terça-feira, 2 de julho de 2013

228-Estatuto do BNDES

Um governo de cabeça para baixo

Com o boom das manifestações de protestos neste país, o governo parece ter ficado de cabeça para baixo, tal a confusão estabelecida no Congresso, no Planalto e na esfera jurídica. Tudo por causa de uma manobra, há muito planejada, para desviar o foco dos movimentos populares. Trata-se do plebiscito para a reforma política, que faz parte dos cinco pactos anunciados pela presidente, em resposta às reivindicações dos manifestantes nas ruas. No Congresso, a insatisfação é geral com essa iniciativa da presidente, por entenderem que teria sido, apenas, para jogar uma cortina de fumaça nos clamores do povo.  No meio jurídico, percebem-se a ilegalidade na forma de encaminhamento do plebiscito e na sondagem popular. No Planalto, a apreensão toma conta do núcleo político, que vez por outra é obrigado a se apresentar para dar explicações. Enfim, é o governo que governa pelo caos. Não bastasse a "contabilidade criativa", artifícios utilizados na contabilidade do Brasil para o fechamento das contas públicas, em função do fraco desempenho do PIB (pibinho) apresentado em novembro 2012, surge agora, em surdina, a mudança no Estatuto Social do BNDES. O objetivo é o mesmo: manobras fiscais para fechamento de contas 2013, através de triangulação. A credibilidade do governo, no exterior, que já era pouca, agora ficou pior. Isso induz a pensar que os demais índices não espelham a realidade, e a desconfiança, então, passa a ser da população. 

Celso Pereira Lara

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