Uma campanha eleitoral onde
a competição não deixa de ser um faz de conta
domingo, 29 de setembro de 2013
quinta-feira, 26 de setembro de 2013
quarta-feira, 25 de setembro de 2013
265-A purificação do PSB
A
faxina de que o partido precisava já aconteceu
A decisão de Eduardo Campos de desembarcar do governo
petista não agradou nem a alguns membros do partido, que a partir de agora é de oposição. Mas o PSB, por isso, vai ficar mais leve e confiável. É que, com a renúncia coletiva e
desfiliação de Cid Gomes (governador do Ceará) , Ciro Gomes (nomeado secretário
da Saúde, no Ceará, pelo seu irmão Cid) e Leônidas Cristiano (ministro dos
Portos), o partido passaria a ganhar mais transparência e, consequentemente, aumento
de credibilidade. A saída em conjunto, que ocorreu por livre e espontânea
vontade de seus integrantes, colocou o partido em melhores condições de
concorrer às eleições em 2014. Na realidade, eram expressivos pontos negativos
que vinham pesando na credibilidade do PSB. O grupo dissidente acertou seu
ingresso no PROS, partido de apoio ao governo petista, cuja autorização para
funcionamento foi dada ontem pela Justiça Eleitoral. Um dos motivos da
dissidência coletiva foi o fato de Campos ter deixado o governo, de forma surpreendente, sinalizando
que seria inevitável a candidatura própria para levar adiante seu projeto
político. Por outro lado, não faria sentido a permanência do grupo dentro do
partido, considerando que os dissidentes fizeram parte do projeto de eleição da
presidente Dilma. Mas no fundo, mesmo, revela-se oportunismo desmedido. Por que, então,
não se filiaram ao PT, logo que a presidente foi eleita? E por que se filiarem,
agora, ao PROS, para defender o apoio à reeleição do PT? Esses são os políticos
que ficam rondando as sombras do poder! Com a renovação do PSB, as chances de
uma subida nas pesquisas aumentariam consideravelmente.  
Celso
Pereira Lara
domingo, 22 de setembro de 2013
264-A pré-campanha eleitoral
Mais uma vez Marina seria assediada, possivelmente!
Não há dúvidas que já começou a campanha presidencial
2014, com a discussão aberta de nomes. Dilma-PT; Aécio-PSDB; Marina-Rede,
partido que ainda nem existe; Campos-PSB; Joaquim Barbosa, que nem partido tem,
entre os mais cotados e citados; e coligações, com abertura de temporada de
traições, com siglas maiores: PSB, por exemplo; ou menores: PTB e PR, chantageando
à vontade e ameaçando ora estar num lugar ora em outro. A pré-campanha agora
representa uma perigosa paralisia administrativa no governo federal ou, no
mínimo, a entrada presidencial num jogo de interesses que não fará bem à nação.
Mas há quem sustente que politizar o debate desde já é prova de que o Brasil
está democraticamente maduro. De uma forma ou de outra, a euforia já tomou
conta dos políticos. Eduardo Campos, do PSB, por exemplo, já tomou suas
decisões, ao desembarcar do governo do PT e surpreender a todos: governo e
sociedade. Pressionado pelo seu partido e pelas circunstâncias externas, não lhe
restaram possibilidades de continuar se fartando do banquete alheio. Se foi uma
atitude precipitada ou se foi um pouco demorada, de qualquer forma foi uma
decisão acertada, que pegou o governo petista de calças na mão. A presidente e
os líderes do partido governista tentam a todo custo manter o bom diálogo com o
candidato à Presidência, Eduardo Campos-PSB, pois sabem perfeitamente que ele
poderia trazer resultados imprevistos nas pesquisas. E se ele não for para o
segundo turno, sem dúvida seria um aliado do PSDB, forte concorrente do PT.
Sabe-se que os prováveis futuros candidatos à Presidência da República, Aécio e
Campos, teriam fechado uma espécie de pacto de não-agressão pré-campanha
eleitoral. E isso incomoda politicamente a cúpula petista, que tenta adoçar, a
todo custo, a amizade com Campos para uma possível aliança no segundo turno,
considerando que a candidata à reeleição não venceria no primeiro. Pela ordem,
até o momento, teríamos: Dilma, Marina, Aécio e Campos. Marina, ao deixar o PT
em 2009, filiou-se ao PV e agora tenta fundar o partido Rede Sustentabilidade,
que está encontrando dificuldades no registro da sigla. Marina
diz não ter 'plano B' para o caso de o TSE negar registro ao partido Rede. A ex-senadora
diz que está confiante na criação da legenda, por isso só trabalha com o
"plano A". O Ministério Público Eleitoral diz que Rede só conseguiu
20% das assinaturas para registro, e para concorrer às eleições do ano que vem,
a legenda precisa ter a criação aprovada pelo plenário do tribunal eleitoral
até 5 de outubro. Até lá, o TSE só tem mais quatro sessões, nos dias 24 e 26 de
setembro, e em 1º e 3 de outubro. Agora, como explicar a dificuldade de se
criar um partido de bases idealistas, enquanto dezenas de legendas de aluguel
só servem para ocupar espaços e orbitar as sombras do poder? Para o PT, a manutenção de amizade
com Campos garantiria cargos petistas no governo, caso o PSB ganhe a
Presidência. E, dessa forma, tudo continuaria com os fluxos petistas dentro do
governo do PSB, por exemplo, na Petrobrás. O candidato do PSB, Campos, poderia
surpreender novamente a todos: recusar uma aliança com o PT no segundo turno ou
recusar uma aliança com o PT na composição da base de governo. Ao considerar
que já existe um namoro oficial entre PSDB e PSB, possivelmente a grande
surpresa está mesmo é em Marina, que poderia ser muito assediada, caso não consiga
o registro de seu partido.    
Celso
Pereira Lara
segunda-feira, 16 de setembro de 2013
262-Vazamento de informações
A preocupação é maior com
os países da América Latina
A justificativa que o
presidente dos EUA apresentou parece estar carregada de evasivas. Não convenceu,
portanto, a chefe do governo brasileiro, nem os chefes de outros Estados. E não
é sem motivos que os Estados Unidos tenham espalhado seu sistema de espionagem
sobre os países da América Latina, considerando que o socialismo-comunismo
grassa a céu aberto por aquela região e por onde circula o maior tráfico de
drogas e armas do mundo. Daí a preocupação em manter a espionagem atualizada,
porque são países revolucionários que ameaçam a paz nas Américas, conforme
palestras no Foro de São Paulo. A presidente se mostra muito preocupada com os
documentos secretos disponibilizados no site WikiLeaks. Tudo começou quando
Edward Snowden,  o ex-técnico da
CIA e ex-funcionário da empresa
que prestava serviços à Agência Nacional de Segurança (NSA) vazou programas
ultrassecretos de monitoramento dos EUA, contendo informações de uma rede de
espionagem americana, e Julian Assange, fundador do WikiLeaks, tratou de
publicá-las em seu site com divulgação em escala mundial. Ambos estão foragidos
dos Estados Unidos e buscaram asilo político. Trata-se do maior caso de
vazamento de informações sigilosas ocorrido na história americana. Informações
dos computadores da Petrobrás também teriam sido retiradas, e não é à toa que a
presidente se mostra inconformada, em busca da verdade. Não obstante, a
indignação que ela sente por esses acontecimentos não é a mesma que o povo
brasileiro sente pelo seu governo. Casualmente, o presidente americano está
fazendo com a presidente brasileira justamente o que ela costuma fazer com o
povo do Brasil: apresentar explicações que não convencem. Respostas evasivas potencializam
a indignação e, certamente, isso contamina a população. Em qualquer país, a espionagem
é um serviço utilizado por empresas de tecnologia da informação, tanto externa
quanto internamente. Pior do que a espionagem em
si é a falta de transparência de um governo. Se o vazamento de informações revelasse
os itens das despesas com cartões corporativos da Presidência, da Abin e da PF,
já seria suficiente o bastante para o povo dizer que valeu a pena a espionagem.
São mais de 13 mil cartões de pagamento do governo espalhados pelo país e
gastam 46% de forma secreta. Na Presidência, chegam a 95% as despesas
sigilosas. No Brasil, no dia 13 de setembro, saiu uma notícia informando
que a estatal “Vale espiona movimentos sociais, sindicatos e funcionários”,
segundo denúncia feita ao Ministério Público por um ex-empregado. “O MST ainda é o principal alvo da segurança da Vale”,
relata. A montagem do modelo de vigilância da Vale começou na ditadura militar,
e isso já seria mais um motivo para aumentar a indignação da presidente. Contudo,
a decisão de cancelar a viagem agendada a Washington demonstraria que falta
equilíbrio para manter um diálogo com o opositor e sobra radicalismo para o
enfrentamento de situações diplomáticas. E, radicalizando dessa forma com os
EUA, arranhando a diplomacia brasileira, o que teria o Brasil a ganhar daqui
para frente? 
Celso
Pereira Lara
sábado, 14 de setembro de 2013
261-Entre um inferno e outro
De onde menos se espera é que não sai nada mesmo
O placar 5x5 no Supremo Tribunal Federal surpreendeu a
todos os brasileiros, inclusive os decanos! O que parecia ser tão simples acabou
virando uma salada mista. A expectativa deixada pelo STF ao povo brasileiro, na
última quinta-feira, em relação à quantidade dos votos dos ministros que acolheram
os embargos infringentes do julgamento do mensalão, passou a ser motivo de
preocupação da sociedade e do atual governo. Certamente que a preocupação de um
não é exatamente a preocupação do outro. Há um evidente antagonismo ideológico entre
governo e povo, quando na realidade não deveria existir, visto tratar-se de
governo democrático e tão anunciado pela presidente que "o povo tem o
direito de se manifestar e que a indignação é justa". Seguindo os
princípios lógicos, a presidente ao admitir que a indignação seja justa estaria
reconhecendo também que o governo vai de mal a pior, e as pesquisas estão aí
para comprovar. Não restam dúvidas de que a indignação por esse governo é
crescente em todos os sentidos, por causa dos acontecimentos diários (o caso
mais recente envolve o Ministério do Trabalho), e todos do governo têm ciência do
descrédito da população, mas nada se faz de concreto para aliviar a pressão
contra os brasileiros (ou estariam fomentando uma revolta popular?). Como quase
nada foi feito até agora, o argumento a ser apresentado seria o de que por
falta de tempo tudo se concretizaria no próximo mandato, inclusive porque em
2014 nada “mais” poderia será feito a não ser cuidar da prioritária campanha
eleitoral. A indignação do povo poderia crescer mais rapidamente, dependendo do
voto de desempate no Supremo na próxima quarta-feira, dia 18. Quanto à posição
do governo, pode-se afirmar que a diferença agora não é a mesma que existe
entre o céu e o inferno. Para ser mais preciso, o governo encontra-se neste
momento entre um inferno azul e um inferno vermelho, o que não deixa de ser um
inferno justo até demais. Se no dia 18 o voto decisivo for pela rejeição dos
embargos, o governo do PT sairia enfraquecido, moral e politicamente, pela
condenação dos 12 réus, dos quais alguns são petistas do alto escalão do
governo Lula, que sairiam direto para a prisão, e pela comprovação de que realmente
houve o esquema do mensalão na cúpula do governo (haveria desdobramentos?). Se
ocorrer o acolhimento dos embargos, os julgamentos poderiam se estender pelo
ano eleitoral, em prejuízo da campanha de reeleição, mesmo considerando a
possibilidade de redução das penas dos condenados. Portanto, a preocupação é
geral, tanto por parte do povo, quanto do governo do PT e do Supremo Tribunal
Federal, o qual também tem a sua credibilidade em julgamento. Alea jacta
est! 
Celso Pereira Lara     
quinta-feira, 12 de setembro de 2013
259-STF e os embargos
A credibilidade do Supremo está ameaçada por um voto
O Supremo Tribunal Federal, que foi muito elogiado pela
população nos julgamentos do mensalão, durante 2012, corre agora um sério risco
de ser considerado um local para grandes espetáculos. Não que sejam os
espetáculos que alguns consideraram patrocinados pela grande mídia, enaltecendo
as figuras dos magistrados, e que levaram à condenação dos réus no processo,
mas os espetáculos nonsense, aqueles que o povo não gostaria de assistir. A
crença da população era de que o Tribunal iria, no mínimo, manter as
condenações aplicadas, apesar dos recursos e considerando que as penalidades
não foram tão severas quanto esperadas. Se as decisões de hoje foram surpreendentes,
foram somente para os advogados dos mensaleiros, e se haveria realmente alguma
coisa a comemorar, seria somente por parte dos condenados, porque os votos dos
ministros sobre os embargos infringentes estão empatados. Caso os embargos
sejam aprovados pela maioria, e falta apenas um voto para decidir na próxima
semana, o julgamento dos 12 condenados no processo do mensalão pode ser
reaberto, o que abriria caminho para uma possível redução de pena. E se de fato
isso acontecer, a população não entenderia nem aceitaria os novos julgamentos,
e o circo estaria armado. Lembrando que nas manifestações de rua o povo cobrava
a prisão dos mensaleiros, e isso ficou bem claro nas grandes mídias. Embora
tudo o que esteja ocorrendo no Supremo se enquadre no princípio da legalidade,
a aceitação desse contexto não é tão fácil assim, ainda mais considerando que o
placar 5x5 frustra as expectativas do povo e isso já seria motivo de
desconfiança, o que levaria a colocar em xeque a credibilidade do maior poder
de justiça. 
Celso Pereira Lara
quarta-feira, 11 de setembro de 2013
257-Reforma ministerial
A dança das cadeiras para uma composição mais afinada
A reforma ministerial que a presidente teria a anunciar nos
próximos meses nada tem a ver com o atendimento à voz das ruas, muito menos com
a redução de ministérios. Pelo contrário, visa eliminar pequenas desavenças
existentes na composição da base do seu governo, do governo do PT. Que fique
bem claro que isso se deve às críticas que o governador de Pernambuco,
pré-candidato à Presidência, Eduardo Campos (PSB), tem feito ultimamente ao
governo federal, não só à política econômica, como também à forma que a
presidente insiste em governar o país. A relação de Eduardo com Dilma está
crivada de ironias, chegando ao limite do bom senso. Assim fica claro que o
objetivo da reforma ministerial não seria para contenção de despesas de custeio
através de corte de pastas. Seria, sim, uma retaliação ao adversário político
das próximas eleições, destituindo dos cargos os políticos do PSB que ocupam dois
ministérios. É o acerto da base aliada do governo, já previsto para início de
2014, visando uma coalizão mais “confiável” para uma possível reeleição da
presidente. Pela lógica, o PSB já deveria ter se retirado do governo por conta
própria e com bastante antecedência, entretanto o partido prefere continuar
apoiando um governo premiado por corrupção de todos os lados e continuar comendo
migalhas de banquete alheio, mostrando-se, assim, conivente com os acontecimentos
diários. Pelo visto, a vontade do partido seria aguardar o prazo determinado na
legislação eleitoral para desincompatibilização, mas possivelmente seria
defenestrado pelo governo petista bem antes do tempo. Não é à toa que o PSB não
cresce nas pesquisas. A sigla já está mais queimada do que carvão em final de
churrasco na laje, e não representa, portanto, nenhum risco de incêndio nas próximas
eleições. Resta saber, agora, qual partido seria indicado para ocupar as vagas.
Por outro lado, existiria também a grande possibilidade de uma negociação (acordo
de paz e de interesses) entre os partidos PT e PSB, impedindo que Campos se
lance candidato à Presidência, e evitando que no segundo turno ele desse apoio
à oposição. Bastaria apresentar uma proposta de se criar mais um ministério para o
PSB no próximo governo e tudo ficaria mais calmo, dentro dos planos do PT. Para
Campos, essa alternativa poderia ser muito bem-vinda, pois representaria uma
saída “honrosa” para a sua situação nas pesquisas, mas poderia provocar um racha
dentro do seu partido. Em política, nem tudo é previsível. 
Celso Pereira Lara
domingo, 8 de setembro de 2013
sexta-feira, 6 de setembro de 2013
quinta-feira, 5 de setembro de 2013
254-O decálogo atribuído a Abraham Lincoln
"...preservando a União e abolindo a escravidão,
fortalecendo o governo nacional e modernizando a economia." - Abraham
Lincoln
“A história de sucesso de um país passa obrigatoriamente
pelas mãos de um grande homem. Não poderia ser diferente com os EUA onde um
homem simples, filho de lenhador, quase um herói às avessas, ajuda a contar a
história do país. Há mais de 60 anos era promulgado o decálogo atribuído a
Abraham Lincoln, que deu início à Declaração dos Direitos das Nações na ONU”. 
“Publicado originalmente em 1916, o famoso decálogo do
reverendo Willliam J. H. Boetcker (ou “Ten Cannots”) passou a ser atribuído,
erroneamente, a Lincoln por causa de um folheto impresso em 1942, por uma
organização conservadora chamada Committee for Constitutional Government. O
folheto, intitulado “Lincoln sobre as limitações”, continha algumas citações
autênticas de Lincoln de um lado, e os “Ten Cannots” de Boetcke do outro. O
erro, cometido até por Ronald Reagan, consistiu em atribuir a Lincoln os Ten
Cannots do folheto”.
O Decálogo de Boetker (ou de Lincoln): 
1. Você não pode criar prosperidade, desalentando a
iniciativa individual.
2. Você não pode fortalecer o fraco, debilitando o forte.
3. Você não pode ajudar aos pequenos, esmagando os
grandes.
4. Você não pode ajudar o pobre, destruindo o rico.
5. Você não pode elevar o assalariado, pressionando a
quem paga o salário.
6. Você não pode resolver seus problemas, enquanto gaste
mais do que ganha.
7. Você não pode promover a fraternidade da humanidade,
admitindo e incitando o ódio de classes.
8. Você não pode garantir uma adequada segurança com
dinheiro emprestado.
9. Você não pode formar o caráter e o valor de um homem, cortando-lhe
sua independência (liberdade) e iniciativa.
10. Você não pode ajudar aos homens, realizando por eles
permanentemente o que eles podem e devem fazer por si mesmos.
Vale notar que são dez premissas muito simples, mas que
expressam um verdadeiro sentimento de preocupação com o lado humano, com a
liberdade e a valorização de um povo, e que por isso deveriam ser seguidas pelos
governantes de países que adotam o legítimo regime democrático. Sem dúvida, são
proposições lógicas que não permitem conclusões diferentes. É uma lista de dez
conselhos sobre o que não fazer, sobretudo, quando se está com as melhores das
intenções. Do contrário, se revelaria um governo tirânico, opressivo. Sob o
ângulo da política tributária todos sabem que o Brasil possui uma das maiores cobranças
de impostos do mundo, e também por ela ser perversa e injusta o governo exige dos
cidadãos o pagamento de tributo sobre quase tudo: sobre a renda, IRF e
INSS/CPSS; sobre os patrimônios, IPTU e IPVA; ainda se paga tributação sobre
consumo, os tributos que estão embutidos no preço dos produtos e serviços,
sendo estes os que mais são sentidos pela população. O problema maior é que,
além de contribuir para essa fantástica máquina governamental recolhedora de
impostos extorsivos, a população não recebe a devida contrapartida com as
políticas sociais e urbanas, assim como Educação, Segurança e Saúde, além de crescimento econômico, emprego e renda, que são as necessidades do povo. Por
isso, a utilização do decálogo só faz sentido em um governo essencialmente democrático e
sensível aos apelos do povo; em um governo voltado exclusivamente para atender
às necessidades da população; em um governo sem corrupção, sem dominação
partidária nas estatais, sem negociatas financiadas com recursos públicos,
enfim, em um governo sadio, formado por políticos honestos e competentes.
Talvez seja este o segredo do sucesso dos americanos. Mas, enquanto os
políticos daqui não se conscientizarem dessas dez premissas, criadas por
Boetcker (ou por Lincoln), e não as colocarem em prática, em sua
plenitude, juntamente com um governo sadio, o Brasil será sempre um país emergente.  
Celso Pereira Lara
quarta-feira, 4 de setembro de 2013
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