As demissões em massa, na GM, só não
aconteceram no ano passado por causa da isenção do IPI para a venda dos novos veículos.
O governo se viu pressionado a prorrogar a isenção do imposto, durante o ano de
2012, para que não acontecessem as demissões no ano das eleições municipais e
também apostando na recuperação da economia, o que de fato não aconteceu. A
montadora, que já estava com pouco oxigênio em suas vendas, não consegue se
equilibrar das pernas e anuncia para o dia 26 o fechamento de uma das oito
fábricas do complexo em São José dos Campos-SP. Estão, portanto, ameaçados de
desemprego cerca de 1.500 trabalhadores. Enquanto isso, as revistas
estrangeiras divulgam o descrédito na economia brasileira, ao emitir críticas severas
ao governo de Dilma. É que todos já sabem dos artifícios utilizados na
contabilidade do Brasil, para o fechamento das contas públicas. A isso chamam
de "contabilidade criativa" e dizem que os dados econômicos
"decepcionantes" não param de ser divulgados no Brasil. Depois do
fraco desempenho do PIB (pibinho) apresentado em novembro, o governo de Dilma
Rousseff agora "admite que só atingiu a meta de superávit primário"
após "omitir algumas despesas em infraestrutura", "antecipar
dividendos de estatais" e "atacar o fundo soberano". 2013 já
chegou e não há mais como segurar a inflação. A presidenta determina que a
Petrobrás segure os preços da gasolina e ao mesmo tempo pede aos governos
estaduais e municipais que não aumentem os preços das tarifas urbanas. A
economia no Brasil caminha com a inflação reprimida que na realidade está à
beira de abrirem-se as comportas. É o caminho para inflação alta com
crescimento baixo. A manobra nas contas públicas desaponta as autoridades
estrangeiras, o que gera o descrédito no governo de Dilma. Se o ano de 2013 não
for bom para a economia, possivelmente o de 2014 será péssimo para as
candidaturas do PT à presidência. 
Celso Pereira Lara
Celso Pereira Lara
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