Se as arenas
construídas para a Copa 2014 ficarão como legado ao povo brasileiro, segundo
afirmações da presidente, então, para ela, um 'presente de grego' também deve
ser muito bom.
Realmente, o Brasil
vai de mal a pior, em todos os sentidos. Um país à deriva, ao sabor de qualquer
vento, entregue à própria sorte. Mas, como isso pode ter acontecido? Evidente
que a causa principal é que os últimos eleitos governaram somente para o seu
partido, favorecendo diretamente os seus propósitos. 
Olharam apenas para
si, esquecendo-se de cumprir a agenda tão prometida e tão esperada. Nada, nada
foi concluído nesse longo período, a não ser mostrar o grande empenho em
controlar o Estado bem ao estilo bolivariano. 
Por incrível que
pareça, o viaduto desabado em BH, que deveria ter sido uma obra de mobilidade
urbana, a ser concluída na Copa, e um legado ao povo brasileiro, transformou-se
em uma tragédia e acabou virando um monte de entulho que não serve para nada.
Muito dinheiro público jogado no lixo. 
Os governantes apoiaram-se
na demagogia de formar uma gigantesca base aliada para governar, entretanto, em
nome da governabilidade, as intenções eram totalmente diferentes: serviam para
dominar sorrateiramente todas as esferas do governo, e assim perpetuarem-se no
poder. Um governo que conseguiu comprometer a democracia e a instituição
presidência da República. Nada mais que isso. 
O respeito do poder
central com a nação e com os seus cidadãos é de tal ordem que só faz aumentar o
descrédito nos políticos. Uma realidade que dói a todos, profundamente. O
governo central acabou, sem ao menos ter existido! A anarquia tomou conta de
tudo, deixando a população à beira de um ataque de nervos. 
O cidadão perdeu a
capacidade de indignar-se com a injustiça e com o errado. São muito poucas as
vozes que se levantam e perseveram na divulgação crítica aos descalabros que
vêm afetando o país. A necessidade de ampliação ou reverberação dessas vozes é
fundamental para mostrar o verdadeiro sentido de contestação de uma população
oprimida. Inclusive, o rolo compressor da opressão passa também sobre as
cabeças dos jornalistas mais acessados na internet. Perseguições assim
fazem parte da agenda de governo. 
Da mesma forma que o viaduto não resistiu nem
à chegada de sua inauguração, as outras obras da mesma empreiteira também estão
sob suspeitas. Sem falar no Minha Casa, Minha Vida, que são construções
precárias, de pouca duração, pois são muitas as reclamações a esse respeito. De
concreto, mesmo, só as promessas!  
Celso Pereira Lara 
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