A queda de Dilma, nas pesquisas, era previsível, porque ela não tem nada a seu favor. O seu governo, da mesma forma que os anteriores, foi marcado por uma série de escândalos de corrupção e pelo povo nas ruas clamando por mudanças.
Em evento realizado pelo PT, em 4 de setembro, na Bahia, em que só havia militantes petistas, Lula pedia votos para Dilma e para o partido. Bem no início do discurso, Lula tombou literalmente na beira do palco. No comício, o ex-presidente, mostrando-se homem do povo, resolveu cumprimentar um grupo de militantes que estava logo abaixo do palco. Para sua surpresa, desequilibrou-se e foi amparado por alguns, o que evitou um acidente maior. Teria sido um presságio a queda do petista-mor? A caída de Lula foi entendida como uma "praga" ou "olho grande" da oposição. Isto porque, logo em seguida, ele soltou um torpedo: 'Eles devem se preparar porque eu vou estar vivo', referindo-se às eleições de 2018, com os seus 72 anos de idade.
Nessa campanha presidencial, marcada pela total indecisão dos eleitores e porque a cada semana surge um fato novo, a população fica com mais dúvida na escolha de um candidato. Pelo visto, já está em prática a nova política, que seria uma ideia de Marina para governar o país. É que, para agradar a gregos e troianos, Marina vai mudando de ideia sempre que necessário. E já mudou várias vezes, mas, afinal, que programa de governo é esse, que varia ao sabor dos ventos até as eleições? Mudar de ideia pode, só não pode é deixar de cumpri-las, se eleita. Na outra ponta, Dilma promete mudanças na equipe de governo: ‘governo novo, equipe nova’. Acreditem!
Em março, durante cerimônia de entrega de um conjunto habitacional em João Pessoa, Dilma exagera em seu discurso: 'Nós podemos fazer o diabo quando é a hora da eleição'. Lógico, pois é uma característica do petismo. O próprio fato de não comparecer ao debate na Globo já é sinal de que o diabo entrou em cena.
A menos de um mês das eleições, a campanha promete esquentar muito. Não vão faltar motivos para acusações ao adversário. O que imaginavam que poderia acontecer em 2015 acabou sendo antecipado. Trata-se da delação premiada feita pelo ex-diretor da Petrobras, em que acusa uma verdadeira quadrilha de participar do esquema de corrupção na estatal. Ele citou três governadores, seis senadores, um ministro de Estado e pelo menos 25 deputados federais – todos os envolvidos são membros dos partidos PT, PMDB e PP –, nomes de executivos de grandes empresas e até mesmo de empreiteiros, além do envolvimento de parte do corpo técnico da estatal. Evidente que a cúpula do PT está preocupada, assim como no meio político em Brasília, pelo fato de que o escândalo vai acabar de vez com as chances de reeleição da candidata petista e poderá ser a pá de cal no enterro do partido. Nada a ver com desafio, mas foi um balde de água gelada!
O governo do PT recebe de presente, pelos doze anos de mau governo, a notícia do escândalo de corrupção que envolve bilhões de reais, com repercussão nos jornais internacionais, mostrando, assim, a verdadeira imagem do Brasil. É a prova de que o aparelhamento da empresa petrolífera só serviria mesmo para a prática de desvios de recursos dos seus cofres, assim como nas demais estatais.
A crise no governo petista vem acontecendo em escala crescente, causada pelos atos de corrupção e desvios ou má gestão de recursos públicos. Nunca antes na história desse país se viu tanta desordem governamental. O país está sangrando e necessita de um atendimento urgente para um checkup completo. A principal doença já está diagnosticada!
A candidata Dilma, que declarou fazer o diabo nessas eleições, encontra-se agora num verdadeiro inferno, onde os seus votos estão sendo queimados. O retorno de Lula era dado como certo, até o dia 15. Mas, com a delação dos envolvidos em desvios de recursos financeiros da Petrobras, justamente na primeira quinzena de setembro, será que Lula teria a coragem de entrar em campo para substituir Dilma?
Celso Pereira Lara
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