só servem para ocupar espaços e orbitar as sombras do poder? Para o PT, a manutenção de amizade
com Campos garantiria cargos petistas no governo, caso o PSB ganhe a
Presidência. E, dessa forma, tudo continuaria com os fluxos petistas dentro do
governo do PSB, por exemplo, na Petrobrás. O candidato do PSB, Campos, poderia
surpreender novamente a todos: recusar uma aliança com o PT no segundo turno ou
recusar uma aliança com o PT na composição da base de governo. Ao considerar
que já existe um namoro oficial entre PSDB e PSB, possivelmente a grande
surpresa está mesmo é em Marina, que poderia ser muito assediada, caso não consiga
o registro de seu partido.    
Celso
Pereira Lara
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