Chegou a hora de o poder público em JF
mostrar o quanto paga aos servidores
A Lei de Acesso à Informação, conhecida
como lei da transparência, sancionada pela presidenta Dilma, em 2011, só
serviu, como já era previsível, para expor os salários dos funcionários
públicos à população. Os que já seguiram a lei disponibilizaram na internet
apenas o nome da instituição, número de matrícula e o cargo ocupado, sem
mencionar nomes. Alguns governos estaduais e municipais ainda não estão
conformes com a lei, sob a alegação de preservar a segurança dos servidores. A
lei federal foi criada para dar transparência aos salários pagos pelos
governos, sem se preocupar com a exposição a que os servidores seriam
submetidos, como se o índice de criminalidade e a segurança pública,  neste país, 
fossem os melhores do mundo. Por outro lado, a lei serve para mostrar o
quanto recebem certas categorias de funcionários e para identificar as
possíveis discrepâncias ocorridas entre elas. Na Assembleia de Minas (ALMG),
por exemplo, um servidor analista legislativo, classe especial, chega a uma
remuneração maior do que a de um deputado estadual. Possivelmente, isso deve
ocorrer na maioria dos estados ou em todos. Finalmente, em janeiro, a ALMG decidiu
seguir o que determina a lei da transparência. Mas, em Juiz de Fora, a
relutância pelo cumprimento da lei leva a pensar que estão encobrindo algumas
realidades. A população tem que tomar conhecimento dos salários pagos  pelo poder público. A lei federal foi criada
para isso. Afinal, onde estão o cumprimento da lei e a transparência tão apregoada
pela Câmara Municipal e pela Prefeitura de Juiz de Fora?
Celso Pereira Lara
Celso Pereira Lara
Texto publicado na seção "Dos Leitores" da
Tribuna de Minas de 16.02.2013.
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