De onde vinha tamanho poder e tanta influência, nos últimos governos, que a ex-chefe do escritório da Presidência da República em São Paulo, Rosemary, acumulava em sua função?
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Militante do PT, Rosemary trabalhou como assessora de
José Dirceu nos anos 1990 e foi nesse período que conheceu Lula. Em 2003
tornou-se assessora especial do gabinete regional da Presidência em São Paulo e
em 2005 foi promovida a Chefe. Com trânsito na cúpula do governo, Rosemary
viajou 23 vezes ao exterior, juntamente com Lula e sua comitiva. A sua
principal ocupação era fazer triagem informal dos currículos de candidatos a
cargos do segundo escalão. Falando em nome de um padrinho político poderoso,
Rosemary trabalhou pela nomeação de vários afilhados no governo federal. Ao se
dirigir a diretores de empresas estatais ou órgãos do governo, ela frequentemente
se apresentava com a afirmativa “Eu sou a namorada do Lula”. Por isso, era
brindada com diversos tipos de recompensa. O padrinho poderoso, a que Rosemary
se referia em seus emails, é o "PR" - ex-presidente da República, o
Lula. Mantida no governo há 12 anos, as raízes no poder ficaram cada vez mais
fortes, a tal ponto que um simples pedido seu subentendia-se uma ordem que
partia do próprio ex-presidente Lula. Fato é que isso também se passa durante o
governo Dilma. O cargo de chefe do
escritório da Presidência da República em São Paulo, atribuído a Rosemary, foi
mantido pela presidenta Dilma, possivelmente a pedido de Lula. Rosemary permaneceu
no mesmo cargo até três dias após o início da operação Porto Seguro, feita pela
Polícia Federal. Por iniciativa da Presidenta Dilma, a chefe de escritório foi exonerada em 23 de novembro. O aprofundamento das investigações
da operação Porto Seguro, inclusive com as quebras de sigilo telefônico e
bancário, certamente revelará novos integrantes da quadrilha e o verdadeiro
nome das iniciais "JD" que aparecem nos emails emitidos pela ex-chefe.
É um trabalho de decodificação, mas tudo deverá ser esclarecido.
Celso Pereira Lara
Celso Pereira Lara
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