O que deveria causar queda,
inexplicavelmente eleva os índices da pesquisa a favor da candidata à
reeleição.
No
pleito de 5 de outubro, que vença o escolhido pelo povo. Que seja feita a
vontade popular pelo voto nessas eleições, em nome da democracia. 
Os
candidatos à Presidência da República compareceram a diversos debates nas redes
de TV, responderam a perguntas dos concorrentes e dos jornalistas, trocaram
farpas entre si, enfim, tiveram a oportunidade de mostrar seus argumentos e suas
pretensões à população brasileira. Alguns, mais objetivos. Outros, mais
evasivos. 
Nesse
balaio de oferta de candidatos, o eleitor tenta com muito esforço selecionar o “menos
pior”, aquele que de fato poderia trazer melhorias para o país e salvar o
Brasil de uma forma geral. Se a escolha está sendo muito difícil, porque nenhum
candidato merece crédito para ocupar o Planalto, aí o problema já atingiu outro
patamar. Anular o voto por essa razão, até que ponto essa atitude está sendo
útil à Nação? Não votar em nenhum candidato como forma de protesto contra a
atual situação político-econômica do país não seria a melhor decisão do eleitor,
pois isso não resolve, pelo contrário, pode até complicar ainda mais. 
No
momento, o Brasil encontra-se mergulhado de ponta cabeça no lamaçal da sem-vergonhice, sem a menor perspectiva de vir à tona. O escárnio demonstrado pelos
políticos diante dos casos de corrupção revela que eles estão respaldados pelo
povo que os elegeram, principalmente pelos eleitores dependentes de bolsas e
outras benesses do governo, como o aparelhamento das instituições. Temos, então,
um governo que pode fazer o que quiser contra a sociedade, mas tudo em nome da
democracia, inclusive injetar bilhões de reais na ajuda a países comunistas, ou
mesmo quebrar a Petrobras. Um governo onde tudo pode, e o povo assiste em cumplicidade.
As ruas esvaziaram-se para sempre!
O
povo, do alto de sua alienação ou incapacidade política, ou mesmo por falta de
tempo e muito preocupado com os seus compromissos, não consegue perceber o que
se passa nos meandros da governança. Na presente conjuntura, a presidente vem
subindo nas pesquisas, na medida em que novos casos de desvio de dinheiro público
surgem nos noticiários. É algo surreal, tupiniquim, de fazer qualquer cientista
político rever seus conceitos. 
Contribui
também para o crescimento nas pesquisas o fato de a presidente vir fracassando
nos debates na TV e, por último, de ter condenado os ataques aéreos aos
terroristas islâmicos. Na ONU, enquanto Dilma deixava claro o posicionamento do
Brasil, no sentido de manter exaustivo diálogo com os terroristas, Obama pedia
reforço à coalizão para o combate à nova ameaça terrorista. 
Se
esses acontecimentos não bastam para influenciar as pesquisas, negativamente, o
que mais se pode esperar?   
Celso Pereira Lara 
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