segunda-feira, 5 de agosto de 2013

242-Factoide da hora

Sem contraponto
  
Vamos continuar insistindo na reforma política, porque ela é o único factoide possível que temos até as eleições. Temos que mostrar serviço e passar a impressão de que estamos muito preocupados em atender à voz das ruas. Temos que mostrar, também, que os verdadeiros culpados estão no Congresso fazendo oposição às nossas propostas, impedindo o crescimento do país. Tudo que está parado, por falta de aprovação, desde o início do meu governo, terá que sair a toque de caixa ainda em agosto. Ou vai ou racha. Nem que custe a dissolução da base fora de época. Assim parece ser o pensamento que predomina no gabinete palaciano, tamanho o desespero da chefa de governo (e do PT). É preciso recuperar o tempo que foi perdido em preocupações com a reeleição. Temos que erradicar a miséria que ainda existe no norte do país, denunciada com exclusividade pelo Fantástico da Rede Globo. É preciso, também, recuperar a credibilidade do governo e a popularidade da Presidente (e do Lula). Temos que estar preparados para o enfrentamento das novas manifestações de descontentamentos que se anunciam para 28 de agosto, em Brasília, que seriam comandadas pela UNE (!). Temos, também, que estar preparados para a maior manifestação de todos os tempos, prevista para 7 de setembro, que está sendo organizada pelas redes sociais (não pelo Foicebook). Preparem-se mesmo porque desta vez a cobrança será muito maior, considerando que o povo já aprendeu o caminho das pedras. Possivelmente, já na primeira quinzena de agosto, os parlamentares do Congresso aprovariam de “qualquer maneira” as propostas de maior impacto e de resultados imediatos, para minimizar os prejuízos políticos. Entretanto, em nada adiantaria porque o estrago já está feito e não alteraria o “grau” de credibilidade que a população deposita neles. Portanto, a desvalorização atribuída ao atual governo é irreversível. Dada a atual conjuntura, dizer que todos deste governo estão condenados pelo povo poderia ser um pouco de exagero, mas é possível. Quanto a isso, não há contraponto. 

Celso Pereira Lara 

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