segunda-feira, 20 de maio de 2019

539-Momento de traições


 Como é difícil lutar contra a corrupção!

Já bastam as traições daqueles que se promoveram à custa da campanha para presidente, no segundo turno das eleições 2018. 

Quase que simultaneamente fatos negativos ocorrem há uma semana da manifestação de protestos em defesa do governo.  Tudo leva para o caminho da conspiração, na tentativa de desestabilizar a governabilidade do presidente Bolsonaro.

Janaína Paschoal repercute na mídia, mas desta vez negativamente, pois não faltaram críticas ao seu clamor. Dia 19, ela disse no Twitter: “Eu não vou gravar áudios, nem vídeos, por uma razão: essas manifestações não têm RACIONALIDADE. O Presidente foi eleito para GOVERNAR nas regras democráticas, nos termos da Constituição Federal. Propositalmente, ele está confundindo discussões democráticas com toma-lá-dá-cá. Pelo amor de Deus, parem as convocações!”.

Com todo o respeito à opinião dela, não posso deixar de dar uma resposta ao seu pedido:
Acorda, Janaína!
A manifestação do dia 26 vai acontecer, sim, independente da sua opinião.
Saiba que não foi o Bolsonaro quem fez a convocação; foi o povo!
Será que ainda não percebeu que é impossível governar este país sem os conchavos costumeiros?
E que Bolsonaro foi eleito para fazer nova política?
E que as convocações para a manifestação do dia 26 são fundamentais para tentar afastar Rodrigo Maia, tentar garantir o Coaf com Moro, tentar garantir a Lava Jato, tentar fortalecer o presidente neste momento de tanta conspiração?
E que Maia impede a aprovação da MP870 (redução dos ministérios)?
E que o governo paralelo impede Bolsonaro de governar?
São tantos os motivos que justificam os protestos, que é impossível haver dúvida quanto à decisão de o povo ir para as ruas no dia 26. Uma atitude irreversível, pois o momento exige que a manifestação seja a maior da história.
É agora ou nunca! Não permitiremos que o Centrão volte ao poder. Não há diálogo com corruptos!

Outro fato surpreendente foi a forma de deixar de apoiar o governo pelo cantor Lobão. Ele soube muito bem tirar proveito, aproximando-se da direita, aliando-se a Olavo de Carvalho para poder reforçar seu falso apoio à candidatura de Bolsonaro. Entretanto, ele sai cuspindo no prato que comeu, ao atacar Olavo e condenar o presidente pela sua forma de conduzir o país, alegando que o governo vai ruir. Lobão segue rigidamente a música de sua composição "Vida Bandida".

O que menos causa surpresa foi o fato de o MBL ter deixado de apoiar o presidente. O MBL nunca enganou ninguém, pois seus membros sempre viveram na falsa direita republicana, mas no fundo eles são de esquerda. Não fosse a corrupção sistêmica, que arrastou os grandes partidos políticos, certamente estaria declarada a intimidade do MBL com o PSDB.

No segundo turno, já sabendo da possível vitória de Bolsonaro, flertaram com a sua campanha, posando nas fotos, para ganhar prestígio ou sobrevivência.

Agora, nessa mesma balada, resolvem desembarcar por causa da articulação política que Bolsonaro, com toda razão, não admite na presente conjuntura. E o MBL fez muito bem, porque traidores é o que não faltam na atual política.

Celso Pereira Lara

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