segunda-feira, 5 de maio de 2014

341-A democracia petista

Avanços, retrocesso, mudanças. Palavras muito utilizadas pelo governo petista, mas não passam de encenações, de velhos artifícios.

Que avanços aconteceram no governo do PT, a não ser na área de escândalos sucessivos? Foi o maior número de corrupções na história do Brasil. O que justifica qualificar de retrocesso as críticas feitas pela oposição, se o país não avançou e corre sério risco de uma ditadura comunista? Basta observar diariamente os comentários políticos. Como acreditar em mudanças, se o país atravessa crises na segurança pública, na educação, na saúde, na habitação, nas rodovias federais, nas instituições militares, agravadas pelo próprio governo durante as três últimas gestões?
   Um governo que fomenta as invasões de terra e a violência nas ruas, para depois tentar, através de programas sociais eleitoreiros, minimizar essas questões e ganhar louros pela iniciativa, alardeando que houve avanços sociais.
O aumento da violência se deu nesse período de doze anos de governo despreparado por conveniência, porque os criminosos têm a certeza da impunidade e conta com a proteção das organizações dos direitos humanos. São dezenas de entidades que se destinam a proteger os infratores, e que os defendem com antigos chavões, afirmando ser produto do sistema, da sociedade consumista. Outra verdade é que os delinquentes são protegidos pelos partidos políticos socialistas e são compelidos a praticar atos criminosos, seguindo os exemplos que vêm de dentro do próprio governo. Isso é fomentar a luta de classes, pois é de interesse do projeto petista.
Que avanços aconteceram, se as promessas de campanha dos três recentes governos não saíram do papel, e certamente farão parte da plataforma de governo nas próximas campanhas? Considerar avanço social o fato de promover à classe média, ardilosamente, uma camada da população mergulhada na baixa renda, é desconsiderar a inteligência do povo brasileiro. O PT maldosamente considerou que, para subir na escala social bastava que o cidadão ultrapassasse certa renda, ridiculamente baixa. Uma escala manipulada, rebaixada. Lógico que esse novo estrato social, falsamente promovido, continuará a sofrer as mesmas carências de habitação, saúde, educação. Não é verdade que tal promoção interesse a essa falsa classe média que figura na base da classificação. Interessa, sim, ao governo, para fazer a divulgação do "avanço social" realizado no Brasil. Isso é um projeto eleitoreiro e uma forma de engrandecer o governo petista aos olhos das comunidades estrangeiras.
Classe média é aquela que se situa na região intermediária da distribuição normal de renda de um país. Trata-se, portanto, de um conceito estatístico. Os governos petistas vendem a imagem de que os brasileiros tiveram melhoria do seu status econômico-social, o que não é verdadeiro. O que houve foi uma reclassificação estatística e nada mais. Enfim, é uma invencionice petista a história da nova classe média, com renda entre R$ 291,00 e 1.019,00. Só se o PT está levando em consideração a renda de Cuba, o país queridinho dos companheiros. Consideraram o aumento de consumo, através de endividamento dessa parcela da população, e não o aumento efetivo de sua renda, o que na realidade não passa de uma bolha. Como é fácil manipular dados, criar ilusões coletivas, tergiversar sobre verdades que não podem ser explicitadas para não prejudicar as campanhas nos palanques. 
O perigoso PNDH3 (Plano Nacional de Desenvolvimento Humano) é um plano aprovado pelo Decreto nº 7.037, de 21.12.2009, no governo Lula, que apresenta centenas de itens que poderão ser legalizados, deixando de lado a Constituição. Uma aprovação maldosa, feita ao apagar das luzes, sem discussão com a sociedade e sem transparência alguma, como sempre. São propostas bolivarianas que conduzirão o Brasil ao descontrole social, às lutas de classes, do jeito que o marxismo ensina, com proteção total aos baderneiros.
Alguns itens constantes do plano: regulamentar a taxação do imposto sobre grandes fortunas previsto na Constituição; realizar ações permanentes de estímulo ao desarmamento da população; propor a criação de marco legal nos serviços de radiodifusão (rádio e televisão) concedidos, permitidos ou autorizados.
O PT no poder é a consolidação do projeto autoritário, criado no Foro de São Paulo, que está muito próximo de tornar realidade o sistema comunista no Brasil. O governo totalitário do PT, por não gostar da democracia, aproveita-se da fragilidade dela para colocar em prática seus planos para a tomada de poder, na “marra”. Afinal, não foi o Partido dos Trabalhadores que votou contra a aprovação da Constituição de 1988? 
Invasões incentivadas de terras e propriedades particulares, urbanas ou não, fazem parte do plano do PT, pois o MST recebe verbas do governo para sustentar essas ações. As invasões a propriedades privadas são "justificadas" pelos delírios dos poderosos governistas - em nome das desigualdades extremas de propriedade - alegando que os imóveis não estão cumprindo sua função social. A que ponto chegou a petulância petista! Democracia é a garantia da propriedade privada.
O governo demonstra incompetência para liquidar o déficit habitacional, mas se mostra poderoso em solucionar esse problema pela via mais simples, porém antidemocrática, das invasões. Isso é a prova de que o Minha Casa Minha Vida é apenas um projetinho eleitoreiro, sem a menor intenção de acabar com o problema dos realmente sem-teto. Então, como explicar as invasões incentivadas e financiadas com dinheiro público?
O plano satânico contempla o controle da comunicação, que seria nos moldes do praticado na Venezuela, ou seja, através de um organismo controlador de rádio e TV, proibindo algumas notícias e autorizando as que poderiam ser levadas ao conhecimento do público, inibindo o direito de opinar, de livre expressão, de liberdade de informação. É o governo colocando régua nas palavras do jornalismo. Que tipo de democracia é essa?     
Todos percebem que as reformas e mudanças estão voltadas somente para fortalecer o poder governamental, ao mesmo tempo em que retiram a liberdade da população em geral. Os partidos comunistas e socialistas se destacam muito bem nessa engenharia maquiavélica. Mas não há mal que sempre dure, e - graças à livre comunicação que ainda subsiste -, o povo já está acordando, embora muito lentamente, da letargia política em que estava mergulhado. A população, finalmente, está constatando que o rei está nu.    
O retorno do tema reforma política é um engodo à população. Por causa das manifestações de rua, ocorridas em junho, o governo tentou impor uma reforma política bem à sua moda, entretanto, foi rejeitada por todos e continua na estaca zero. Lógico, reforma política nesse governo não interessa ao povo. Então, ela servirá novamente de combustível nas campanhas do governo.
O que dizer de parlamentares que protegem malfeitos, condenados no processo do mensalão ou envolvidos no escândalo da Petrobras, e dificultam a CPI dessa estatal aos olhos de todos os brasileiros? Há os que acham tudo normal saquear os cofres públicos em nome da causa. Para esses, os fins justificam os meios. Assim é a política que o PT impõe em nome da democracia. Um socialismo bolivariano, uma degradação moral. Mudar isso é impossível. Poderia ser comparado a um compartimento que só pode ser aberto pelo lado de dentro. E os que estão no seu interior, blindados, não demonstram o menor interesse na promoção de mudanças, apenas fingem. Abrir pelo lado de fora, só tem um jeito: usando as urnas nas próximas eleições. Somente dessa forma é que o povo poderá fazer a reforma política à sua moda.

Celso Pereira Lara  

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