sexta-feira, 9 de julho de 2021

608-Momento crítico-II

 Cada vez mais o estresse político se faz presente. São afrontas que surgem de vários lados, como se não existisse independência entre os poderes.

A CPI da Covid ousou enviar uma pequena carta ao presidente da República, para ele confirmar o teor das declarações prestadas pelo deputado Luís Miranda e o seu irmão, a fim de saber se eles estavam mentindo ou falando a verdade, e também para responder se o líder na Câmara é um homem honesto. Esse pedido foi mais um ponto da falta de senso dos líderes da CPI, que chega a ultrapassar a barreira do ridículo! Lógico que qualquer que fosse a pergunta endereçada a Bolsonaro, não mereceria resposta, pois os senadores dessa Comissão não têm a menor moral para se dirigirem ao Chefe da Nação, quanto mais dessa forma. E por isso o tempo passou e ficaram sem resposta por escrito. Mas Bolsonaro soube muito bem deixar um recado para eles: "Eu não vou responder nada para esses caras. Não vou responder nada para esse tipo de gente, em hipótese alguma, que não estão preocupados com a verdade e sim em desgastar o governo. "Hoje, o Omar, o Renan e o "saltitante" fizeram uma festa lá embaixo, na Presidência, entregaram documento para eu responder pergunta à CPI. Sabe qual é minha resposta, pessoal? Caguei. Caguei para CPI. Não vou responder nada", disse Bolsonaro em live.

Os ataques feitos às Forças Armadas, pelo presidente da CPI da Covid, Omar Aziz, não foram bem recebidos, por isso o Ministério da Defesa emitiu Nota a respeito, enfatizando que houve desrespeito ao generalizar esquemas de corrupção, ao acusar de forma leviana uma instituição que goza de elevada credibilidade junto à sociedade. A Nota finaliza afirmando que não aceitarão qualquer ataque leviano.

O senador Omar não se conteve, e junto com outros senadores foram até o presidente do Senado para reclamar da Nota. Mas Pacheco conseguiu acalmar os ânimos dos aloprados.

E, por causa disso, o Comandante da Aeronáutica também sobe o tom e manda recado para Omar Aziz: “Cada instituição do país tem a obrigação de se preocupar com a democracia e o respeito às instituições. E nós, instituição militar, não abriremos mão disso”, afirmou. “Nós não enviaremos 50 notas para ele. É apenas essa.”

O presidente Bolsonaro não abre mão do voto impresso auditável. É a vontade do povo que está em jogo, para garantia da transparência nas eleições 2022. Sabemos que o atual sistema eletrônico de votação tem tudo para eleger Lula, tanto é que a oposição está contra a PEC do voto auditável.

Em sua live, Bolsonaro foi categórico: "Ou fazemos eleições limpas no Brasil ou não temos eleições". A postura tem que ser firme contra o golpe em curso, que envolve desde o STF até a imprensa, passando por institutos de pesquisas, emissoras de TV e Congresso. Por que eles temem tanto dar transparência ao sistema eleitoral? 

O presidente continua dentro de seu quadrado, apenas alertando aos outros poderes que a sua decisão é irrevogável. 

Para fazer frente a essa onda de ataques vindos de todos os lados, o presidente resolveu aumentar a carga de sua artilharia. Partiu pra cima do ministro do STF, Barroso, ao saber que ele tenta desqualificar a PEC do voto impresso auditável, chamando-o de idiota, e lamentando ter que falar isso para uma autoridade da Suprema Corte. Possivelmente, Barroso estaria fazendo isso a pedido de "Daniel".

O índice de rejeição a Bolsonaro é o maior desde início do mandato: 51% das pessoas consideram o Governo ruim ou péssimo, e essa marca só foi superada por Fernando Collor em 1992, segundo pesquisas do DataFolha do dia 8. Pelo jeito, até o dia das eleições 2022, o presidente deve chegar a 90% de rejeição pelas pessoas que são entrevistadas nessas pesquisas!

A criatividade da rede Globo, então, passa a ser algo tão sinistro que seus autores nem se dão conta de que todos os telespectadores já perceberam o jogo sujo que ela apresenta diariamente. Ela divulga resultados de pesquisas feitas com o propósito de mostrar que a população está insatisfeita com o presidente. São perguntas simples, tipo você acha o presidente um ditador? Bolsonaro agrada mais os ricos do que os pobres? E por aí vai... Haja!   

Bolsonaro continua sendo recebido pelo público cada vez mais aguerrido e aos gritos de mito em suas visitas aos estados. Desta vez aconteceu em Porto Alegre-RS, hoje (9). A euforia da multidão pela sua presença é de desmentir qualquer pesquisa de opinião que apresente queda nos índices de popularidade do presidente. Portanto, não há o menor sintoma de queda, pelo contrário, percebe-se que o povo enxerga Bolsonaro como o maior líder do mundo, e por ele vai fazer de tudo para reelegê-lo.

Celso Pereira Lara

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