segunda-feira, 29 de setembro de 2014

380-O eleitor na encruzilhada

O que deveria causar queda, inexplicavelmente eleva os índices da pesquisa a favor da candidata à reeleição.

No pleito de 5 de outubro, que vença o escolhido pelo povo. Que seja feita a vontade popular pelo voto nessas eleições, em nome da democracia.

Os candidatos à Presidência da República compareceram a diversos debates nas redes de TV, responderam a perguntas dos concorrentes e dos jornalistas, trocaram farpas entre si, enfim, tiveram a oportunidade de mostrar seus argumentos e suas pretensões à população brasileira. Alguns, mais objetivos. Outros, mais evasivos.

Nesse balaio de oferta de candidatos, o eleitor tenta com muito esforço selecionar o “menos pior”, aquele que de fato poderia trazer melhorias para o país e salvar o Brasil de uma forma geral. Se a escolha está sendo muito difícil, porque nenhum candidato merece crédito para ocupar o Planalto, aí o problema já atingiu outro patamar. Anular o voto por essa razão, até que ponto essa atitude está sendo útil à Nação? Não votar em nenhum candidato como forma de protesto contra a atual situação político-econômica do país não seria a melhor decisão do eleitor, pois isso não resolve, pelo contrário, pode até complicar ainda mais.

No momento, o Brasil encontra-se mergulhado de ponta cabeça no lamaçal da sem-vergonhice, sem a menor perspectiva de vir à tona. O escárnio demonstrado pelos políticos diante dos casos de corrupção revela que eles estão respaldados pelo povo que os elegeram, principalmente pelos eleitores dependentes de bolsas e outras benesses do governo, como o aparelhamento das instituições. Temos, então, um governo que pode fazer o que quiser contra a sociedade, mas tudo em nome da democracia, inclusive injetar bilhões de reais na ajuda a países comunistas, ou mesmo quebrar a Petrobras. Um governo onde tudo pode, e o povo assiste em cumplicidade. As ruas esvaziaram-se para sempre!

O povo, do alto de sua alienação ou incapacidade política, ou mesmo por falta de tempo e muito preocupado com os seus compromissos, não consegue perceber o que se passa nos meandros da governança. Na presente conjuntura, a presidente vem subindo nas pesquisas, na medida em que novos casos de desvio de dinheiro público surgem nos noticiários. É algo surreal, tupiniquim, de fazer qualquer cientista político rever seus conceitos.

Contribui também para o crescimento nas pesquisas o fato de a presidente vir fracassando nos debates na TV e, por último, de ter condenado os ataques aéreos aos terroristas islâmicos. Na ONU, enquanto Dilma deixava claro o posicionamento do Brasil, no sentido de manter exaustivo diálogo com os terroristas, Obama pedia reforço à coalizão para o combate à nova ameaça terrorista.

Se esses acontecimentos não bastam para influenciar as pesquisas, negativamente, o que mais se pode esperar?  


Celso Pereira Lara 

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