Cada vez mais o estresse político se faz presente. São afrontas que surgem de vários lados, como se não existisse independência entre os poderes.
A CPI da Covid ousou
enviar uma pequena carta ao presidente da República, para ele confirmar o teor
das declarações prestadas pelo deputado Luís Miranda e o seu irmão, a fim de
saber se eles estavam mentindo ou falando a verdade, e também para responder se
o líder na Câmara é um homem honesto. Esse pedido foi mais um ponto da falta de
senso dos líderes da CPI, que chega a ultrapassar a barreira do ridículo!
Lógico que qualquer que fosse a pergunta endereçada a Bolsonaro, não mereceria
resposta, pois os senadores dessa Comissão não têm a menor moral para se
dirigirem ao Chefe da Nação, quanto mais dessa forma. E por isso o tempo passou
e ficaram sem resposta por escrito. Mas Bolsonaro soube muito bem deixar um
recado para eles: "Eu não vou responder nada para esses caras. Não vou
responder nada para esse tipo de gente, em hipótese alguma, que não estão
preocupados com a verdade e sim em desgastar o governo. "Hoje, o Omar, o
Renan e o "saltitante" fizeram uma festa lá embaixo, na Presidência,
entregaram documento para eu responder pergunta à CPI. Sabe qual é minha
resposta, pessoal? Caguei. Caguei para CPI. Não vou responder nada", disse
Bolsonaro em live.
Os ataques feitos
às Forças Armadas, pelo presidente da CPI da Covid, Omar Aziz, não foram bem
recebidos, por isso o Ministério da Defesa emitiu Nota a respeito, enfatizando
que houve desrespeito ao generalizar esquemas de corrupção, ao acusar de forma
leviana uma instituição que goza de elevada credibilidade junto à sociedade. A
Nota finaliza afirmando que não aceitarão qualquer ataque leviano. 
O senador Omar não
se conteve, e junto com outros senadores foram até o presidente do Senado para
reclamar da Nota. Mas Pacheco conseguiu acalmar os ânimos dos aloprados. 
E, por causa disso,
o Comandante da Aeronáutica também sobe o tom e manda recado para Omar Aziz:
“Cada instituição do país tem a obrigação de se preocupar com a democracia e o
respeito às instituições. E nós, instituição militar, não abriremos mão disso”,
afirmou. “Nós não enviaremos 50 notas para ele. É apenas essa.”
O presidente
Bolsonaro não abre mão do voto impresso auditável. É a vontade do povo que está
em jogo, para garantia da transparência nas eleições 2022. Sabemos que o atual
sistema eletrônico de votação tem tudo para eleger Lula, tanto é que a oposição
está contra a PEC do voto auditável.
Em sua live, Bolsonaro
foi categórico: "Ou fazemos eleições limpas no Brasil ou não temos eleições".
A postura tem que ser firme contra o golpe em curso, que envolve desde o STF
até a imprensa, passando por institutos de pesquisas, emissoras de TV e Congresso.
Por que eles temem tanto dar transparência ao sistema eleitoral?  
O presidente
continua dentro de seu quadrado, apenas alertando aos outros poderes que a sua
decisão é irrevogável.  
Para fazer frente a
essa onda de ataques vindos de todos os lados, o presidente resolveu aumentar a
carga de sua artilharia. Partiu pra cima do ministro do STF, Barroso, ao saber
que ele tenta desqualificar a PEC do voto impresso auditável, chamando-o de
idiota, e lamentando ter que falar isso para uma autoridade da Suprema Corte.
Possivelmente, Barroso estaria fazendo isso a pedido de "Daniel". 
O índice de
rejeição a Bolsonaro é o maior desde início do mandato: 51% das pessoas
consideram o Governo ruim ou péssimo, e essa marca só foi superada por Fernando
Collor em 1992, segundo pesquisas do DataFolha do dia 8. Pelo jeito, até o dia
das eleições 2022, o presidente deve chegar a 90% de rejeição pelas pessoas que
são entrevistadas nessas pesquisas!
A criatividade da
rede Globo, então, passa a ser algo tão sinistro que seus autores nem se dão
conta de que todos os telespectadores já perceberam o jogo sujo que ela
apresenta diariamente. Ela divulga resultados de pesquisas feitas com o
propósito de mostrar que a população está insatisfeita com o presidente. São perguntas
simples, tipo você acha o presidente um ditador? Bolsonaro agrada mais os ricos
do que os pobres? E por aí vai... Haja!   
Bolsonaro continua
sendo recebido pelo público cada vez mais aguerrido e aos gritos de mito em
suas visitas aos estados. Desta vez aconteceu em Porto Alegre-RS, hoje (9). A
euforia da multidão pela sua presença é de desmentir qualquer pesquisa de
opinião que apresente queda nos índices de popularidade do presidente.
Portanto, não há o menor sintoma de queda, pelo contrário, percebe-se que o
povo enxerga Bolsonaro como o maior líder do mundo, e por ele vai fazer de tudo
para reelegê-lo.
Celso Pereira Lara
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