O que se pode esperar de um governo que, ao invés de
olhar para os muitos e grandes problemas internos, prefere ajudar outros países,
trazendo mais problemas para o Brasil.
Numa tentativa de salvar a
presidente do desgaste político que ela vem enfrentando desde as manifestações
de junho, inclusive agravado pela presença do movimento "Volta Lula",
sustentado pelos militantes e pela cúpula do próprio partido, estrategistas da
campanha pela reeleição buscam fortalecer a imagem dela, na esperança de
estancar ou recuperar os índices de aprovação do governo. O objetivo seria
também impedir o crescimento na adesão pela volta do ex-presidente. A
presidente afirma que será candidata à reeleição com ou sem o apoio dos
partidos que integram sua base no Congresso. 
Em recentes entrevistas,
Lula deixa claro que um convite a candidatar-se novamente é irrecusável. A
menos de 60 dias da convenção nacional do PT, para a escolha do candidato a
concorrer nas eleições, os ânimos pela ocupação da nova Presidência da
República estão bastante acirrados, a ponto de haver um possível racha na
própria militância. Um racha sem consequências para o partido, pois todos
continuarão fiéis à ideologia do PT. Apenas uma luta pela perpetuação do poder,
custe o que custar. Uma guerra à parte: PT x PT.  Mas, no fundo, parece mesmo uma encenação
político-teatral para desviar o foco dos acontecimentos envolvendo os
escândalos do governo petista. Não dá para acreditar que a presidente estaria,
de fato, disposta a enfrentar mais quatro anos de um governo desgastado. Além
do mais, com que finalidade o poste teria sido colocado, por Lula, na
presidência?  Para a oposição, não seria novidade
nenhuma se na convenção do PT, em final de junho, Lula for o indicado.   
Mais uma vez, o
pronunciamento do primeiro de maio foi bem oportuno para a presidente, porque ela
pode discorrer sobre a sua plataforma de governo. Visivelmente abatida pelas
revelações escandalosas na Petrobras e pela recente queda no índice de
aprovação de seu governo, ela tenta apresentar-se à população como se nada
estivesse acontecendo. Como se o seu governo estivesse deslanchando em
popularidade e o resto não passa de uma visão negativa da oposição.
Mas o que se observa é que o
pronunciamento, que deveria limitar-se ao Dia do Trabalhador, seguiu pela via
paralela com campanha política e ataque a adversários, além de nada acrescentar
ao de 2013. Acima de tudo, aproveitou-se do momento, de forma nitidamente interesseira,
para anunciar a correção, abaixo da inflação, da tabela do Imposto de Renda
para 2015 e o aumento, acima da inflação, do valor do Bolsa Família. Até o
Financial Times diz que "aumento de Bolsa Família acima da inflação é ação
populista". Pior de tudo é quando se está próximo das eleições, a
presidente vem fazer propaganda de governo, em pronunciamento em cadeia de
rádio e TV, e ninguém faz nada? Há quatro anos aproveitando-se da máquina
pública para fins eleitoreiros. Será que existe oposição, mesmo? 
Uma chegada surpreendente.
Sorrateiramente. Do nada, cerca de oitocentos haitianos chegam a São Paulo, sem
aviso prévio ao governador do estado. Surpresa para ele! Isso deve fazer parte
do programa social do Governo federal: ajudar os países mais pobres, porque
aqui não há pobreza. Quando não envia em forma de doação bilhões em dinheiro do
BNDES para outro país, o Governo decide importar um pouco da população dele.
Todos sem qualificação, sem moradia, sem emprego, sem comida, sem banho e sem
alojamento. Sem dúvida, está criado mais um problema social para o governo paulista
e, depois, para o resto do Brasil. 
O Governo anuncia medidas
para estimular haitianos a tirar o visto antes de entrarem no Brasil. A ideia é
organizar entrada para garantir serviços públicos e coibir "coiotes".
Um incentivo aos emigrantes do Haiti. O Brasil é um país de portas abertas e bem
acolhedor. Não vive uma situação de pleno emprego e sofre falta de mão de obra
de baixa qualificação na agricultura, na construção civil e no trabalho
doméstico. Mas isso não justifica uma imigração incentivada em torno de mil haitianos
por mês. 
E não para por aí, não! Mais
uma genial criação: desta vez não petista, mas peemedebista, que no fundo comem
no mesmo prato e rezam do mesmo terço. O deputado Ney Lopes (PMDB-RN), autor do
Projeto de Lei Complementar 276/02 que possibilita ao Ministro da Defesa e aos
chefes das Forças Armadas autorizarem o trânsito e a permanência temporária de
forças estrangeiras no país. O argumento principal: "diminuir a burocracia
envolvendo a autorização para a entrada de tropas, navios e aviões militares no
país, uma vez que é frequente sua passagem pelo espaço territorial brasileiro”.
Com isso, fica garantida, por exemplo, a presença de forças policiais de
Moçambique, no Rio de Janeiro, durante os jogos da Copa do Mundo. Não há como
classificar a aprovação de um projeto desses, tão vergonhoso quanto
psicopático. Fica a sensação de humilhação ao povo brasileiro, além de tudo, de
menosprezo às instituições militares. Como se não bastassem as humilhações aos
médicos brasileiros, aos professores, à Polícia Federal. A requisição dos
policiais de Moçambique é somente para reforçar a segurança das autoridades brasileiras
e estrangeiras durante os jogos da Copa de Elite, entretanto, a segurança do
povo brasileiro está entregue à própria sorte.    
Não se ouve do Governo um
anúncio de medidas que favoreçam a população. Tudo gira em torno da Copa e de
ajuda a países comunistas. Será que isso faria aumentar o índice de aprovação
do Governo? 
Celso Pereira Lara  
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