domingo, 13 de julho de 2014

361-Zapzap e belezura

Embora muito sugestivo para nome de dupla sertaneja, Zapzap e belezura são termos utilizados frequentemente pela população plugada na internet.

"Beleza pura" é um termo antigo e ainda muito utilizado dentre os muitos outros de mesmo significado tipo "show de bola" e por aí vai. Entretanto, os termos também sofrem mutações na voz do povo.
Eis que durante o Mundial de Jogos surge mais uma pérola do dicionário da novilíngua petista: "belezura". É a fusão de "beleza pura". O neologismo bem popular foi usado na véspera da eliminação do Brasil, em um bate-papo com internautas. Ao responder ao agradecimento de uma eleitora, que disse que a realização do Mundial é uma "belezura", contra "tanto urubu agourento no caminho", a presidente afirmou: "Belezura mesmo. Azar dos urubus". Haja criatividade no campo dessa linguagem!
Nessa corrida eleitoral, Rui Falcão, o coordenador da campanha da candidata à reeleição montou uma estratégia para usar as redes sociais, no sentido de divulgar as 'ações'. Bem compatível com a forma de governança petista, a candidata, longe da rua, resolve criar uma conta no Zapzap. Criado em abril, o novo aplicativo é uma espécie de versão brasileira do WhatsApp, que pode ser usado via smartphone e navegador em qualquer PC, para usuários do Android. Para a candidata, a finalidade é manter contato com os pretensos eleitores, através de troca de mensagens com os representantes da campanha. Lógico, não seria diretamente com a candidata, mas para os que não sabem é como se fosse! Em seu site vinculado à campanha, encontra-se o hiperlink do Zapzap. Pronto, falei. Está feita a sua propaganda! 
O início de julho não foi nada bom para o governo, nem para os brasileiros. Aconteceram fatos nem tanto surpreendentes, mas não é o caso de repetir as palavras de Júlio César, goleiro da seleção: "como explicar o inexplicável?". Conforme muitos artigos publicados na mídia, antes e durante a Copa, essas tragédias, de uma forma ou de outra, já eram esperadas. Então, há explicações!
Com a criação do Programa de Aceleração das Catástrofes, quatro ações aconteceram em apenas 10 dias: a primeira, no dia 3 de julho, pela queda trágica de um viaduto em construção, na véspera de sua inauguração, na região da Pampulha-BH; a seguinte, ocorrida no dia 8, pela derrota inesquecível da Seleção Brasileira para a Alemanha, com o placar 7x1; a terceira, no dia 10, outro viaduto também em construção desaba em Cubatão-SP; a última, no dia 12, outra derrota da Seleção Brasileira para a Holanda, com o placar 3x0, o que fez com que o Brasil não conseguisse nem a terceira colocação no Mundial.
Pela sequência dos acontecimentos, tudo indica que o governo continua caminhando firmemente no sentido da desconstrução do país. O que não vale é prometer as reconstruções dos viadutos, fazendo disso mote de campanha eleitoral. O que o programa só não prevê é um fato político que irá acontecer em 5 de outubro: a queda de um poste.


Celso Pereira Lara 

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