Entre cair no canto da
sereia e confiar na raposa dentro do galinheiro não existe diferença. Melhor
seria se afastar dos dois.
O país está
totalmente cupinizado (ou pt-tizado), podre em suas estruturas. Nas estatais,
quanto mais mexe, mais corrupção aparece. No caso da Petrobras, os petistas
afirmam que não houve petrolão, assim como não houve mensalão, não houve
operação Lava-Jato, nem superfaturamento na Abreu e Lima. Nos Correios, cujo
presidente foi flagrado fazendo campanha pela reeleição da presidente, os
santinhos - quase cinco milhões de panfletos pedindo votos para Dilma - foram
distribuídos sem remetente e sem registro obrigatório da chancela ou estampa
digital, com filmagens dessa distribuição. O Ministério Público Federal,
atendendo a denúncias da oposição, concedeu um prazo de trinta dias para que a
presidenciável e o presidente dos Correios se explicassem. Ambos negaram
irregularidades! Para a presidente petista, a denúncia foi um "equívoco
monumental". Portanto, para ela, não houve improbidade administrativa.
Assim considerando, é normal utilizar-se da máquina pública para fazer campanha
do governo. 
A certeza da impunidade
pelo TSE é um padrão dos políticos governistas. No entendimento dos petistas, o
caso dos Correios não passa de um factóide criado pela oposição para prejudicar
a campanha eleitoral da presidenciável. O surgimento de um factóide com todas
as provas ao alcance da população e da Justiça é uma rotina no atual governo.
Dilma diz que a oposição usa o caso Petrobras para dar golpe no país. Isso é
uma declaração muito genial, de sua lavra! A cada dia, ela não só surpreende a
todos como também a si própria. O governo acusa a oposição daquilo que vem
praticando há tempos, e a sua campanha está muito focada nos temas impunidade e
combate a corrupção. Pasmem! 
Os avanços acabaram ficando
comprometidos. O governo petista concentrou seus esforços apenas nos programas
garantidores de poder. A politicagem praticada com os países comunistas foi a
única meta atingida deste governo, esquecendo-se de que os problemas internos
estavam crescendo a passos largos, e conduzindo o país ao caos econômico,
social e político. Os avanços ficaram por conta de programas assistencialistas
mal geridos, repletos de desvio de recursos públicos, hoje considerados
fracassados. A inflação, sem dúvida, foi uma grande conquista do governo Dilma.
Estamos falando do retorno. 
Na atual campanha
eleitoral, a candidata Dilma não tem nada novo a apresentar ou prometer, assim
como não tem nada a comemorar de seus feitos. Os itens da lista de malfeitos
não param de crescer, e já passam dos cem. As novidades surgidas recentemente
são dignas de risadas, pois são cômicas e não passam de piadas para aqueles que
acompanham as notícias. A primeira delas, a presidente diz que o combate à
corrupção é prioridade em seu governo. Ela afirma que não há ninguém que não
seja corrupto. Dilma tem tolerância zero para com a corrupção!  A outra, ela pediu mudanças na legislação para
permitir o fim da impunidade. São ou não piadas para provar que o povo, ou o
seu eleitorado, é realmente alienado, e que acredita cegamente em tais
promessas? Agora, em horário eleitoral de TV, do nada Dilma acusa o governo FHC
de haver aparelhado o Ministério Público, ofendendo toda uma categoria de
servidores concursados do Estado. Ela está totalmente perdida, despreparada, e desesperada
com a possível derrota do PT. Justo nesta campanha tais fatos acabam virando excelente
combustível para o opositor. O que o PT mais sabe fazer é criticar os governos,
daí ter surgido a sua ascensão ao poder. 
Como o governo petista já está no seu terceiro mandato, quais argumentos
teriam seus governantes para condenar os anteriores, se eles próprios estão há
doze anos no poder? Por causa disso, a presidenciável não tem o que criticar,
para justificar o fracasso de seu governo. Ficou demonstrado que o país foi muito
mal administrado em todo esse período. E nesse caso não cabe imputar a culpa a
terceiros, até porque a base aliada estava lá para facilitar a governabilidade.
Isso tudo justifica o fracasso nas eleições. 
Por outro lado,
Marina corre o risco de afundar de vez, a menos que ela corra para os braços aconchegantes
do PT. Todos sabem que em suas veias corre muito sangue petista, e que também ao
final das contas ela vai se aliar a Dilma. Isso é previsível e inevitável. Nem
a Rede nem Marina confirmaram apoio a Aécio. O grupo político de Marina
recomenda aos seus militantes o voto em branco, nulo ou no candidato do PSDB.
Portanto, seria uma posição pessoal e não de caráter partidário. Então, a Rede,
ainda não registrada, não está negociando suas posições com a candidatura
Aécio, e Marina deve agir conforme sua consciência. As exigências de Marina em
troca de apoio a Aécio são de lascar. Ela empurra para cima dele os principais
pontos do programa dela, forçando o PSDB a dar uma guinada bem mais para a esquerda,
onde todos se confundem: PT e REDE. 
Marina encontrou
facilidade em apoiar Campos do PSB por causa das proximidades de seus programas
e da certeza de que poderia ocupar o posto de vice na chapa. Mas no caso de Aécio,
não existe essa proximidade de programa nem a possibilidade de vir a ocupar a
Vice-presidência. Na realidade, Marina está blefando com o tucano. Ela está
fazendo uma imposição inaceitável, visando sair-se bem diante do povo, e
colocando Aécio como egoísta ou mau negociador, o que poderia justificar uma
corrida de votos para Dilma. Entretanto, é lógico que o candidato tucano não
vai aceitar tal proposta, vai sair sem o apoio dela, e Marina novamente ficará
a ver navios. Mas, como ex-petista que ainda tem muito sangue do PT correndo em
suas veias, ela não vai deixar escapar a oportunidade de se aliar à candidata
Dilma. Até aí nenhuma novidade.
Para o PT e a REDE, o
problema maior está na possível vitória do tucano, mesmo sem o declarado apoio
de Marina. Isso significa o fortalecimento do PSDB, como sendo o partido que
representa a vontade popular, e que tem um programa de governo palpável. Deve-se
considerar, ainda, que a Presidência da República poderá ser ocupada por um
político que reúne as qualidades essenciais para o cargo, e com possibilidades
de restabelecer a credibilidade do Brasil no exterior, através das políticas
econômicas e sociais previstas em seu programa de governo. 
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