O momento
é propício para as alianças, enquanto a Copa do Mundo diverte a população no
que ela mais gosta. No jogo político, que ocorre em paralelo, a disputa é pela
formação do maior time possível.        
Na Convenção Nacional
do Partido dos Trabalhadores, realizada dia 21, o presidente do partido, Rui
Falcão, anunciou oficialmente a indicação de Dilma para a reeleição. A grande
novidade é que, aproveitando-se da oportunidade, o PTB rompeu com a candidatura
da presidente e anunciou o seu apoio ao tucano Aécio. Os discursos apresentados
pelos petistas, naquele ato, não passaram de ataques ao Governo tucano, aos
atuais partidos de oposição e à imprensa. Para o segundo mandato, a presidente
anunciou algumas propostas antigas, não cumpridas no primeiro mandato. Ela
ainda teve a coragem de afirmar: “Precisamos de mais oito anos para construir
uma obra à altura dos sonhos do Brasil”. Que obra seria essa? Mais oito anos?
Enfim, sempre mais do mesmo.   
Que mudanças a
candidata vai propor em sua campanha eleitoral, se o PT esteve durante 12 anos
à frente do governo federal e nada foi realizado, a não ser as vergonhosas
obras das arenas para a realização da Copa no Brasil? E o povo está tão
indignado com esse mundial de jogos e com a gestão desse governo, a ponto de
vaiar a presidente em todos os eventos públicos em que ela está presente. 
Neste ciclo de
convenções partidárias tudo é possível: salada mista ou bacanal eleitoral não
importa para os que preferem os interesses acima de tudo, deixando de lado as
ideologias do partido e a representatividade do povo. Aproveitem enquanto a
bola está rolando no gramado!
Com o PMDB rachado,
parte vai apoiar o PSDB, enquanto a outra parte permanece fiel ao apoio da
reeleição da presidente; no governo de São Paulo, o PSDB indicou um vice do
PSB; o PSB jura que vai apoiar o tucano Aécio; no Rio de Janeiro, o PMDB da
base da presidente fechou com o PSDB; o petista Lindbergh vai apoiar o Romário,
do PSB, para o Senado; o democrata Cesar Maia vai concorrer ao mesmo posto com
o apoio do governador peemedebista, Pezão. Paulinho, da Força Sindical, declara
apoio ao tucano Aécio. Isso é apenas uma amostra do que está rolando fora das
arenas. A política é mesmo muito sem-vergonha!
Não chega a ser
surpreendente o vazamento do plano B do PT: nas proximidades do dia das
eleições, a candidata à reeleição passaria mal e se internaria para tratamento
de sua doença (sendo verdade ou não), e Lula, então, seria indicado pelo PT
como sendo o potencial candidato a substituí-la. Eis uma boa razão para a
concretização do "volta Lula". E, para colocar mais pimenta malagueta
nessas eleições, Lula ameaça: “Essa campanha está correndo o risco de ser uma
campanha violenta”. Estaria sugerindo truculências? Sendo assim, ficaria bem ao
gosto dos radicais petistas. 
Pelo visto, a
Convenção do PT deve ter sido um fiasco, pois a cúpula do partido está no
presídio. Coisas da política! 
Celso Pereira Lara 
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