quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

149-Enxugando a máquina pública

Em início de mandato, o ajuste dos cargos em 
comissão na Prefeitura se faz necessário

Os cargos em comissão nas esferas municipal, estadual e federal sempre foram motivo de preocupação para os seus detentores. A cada eleição, uma nova preocupação. Na área federal nem tanto, pois além de manter nos cargos todos os comissionados do governo anterior, a presidenta Dilma criou ainda mais secretarias e departamentos, numa verdadeira festa com o dinheiro público. Quanto a isso, percebe-se que no governo federal, nos últimos dez anos, não há esse tipo de preocupação para contenção de gastos. As nomeações para os cargos, por serem de caráter político, flutuam ao sabor das circunstâncias ou dos interesses da administração, sem garantia de permanência até o final de cada gestão. E os detentores de função comissionada ou gratificada sabem perfeitamente disso. No presente caso, o prefeito Bruno, que acaba de tomar posse, cumpriu o seu papel de administrador do município ao exonerar 590 cargos comissionados. Todavia, além dos secretários, já estão nomeados 56 novos titulares. A expectativa dominante é de que, para execução dos projetos de maior interesse, haverá necessidade de medidas severas para conter os gastos durante esse governo, o que implicaria a efetiva redução de cargos. Possivelmente, a resposta que se aguarda do secretário da Fazenda quanto à saúde financeira do município não deverá ser nada agradável, o que deixaria o prefeito mais à vontade para extinguir muitas gratificações e muitos cargos.

Celso Pereira Lara

Texto publicado na seção "Dos Leitores" da Tribuna de Minas de 05.01.2013.  

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