sábado, 16 de março de 2013

177-Vereadores: aluguel e acúmulo

A política do salve-se quem puder
ainda predomina na Câmara
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E a festa com o dinheiro público continua. Cinco dos 19 vereadores de Juiz de Fora usaram parte da verba indenizatória para pagar aluguel e despesas de escritório de representação parlamentar, valendo-se do projeto de resolução, aprovado no início da atual legislatura, que permite o ressarcimento também nos casos de locação de imóveis. Já começaram o ano muito bem. A cada mês nova notícia dando conta de que os interesses próprios dos reeleitos ainda prevalecem na Câmara, apesar da nova legislatura. Quanto mais se aproximam dos porões do Legislativo, novas descobertas são reveladas. Quatro vereadores acumulam funções e salários no Executivo. O acúmulo de cargos na administração pública, embora haja algumas brechas na lei, nunca foi uma prática aceita do ponto de vista moral e ético. Não se pode chupar cana e assobiar ao mesmo tempo. Há o conflito de horário nos serviços. A opção para se candidatar a Vereador já seria motivo de afastamento do cargo em serviço público. Por que alguns providenciaram o afastamento? Cabe aos legisladores, em nome da moralidade, regularizar essa distorção, solicitando o imediato licenciamento de suas atividades anteriores. A transparência que antes era tão falada pelos vereadores até agora não se concretizou. Puxa, como está difícil a situação política neste país! E nesse contexto a cidade de Juiz de Fora não é exceção. Quando se pensa que as eleições de 2012 marcaram o início de um novo rumo na política, logo em seguida chega a frustração ao constatar que nada mudou. A prevalência de atitudes mesquinhas, em benefício próprio, não condiz com a natureza ética. Enfim, são os eleitos pelo povo. 

Celso Pereira Lara 
Texto publicado na seção "Dos Leitores" da Tribuna de Minas de 20.03.2013.

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