sábado, 26 de junho de 2021

604-A CPI não avança

Mais um caso para a CPI da Covid tentar esclarecer, pois até agora ela não conseguiu esclarecer nada. Apenas está fantasiando.

A Comissão não avança em seus objetivos de tentar incriminar os depoentes, pois a realidade esclarecida por estes não deixa dúvida de que as ações do governo contra a pandemia foram tomadas de forma correta. E não é isso o que os senadores esperavam encontrar. Então, cabe montar uma farsa, para justificar o trabalho dos senadores.

O que a Comissão Parlamentar de Inquérito trouxe de útil para a sociedade foi mostrar o verdadeiro perfil do grupo de senadores que estão à frente do interrogatório. Se não tivesse sido filmado, ninguém acreditaria. São cínicos ao extremo para conduzir um trabalho que deveria ser muito sério.

Uma CPI onde o escárnio, a arrogância, a falta de caráter, as mentiras e as cenas deprimentes, de embrulhar o estômago, prevalecem a todo instante. Não há como assistir à CPI da Covid, sem notar que as perguntas formuladas aos depoentes são maldosas, ácidas, desprovidas de caráter investigativo, pois foram previamente elaboradas com o intuito de conduzir as respostas do investigado ao fim a que os senadores esperam. Em não sendo dessa forma, eles tentam dar a volta com outras perguntas ardilosas para conduzir o investigado a concordar.

Um antro de políticos maquiavélicos, corruptos contumaz, que viveram por décadas em um ambiente promíscuo, do qual lhes rendiam milhões em dinheiro. A luta que esses senadores travam contra o governo é justamente por isso, pela manutenção dos privilégios e negociatas escusas que os governos socialistas lhes proporcionavam. E não querem abrir mão dessa grande oportunidade de poder investigar e burlar as respostas recebidas, pois elas têm que ser dadas como eles querem.

Quando não conseguem ouvir as respostas que eles esperam, partem para ofensas pessoais e tentam desqualificar os profissionais da saúde que, educadamente, respondem às indagações. É o caso da Dra. Nise Yamaguchi, médica, pesquisadora, professora universitária e com doutorado em oncologia, que, diante de tanta humilhação sofrida na CPI, só lhe restou processar os senadores Omar e Otto por danos morais. Ultrapassaram os limites do bom-senso e da ética que, em síntese, compete a cada senador.

Atiram pra todo lado nas sessões da Comissão, discutem ferozmente com os demais senadores que defendem o governo, não se importam com as cenas que irão para as TVs, imprensa ou redes sociais. O que vale são os meios para atingir o fim. Atingir o presidente da República. Esse é foco.

Do lado de cá, a sociedade estarrecida, diante desses acontecimentos de baixo nível, fica cada vez mais indignada. Como pode, senadores que fazem as leis da nação, serem reeleitos, considerando o seu passado tão condenável?

A criação dessa Comissão tinha a finalidade exclusiva de apurar as ações e omissões do governo no combate à pandemia. Todavia, jamais poderia deixar de lado as investigações dos governadores e prefeitos envolvidos com os desvios dos recursos federais destinados ao combate. Seria fundamental para esclarecer ao público o que ocasionou o aumento das mortes pela Covid em todo o país. Isso sim é relevante, todavia, como sempre, a mãozinha maldita do STF surge para proteger malfeitores, impedindo que eles compareçam à Comissão e sejam interrogados.

No momento em que a CPI já dava mostras de que estaria chegando ao fim, de tanto passar vergonha durante os interrogatórios e também pelo fato de dois senadores terem sido processados, eis que surge um novo fato, para reanimá-los e continuar a passar vexames. É o caso de denúncia de supostas ilegalidades no contrato de compra da vacina indiana Covaxin, feita pelo deputado Luís Miranda (DEM). Ele e o irmão dele, servidor do Ministério da Saúde, já estiveram na CPI prestando depoimento no dia 25, mas ainda não conseguiram provar nada. Já começaram mal.

Esse seria um bom caso para ser explorado bastante e desgastar o presidente da República.

Certamente a oposição deve estar pensando: dessa vez Bolsonaro cai.

Celso Pereira Lara

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