Por que a presidenta Dilma deu início à campanha 
eleitoral no meio de seu governo?
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Pressionada
pelas circunstâncias da atual conjuntura econômica e política, Dilma sai na
frente, sinalizando que está determinada a se candidatar pela reeleição.
Esperar mais um pouco poderia ser tarde demais. O clima de campanha para a
candidata à reeleição em 2014 já começou, mas por enquanto sem as grandes
bandeiras vermelhas do PT. Este ano promete muito. Aliás, quem promete muito
mais mesmo é a presidenta Dilma, que já se declara candidata no entendimento do
povo. Em discurso apresentado no dia 18, durante uma visita às obras da adutora
Piaus, na cidade São Julião, no interior do Piauí, Dilma volta a anunciar tudo
aquilo que prometeu em sua campanha, nas eleições de 2010: crescimento com
emprego e crescimento com educação de qualidade. "Asseguro para vocês que
2013 será o ano que teremos aquele crescimento sério, sustentável e
sistemático". "2013 vai ser o ano em que nós vamos colher muitas
coisas que nós plantamos". No afã de maior popularidade ou com intenções
de garantir a reeleição, o governo Dilma, a cada mês, cria um novo
programa-bolsa. "Quando começou esse processo de seca, o governo criou o
"bolsa estiagem" e o "bolsa garantia safra". Já tínhamos o
bolsa família. Com esses programas, a gente quer ter certeza que as pessoas não
vão passar fome, inclusive vão garantir uma sobrevivência a esse período,
porque sabemos que a seca vem e passa. Nós vamos ficar de olho, enquanto houver
seca, esses programas vão existir. E queremos garantir que, depois da seca,
melhorem as condições de vida das pessoas", afirmou a presidente. Será que
ela esqueceu que essas promessas já foram feitas, insistentemente, durante a
campanha das eleições passadas e não percebe que já está na metade do seu
governo ou ela está prometendo para o próximo governo aquilo que ainda não
cumpriu neste, mas que agora é "sério"? De uma forma ou de outra,
Dilma parece estar, mais do que nunca, preocupada com a credibilidade deste
governo, embora os números do último levantamento efetuado pelo IBGE indiquem
que o índice de sua popularidade seria suficiente para garantir a reeleição,
pelo menos naquele momento. Ela sabe perfeitamente que a economia está
engessada há bastante tempo e que a qualquer instante a realidade aparecerá,
desastrosamente. A política econômica não parece tão firme das pernas, e é por
isso que a presidenta, começando pelo nordeste, antecipa os seus discursos de
campanha, prometendo enfaticamente crescimento em todos os setores da economia,
buscando amenizar possíveis impactos negativos. Com as notícias bombásticas na
imprensa internacional sobre "manobras" efetuadas na contabilidade do
Brasil, que tinham por objetivo mascarar o crescimento econômico do país, medido
pelo PIB, que não passa de um pibinho, atualmente com crescimento nanico, Dilma
procura desviar o foco e fortalecer a sua imagem. A comunidade internacional
acompanha atentamente os passos das políticas brasileiras. Seria melhor o
governo ter admitido que em 2012 a meta não seria cumprida e anunciar que em
2013 haveria um grande esforço para compensá-la. Ao contrário, a emenda ficou
pior do que o soneto. E a transparência, a quantas anda? O que o Tribunal de
Contas da União (TCU) teria a dizer a respeito dessas mágicas contábeis, cujas
decisões para os lançamentos nas contas públicas dividiram as opiniões dos
integrantes da cúpula do governo? O governo está
rachado e aí não haverá vencedor. Mas o perdedor todos já sabem quem é: o povo,
que terá de pagar a conta. Conforme a presidenta afirma em sua campanha: 2013
vai ser o ano do boom, de colher os frutos. Mas, pelo que se vislumbra nos
manuais da atual conjuntura, possivelmente 2013 não será o ano da tranquilidade
política, necessária para as colheitas tão
anunciadas pela presidenta.
Celso Pereira Lara
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