A prática dos equívocos nos governos
quase sempre não convence
Equívoco
1 - Prefeita nomeia marido
Logo no início do ano, precisamente no dia 10 de janeiro,
a prefeita reeleita de Guarujá-SP nomeou o próprio marido, com quem se casara
em 15 de dezembro de 2012. Em nota, a prefeitura afirmou que em razão do
elevado número de nomeações realizadas na referida data, quando foram
publicadas 271 portarias, a prefeita não percebeu a indicação do próprio
marido. Logo que teve conhecimento do ato administrativo, a prefeita determinou
sua imediata revogação, com efeitos retroativos, o que será devidamente publicado
na próxima edição do Diário Oficial.
Equívoco 2 - PPS pede informações ao Planejamento sobre
nomeação na Funpresp
O PPS apresentou nesta terça-feira, dia 15, um
requerimento em que pede informações à ministra do Planejamento, Miriam
Belchior, sobre a nomeação do economista Humberto Pires Grault Vianna de Lima
para a diretoria de investimentos da Fundação de Previdência Complementar do
Servidor Público Federal (Funpresp). A assessoria do partido afirmou que o
documento foi protocolado na Comissão Representativa do Congresso Nacional,
colegiado que representa o parlamento durante o recesso legislativo. O partido
toma como base reportagem da revista "Época". Segundo o PPS, além de
ser ligado ao PT, Humberto Pires é acusado pelo BANCO CENTRAL de desviar R$ 4,6
milhões do banco BVA, instituição financeira a qual está sob intervenção do BC.
Com base na reportagem, o PPS afirmou que "as ligações de Pires com o PT
garantiram a ele a construção de uma rica carreira por fundos de pensão
estatais nos últimos 11 anos". Pires também teria ajudado a criar a
Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo, que promoveu um calote a
três mil associados da entidade e um rombo de R$ 100 milhões, dinheiro que
teria abastecido os cofres do PT. O líder do PPS na Câmara, deputado Rubens Bueno (PR),
apontou que o economista tem um passado "suspeito" e questionou o
risco da sua nomeação para o cargo. "Mais uma vez o PT está fazendo
aparelhamento estatal e, o mais grave, nomeando uma pessoa com um currículo
extremamente suspeito. As denúncias que a revista Época faz são sérias. Não
podemos aceitar o Funpresp, que dentro de 20 anos terá um patrimônio de R$ 160
bilhões, sendo administrado por qualquer um, muito menos por alguém como essa
pessoa", disse Rubens.
Equívoco 3 - Ambulância é flagrada fazendo mudança em
Brasília
A ausência de médicos nos plantões e a falta de
ambulâncias nos hospitais são graves fatores que contribuem para o aumento da
crise na saúde. De Taguatinga-DF para São Paulo-SP, dia 15 de janeiro, uma
ambulância percorreu quase 2 mil km para fazer a mudança de uma suposta
paciente, com autorização do Secretário de Saúde do Distrito Federal. No seu
interior não havia nenhum equipamento para atendimento médico e sim algumas
peças como roupas, sacolas e malas. O Ministério público irá fazer as
sindicâncias para apurar o caso.
Celso
Pereira Lara