A lógica política: primeiro se recebe
para depois
discutir o projeto de extinção
discutir o projeto de extinção
Enquanto a Prefeitura luta pela contenção de gastos, a Câmara efetua o
pagamento, em forma de ajuda de custo, aos vereadores que são contrários à proposta
que acabaria com os penduricalhos. O desconforto causado na Câmara pelos 14
parlamentares que não se manifestaram, através de requerimento, pela recusa do
auxílio-paletó, parece ter sido motivo para engrossar a discussão quanto à
colocação em pauta do projeto de lei que extingue o pagamento por reuniões
extraordinárias. Deu a entender que os 5 legisladores que solicitaram a
suspensão do benefício fizeram papel de inocente, enquanto os outros
aproveitaram-se da situação de "farinha pouca, meu pirão primeiro",
que expressa muito bem a natureza egoística do ser humano. O mais interessante
é que alguns reeleitos já haviam se manifestado favoráveis ao fim dos
"penduricalhos" em primeira discussão, entretanto preferiram fazer
parte do grupo dos 14 beneficiados. A lógica política na Câmara mostra que,
para se discutir um projeto de extinção de benefícios, primeiramente há que se
recebê-los. Entre inocentes e espertos, fato é que mais uma vez a discussão não
passará de discussão e o projeto de lei novamente voltará a adormecer em seu
ninho. O que restou mesmo foi a prova, aos olhos dos eleitores, de quem não
abriu mão do auxílio-paletó: o grupo dos 14.
Celso Pereira Lara
Celso Pereira Lara
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