A
vitória apertada do PT na eleição para a Presidência da República não
representa a vontade do povo. A legitimidade da vitória de Dilma é
questionável.
Um governo marcado
por corrupções; que não cumpre o que promete; que se preocupa muito mais com os
países socialistas, como Venezuela e Cuba, ajudando-os com recursos bilionários
e sigilosos; que produz decretos bolivarianos para governar; que tem o Estado
aparelhado; que foi delatado pelo doleiro Youssef na operação Lava-Jato; que
foi eleito com as urnas eletrônicas sob suspeitas; com pedidos de impeachment
em andamento. Enfim, um governo eleito apenas pelos beneficiários do Bolsa
Família! 
Temos que resistir,
novamente. O cenário parece se repetir. Não podemos concordar com o diálogo
proposto pela presidente, porque não concordamos com a forma com que os
governantes petistas conduziram este país nestes doze anos. Não podemos admitir
cumplicidade, se não aprovamos os métodos bolivarianos praticados aqui. Não
podemos fingir que está tudo bem, quando tudo vai de mal a pior. Não
acreditamos em mudança, pois o tempo foi suficiente e nada foi feito. A
governabilidade está inviável.
A aprovação nas urnas
não reflete as reais intenções de voto da população. Não representa
verdadeiramente a vontade popular. O que se viu foi uma expressiva votação praticada
pelos beneficiários do Bolsa Família, programa de transferência de renda muito
bem alimentado pelos governos do PT. A utilização da máquina pública foi o
ponto alto durante a campanha, e o resultado nas urnas não poderia ser
diferente. 
O surgimento de
notícias sobre fraudes nas urnas, a partir do dia 26, não causa surpresa, pois
já havia acontecido caso semelhante no primeiro turno. As urnas eletrônicas
brasileiras colocam em xeque a credibilidade do resultado das eleições, isto
porque surgiram muitas denúncias de que o voto já havia sido registrado por
alguém, antes mesmo de o eleitor passar pelo mesário, assim como veio à tona o registro
de 30 votos para um título cujo eleitor ainda não havia votado.  Também houve casos em que as urnas foram repassadas
aos mesários já contendo uma boa quantidade de votos registrados em favor de
Dilma. Com um histórico de polêmicas, a segurança nas urnas eletrônicas já foi
apontada por inúmeros especialistas como questionável. Graves denúncias de
ex-funcionário da fabricante das urnas eletrônicas brasileiras aumentam o
descrédito na vitória de Dilma. A desconfiança é o tema em todas as conversas
sobre política. 
Por outro lado, o
candidato da oposição se viu prejudicado na campanha, quando os correios deixaram
de entregar milhares de correspondências solicitando votos para ele. 
Uma auditoria completa
do processo eleitoral eletrônico é uma reivindicação de 50% dos eleitores
brasileiros, os quais estão inconformados com a série de notícias sobre fraudes
nas urnas, e por causa de haver uma diferença muito pequena na contagem dos
votos. 
Por ser considerado
um resultado duvidoso, a transparência se faz necessária e ajuda a fortalecer a
confiabilidade nas eleições. Por isso, uma recontagem de votos, quando
solicitada por motivos justificados, merece respeito das instituições
democráticas, e o atendimento consolida o regime democrático.
Celso Pereira Lara