Mais um caso para a CPI da Covid tentar
esclarecer, pois até agora ela não conseguiu esclarecer nada. Apenas está
fantasiando.
A
Comissão não avança em seus objetivos de tentar incriminar os depoentes, pois a
realidade esclarecida por estes não deixa dúvida de que as ações do governo
contra a pandemia foram tomadas de forma correta. E não é isso o que os senadores
esperavam encontrar. Então, cabe montar uma farsa, para justificar o trabalho
dos senadores.
O que
a Comissão Parlamentar de Inquérito trouxe de útil para a sociedade foi mostrar
o verdadeiro perfil do grupo de senadores que estão à frente do interrogatório.
Se não tivesse sido filmado, ninguém acreditaria. São cínicos ao extremo para
conduzir um trabalho que deveria ser muito sério.
Uma
CPI onde o escárnio, a arrogância, a falta de caráter, as mentiras e as cenas
deprimentes, de embrulhar o estômago, prevalecem a todo instante. Não há como
assistir à CPI da Covid, sem notar que as perguntas formuladas aos depoentes
são maldosas, ácidas, desprovidas de caráter investigativo, pois foram
previamente elaboradas com o intuito de conduzir as respostas do investigado ao
fim a que os senadores esperam. Em não sendo dessa forma, eles tentam dar a
volta com outras perguntas ardilosas para conduzir o investigado a concordar.
Um
antro de políticos maquiavélicos, corruptos contumaz, que viveram por décadas
em um ambiente promíscuo, do qual lhes rendiam milhões em dinheiro. A luta que
esses senadores travam contra o governo é justamente por isso, pela manutenção
dos privilégios e negociatas escusas que os governos socialistas lhes
proporcionavam. E não querem abrir mão dessa grande oportunidade de poder
investigar e burlar as respostas recebidas, pois elas têm que ser dadas como
eles querem. 
Quando
não conseguem ouvir as respostas que eles esperam, partem para ofensas pessoais
e tentam desqualificar os profissionais da saúde que, educadamente, respondem
às indagações. É o caso da Dra. Nise Yamaguchi, médica, pesquisadora,
professora universitária e com doutorado em oncologia, que, diante de tanta
humilhação sofrida na CPI, só lhe restou processar os senadores Omar e Otto por
danos morais. Ultrapassaram os limites do bom-senso e da ética que, em síntese,
compete a cada senador. 
Atiram
pra todo lado nas sessões da Comissão, discutem ferozmente com os demais
senadores que defendem o governo, não se importam com as cenas que irão para as
TVs, imprensa ou redes sociais. O que vale são os meios para atingir o fim.
Atingir o presidente da República. Esse é foco. 
Do
lado de cá, a sociedade estarrecida, diante desses acontecimentos de baixo
nível, fica cada vez mais indignada. Como pode, senadores que fazem as leis da
nação, serem reeleitos, considerando o seu passado tão condenável? 
A
criação dessa Comissão tinha a finalidade exclusiva de apurar as ações e omissões
do governo no combate à pandemia. Todavia, jamais poderia deixar de lado as
investigações dos governadores e prefeitos envolvidos com os desvios dos
recursos federais destinados ao combate. Seria fundamental para esclarecer ao
público o que ocasionou o aumento das mortes pela Covid em todo o país. Isso
sim é relevante, todavia, como sempre, a mãozinha maldita do STF surge para
proteger malfeitores, impedindo que eles compareçam à Comissão e sejam
interrogados. 
No
momento em que a CPI já dava mostras de que estaria chegando ao fim, de tanto
passar vergonha durante os interrogatórios e também pelo fato de dois senadores
terem sido processados, eis que surge um novo fato, para reanimá-los e continuar
a passar vexames. É o caso de denúncia de supostas ilegalidades no contrato de
compra da vacina indiana Covaxin, feita pelo deputado Luís Miranda (DEM). Ele e
o irmão dele, servidor do Ministério da Saúde, já estiveram na CPI prestando
depoimento no dia 25, mas ainda não conseguiram provar nada. Já começaram mal.
Esse
seria um bom caso para ser explorado bastante e desgastar o presidente da
República. 
Certamente
a oposição deve estar pensando: dessa vez Bolsonaro cai. 
Celso
Pereira Lara
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