A guerra entre os poderes que não vai acontecer. O
magistrado, Joaquim Barbosa, possivelmente não se curvaria diante das
provocativas desferidas pelo presidente da Câmara, Marco Maia. Uma coisa é o
poder político, outra coisa é o poder jurídico. O que poderia ser mais
ponderável acaba sendo mais radical. Maia não deveria ter provocado o Supremo,
como se estivesse lidando com uma casa de show. Primeiramente, ele faltou com o
respeito entre os poderes constituídos, ao afirmar publicamente que o STF
cometeu um ato de inconstitucionalidade ao suspender os direitos políticos dos
parlamentares condenados no processo do mensalão. Em seguida, alardeou que os
políticos condenados encontrarão abrigo na Câmara, numa atitude de deboche,
desafiadora e desrespeitosa. O presidente do Supremo não aceita provocações,
não tolera desafios. Aliás, ninguém. E, no presente momento, tendo em vista que
a Suprema Corte encontra-se em recesso, o magistrado decidirá sozinho sobre o
pedido de prisão imediata dos condenados, feito pelo Procurador da República,
Roberto Gurgel. Barbosa já disse que se trata de uma situação nova, sem
precedente. Portanto, ele está livre para decidir.
Celso Pereira Lara
Celso Pereira Lara
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