Finalmente, os debates presidenciais tão esperados não vão acontecer.
Lula já confirmou que não vai comparecer à emissora de tv SBT, para debater com Bolsonaro. Lula jogou fora a sua única oportunidade de se defender, ao tempo em que poderia mostrar para o povo que os governos do PT foram ótimos para o Brasil.
Nessa eleição para presidente da República, teremos que decidir em qual candidato confiaremos o nosso precioso voto a ser digitado na nova urna eletrônica. Afinal, temos dois candidatos que ocuparam a chefia do Executivo federal, com experiências totalmente opostas!
De um lado, um candidato à reeleição, que segue o Capitalismo, que tem a pretensão de apresentar um Estado mínimo, através das privatizações das estatais. De outro, um candidato que segue o Socialismo, que tem a pretensão de apresentar um Estado "inchado", com todas as estatais abarrotadas de funcionários públicos.
Concorrem à Presidência da República um candidato da esquerda progressista e um candidato conservador. O primeiro, Lula, defende a regulação de rádio, TV e internet, o que ele chama de “democratização dos meios de comunicação”, e como ele disse: "Vamos fazer os muito ricos pagarem Imposto de Renda". Defende também o fim do Teto de Gastos, para não ter problemas com a gastança dos recursos públicos. Promete fazer estruturação de uma política enérgica de prevenção e combate à corrupção. O segundo, Bolsonaro, ao contrário de seu opositor, defende com rigor Deus, Pátria, Família e Liberdade, compromisso com a Transparência, e promete a redução do Imposto de Renda e a não recriação da CPMF.
Na composição da chapa, Bolsonaro escolheu para vice o general Braga Netto, a quem ele chama de "meu eterno amigo". Na chapa da oposição, Lula escolheu Geraldo Alckmin para vice, apesar de terem sido, até pouco tempo, antigos rivais na política. O interessante é que ambos estão bastante afinados para o enfrentamento nessa campanha. Quem diria, o Alckmin sendo filmado com o bonezinho do MST na cabeça, ao lado de Lula, durante um evento petista? Afinal, eles se merecem.
Votar branco, nulo ou abster-se, é desperdiçar o que temos de mais precioso numa democracia: o exercício do voto nas eleições gerais! Para votar dessa forma, é preciso estar à margem da política. Invalidar o voto é puro egoísmo, pois agindo assim estaria favorecendo, de forma indireta, justamente aquele que os eleitores pretendem derrotar. De toda forma, no final, as três opções são consideradas votos não válidos e não interferem na eleição, na qual são levados em conta apenas os votos válidos.
Os argentinos usaram
os votos nulo, branco e abstenção para mostrar que o povo estava insatisfeito
com a classe política da Argentina, e o resultado todos já sabemos: caos
econômico e pobreza crescente, o mesmo caminho da Venezuela. No Chile, o índice
de abstenções chegou a 53%, o que favoreceu o candidato da esquerda, pois
esquerdistas nunca deixam de votar. Diante desses fatos, fica o alerta para os
eleitores que se julgam espertinhos, acomodados ou revoltados. Votar é um dever
cívico, e como tal o voto não deve ser anulado. Sentir orgulho em dizer que
"lavou as mãos", é não saber que a omissão é a pior das decisões!
Celso Pereira Lara
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