A
presidente promete que corrigirá erros se for reeleita. Esse é o fundamental de
sua campanha eleitoral, pois não há mais nada a prometer.
Certamente que se for
reeleita, o seu mandato inteiro será somente para corrigir os seus próprios
erros e tudo ficará como dantes, trabalhando em cumprimento da meta socialista.
A presidente
considera-se vítima de perseguições injustas, só porque durante o seu governo
não foi possível concretizar a agenda prometida, quando de sua eleição, em
2010. Agora, apresenta-se menos arrogante, na tentativa de arrebanhar os
incautos, enquanto o seu tutor e cabo eleitoral, Lula, sai em campo implorando
por segunda chance. Ou estaria pedindo a quarta chance ao PT? 
O povo é muito
ingrato, e além de tudo muito apressado. Com um pouco de paciência, quem sabe a
transposição do São Francisco possa se transformar numa realidade! Afinal, um
novo prazo já foi dado: durante 2015. Chega a ser cômico! Foram quatro anos sem
que houvesse comemoração de algum projeto de governo levado a cabo, mesmo
considerando os oito anteriores. Exceção para as doze arenas da Copa das Copas,
que de tanta empolgação foram construídas quatro a mais, o que não configura
legado algum para a população, mas certamente novos elefantes brancos. Com a derrota
da seleção brasileira, a Copa se encerrou sem o brilho tão esperado pela
presidente, e o clima de campanha ainda não começou a pegar fogo, talvez porque
ela continua sendo vaiada quando presente em qualquer ato público.
Inclusive, já foi
orientada a fazer campanha somente pelas redes de televisão e sociais da internet.
Veja a que ponto chegou: uma presidente acuada, rejeitada pelo povo nas ruas.
Não é à toa que os institutos de pesquisa mostram que os índices de intenção de
voto favorável à reeleição estão em tendência declinante, enquanto os de
rejeição apontam ligeiro crescimento. 
Enquanto isso, na
euforia do clima de campanha eleitoral, eis que mais uma criação sinistra do
governo petista nasce nos blogs dos famosos articulistas: o Decreto 8.243, que
institucionaliza os "conselhos populares", os quais serão exercidos
pelos militantes políticos, à revelia do povo que não pode participar por ser
trabalhador e não tem tempo para isso. Funciona como um parlamento paralelo, e
chamam a isso de "povo organizado", para mascarar as aprovações das
estratégias de poder do governo. 
Assim fica fácil
demais caminhar para o totalitarismo! Não deixa de ser uma forma de
aparelhamento dos movimentos organizados, que em nome da população praticam-se aprovações
de atos de interesse do governo, em favor dos sem isso ou sem aquilo. Sem
dúvida, um decreto seguindo a cartilha do Foro de São Paulo, o que não passa de
mais um golpe contra o cidadão comum, cuja suposta participação perde valor nos
centros de decisão de políticas públicas. Se a realidade mostra que não há mais
representatividade dos parlamentares diante da população, então, cria-se uma
sub-representação no meio do povo. O que comprova que no Congresso os políticos
não representam a sociedade, mas sim os verdadeiros projetos governamentais em
detrimento dos seus eleitores.
O intrigante nisso
tudo é que o monstro vem sendo gestado de maneira tão sorrateira, e a
população, mesmo percebendo, parece estar anestesiada ou, de fato, alienada
para acontecimentos políticos que destroem a democracia. Seria o caso de
acontecer nas ruas um grito coletivo de indignação da sociedade contra essa
engenhoca maquiavélica. Um basta promovido pelo povo, como em junho de 2013,
seria no mínimo uma resposta adequada. Não fossem os jornalistas da "lista
negra" do PT a denunciar essa genialidade governamental, esse decreto bolivariano
estaria vigorando no anonimato. Não só isso, o mais preocupante mesmo é o
silêncio sepulcral, misterioso, da sociedade civil a esse respeito. 
Celso Pereira Lara
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