segunda-feira, 24 de outubro de 2016

470-Momento político nacional é gravíssimo!

O Senado de Renan Calheiros está com pressa na aprovação de vários projetos bolivarianos ou maléficos para o Brasil.

Por que tanta pressa Renan? Lógico, para escapar da Lava-Jato!

A Lava-Jato deve ou não continuar? A pressão pelo fim da Lava-Jato existe desde que ela começou. Mas agora ela poderá ser extinta por lei.

Permitiremos a aprovação da lei de abuso de autoridade, que tem por objetivo silenciar de vez a Lava- Jato? Procuradores poderiam sofrer ação penal privada! Uma lei que vai propiciar o esquema de corrupção. O projeto poderá ser votado no Senado ainda em novembro! A organização criminosa poderá voltar ao poder.

Permitiremos que o projeto de votação em lista fechada seja aprovado, favorecendo os partidos corruptos? O eleitor não mais votará no candidato de sua preferência, pois é o partido que apresentará uma lista encabeçada pelos candidatos escolhidos pelos líderes da legenda.

Permitiremos que a Polícia do Senado tenha poderes tanto quanto os da Polícia Federal? O Senado montou uma verdadeira estrutura de KGB. São policiais (particulares) a serviço dos senadores envolvidos em maracutaias! O Senado comprou equipamentos importados capazes de identificar grampos e escutas telefônicas por meio de varreduras. É a contraespionagem nos bastidores, prejudicando os trabalhos da Lava-Jato. Basta uma canetada de Renan e os poderes dessa milícia se ampliam. Não tem limites, contam com a aprovação do STF.

O que os movimentos de rua estão esperando para chamar o povo a se manifestar em todo o Brasil? Afinal, o que está acontecendo com os movimentos de rua? Teria havido um racha antes do impeachment, e por causa disso o orgulho teria falado mais alto? Ou porque alguns de seus líderes foram eleitos vereadores? Ou os dois motivos juntos? Os prejudicados são o povo e o país. É hora de deixar o orgulho de lado, juntar forças entre os mesmos movimentos e convocar a população para uma manifestação geral, ainda em novembro, em defesa da Lava-Jato, pedindo a renúncia de Renan e a prisão de Lula. Fora Lista Fechada!  Fora Lei de Abuso de Autoridade! Fora Polícia do Senado!

Viva às 10 medidas contra a corrupção! A aprovação dessa proposta, sem dúvida, levará muito tempo! Sem pressa, né, Renan?


Celso Pereira Lara

sábado, 15 de outubro de 2016

468-Lista fechada - Projeto obscuro!

Roubar o direito ao voto é o maior atentado que se possa imaginar contra a democracia. Quando se pensa que a guerra já acabou ou que tudo tenha chegado ao final, eis que nos encontramos em um campo minado e com sobreviventes ainda resistentes!

Inacreditável, surreal, sei lá o quê!  O Congresso está se preparando para roubar do povo o direito inalienável de escolher os seus legítimos representantes. A política continua sendo comandada por mentes insanas que preferem seguir outros caminhos, seguir outras rotas que levem o Brasil ao fracasso. E isso é inadmissível prosperar neste país progressista, de liberdade de expressão e de voto. A democracia só faz sentido se for plena!

Reforma política só serve para atender os interesses dos parlamentares, sempre foi assim e não vai ser diferente, agora. Mudança, dessa forma, só se for para piorar. O que interessa aos políticos não interessa ao povo! Ninguém mais acredita nos atuais políticos, muito menos em reforma proposta por eles. Não foi para isso que o povo foi às ruas.

Tramita na Câmara a mais indecente proposta de alteração no sistema de votação para candidatos políticos. Corremos sério risco de não mais poder votar no candidato escolhido para ser nosso representante no Congresso. Rodrigo Maia, o arquiteto que já tentou nos tirar o voto impresso - e Dilma vetou a proposta que estabelecia voto impresso -, agora coloca na mesa um projeto ditatorial que já havia sido rejeitado por ampla maioria em 2015. Uma manobra asquerosa, uma estratégia política vergonhosa, que não é compatível com momento algum num regime democrático. Não há defesa que consiga sustentar tal plano. E, pelas centenas de discursos proferidos pelos ex-presidentes petistas em que sempre se intitularam defensores da democracia, esse é o momento próprio para colocar em prática a narrativa petista, manifestando-se contrariamente a essa monstruosa proposta e gritando nas ruas ‘Não vai ter golpe’. Mesmo não tendo mais credibilidade junto à população!

A proposta oferece ao eleitor um cardápio arrumado pelos próprios políticos, típico de prato feito. Só que dessa forma a refeição fica difícil de ser ingerida, e por certo causará indigestão a todos. Trata-se, claramente, de fortalecer as legendas, as quais estão seriamente desgastadas por envolvimentos em crimes de corrupção. Do jeito que se apresenta, o eleitor fica sem escolha. Ele se vê na 'obrigação' de votar na legenda para eleger determinado candidato. Isso não pode ser considerado voto livre. O direito de voto foi usurpado!

Na indecorosa lista fechada vão sobressair aqueles que os líderes dos partidos escolherem, ou seja, candidatos de interesse da legenda, a serviço de seu projeto de poder. Além de tudo, as coligações servem para salvar aqueles que possivelmente estariam na lista da Lava-Jato. Isso impede, se aprovado o projeto, a tão esperada renovação política no Congresso, enfim, a alternância de poder. Na realidade, essa proposta serve para enganar a população votante. Dane-se o eleitor! 

A justificativa de que não há mais financiamento privado para as campanhas, e que é preciso baratear o processo, não serve para convencer o povo que a proposta é justa e se faz necessária. Ela em essência é mais um passo na farsa que fere de morte a democracia, ao excluir o eleitor do seu direito de votar no político de sua preferência. A legitimidade de nossos representantes está ficando cada vez mais distante. Isso é preocupante!    

Uma afronta ao povo brasileiro, bem ao estilo bolivariano. O povo foi às ruas para dizer não ao PT e às maracutaias políticas, entretanto, Maia colocou um petista para conduzir a reforma. Um escárnio bem pensado! Ou será que Maia desconhece o momento vivido pelo Partido dos Trabalhadores?

Não bastam os resultados obtidos nas eleições municipais, onde predominaram votos nulos, branco e abstenções, comprovando assim a insatisfação do povo com o sistema político. Uma vez aprovada essa proposta de lista fechada, os políticos esperam o quê dos eleitores nas próximas eleições?  


Celso Pereira Lara

quinta-feira, 13 de outubro de 2016

467-PEC 241 – Teto de gastos

A Proposta de Emenda Constitucional 241 contempla ações que deveriam ser seguidas pelos gestores da coisa pública, desde sempre. Se houvesse seriedade e responsabilidade na administração das finanças, a situação do país estaria num patamar bem melhor e com baixo índice de desemprego.

A ideia básica da proposta é conter o crescimento dos gastos públicos através de ajustes. Impor um limite para que não haja extravagâncias. Para que não haja gastos excessivos ou irresponsáveis, a não ser que sejam dentro dos parâmetros!

No governo Dilma, a festança com os gastos, associada à redução de impostos, resultou numa combinação explosiva de proporções incalculáveis, mas as consequências da irresponsabilidade estão aí para todos verem. Todos pagaremos por isso.

Noticia-se que os políticos também estão inclusos na PEC 241, mas ao que tudo indica não do jeito que deveria ser ou como o povo gostaria. As marajaíces vão continuar, mesmo com teto ou limitações para inglês ver. Mas no fundo, mesmo, o controle dos gastos no Congresso é só para jogar holofotes na população, para que a votação seja mais rápida e a aprovação da PEC seja por unanimidade.

A luta para acabar com Foro Privilegiado dos parlamentares está cada vez mais presente, e será o mote das próximas manifestações de rua.  Com a aposentadoria especial aos oito anos para os políticos e com os diversos tipos de benesses escandalosas que eles acumulam, tanto no Congresso e no Senado, quanto no STF, fica difícil acreditar nessa PEC e na Reforma da Previdência que se avizinha. Reforma política, nem pensar, pois são os próprios que farão a redação, alteração e votação pela sua aprovação, e certamente eles não seriam tão idiotas de aprovar algo que lhes possa trazer perdas de direitos.

Não nos iludamos com o fato de os políticos estarem incluídos na PEC 241, pois isso é um artifício utilizado para calar o povo. A necessidade de controlar os gastos do governo é essencial, coisa que os governos petistas desconheceram solenemente, e a PEC, apesar de polêmica, se faz necessária, todavia não garante que seja cem por cento o resultado esperado. Certo é que se o governo não gastar menos e melhor, o Brasil vai quebrar e a gente vai sentir saudades da crise que já estamos vivendo.

O Congresso sempre soube dar um jeitinho quando precisa de verba extra para aumentar seus salários etc. No final, quem vai sozinho pagando essa conta é mesmo o povo trabalhador. Se não aprovarem a PEC, vão fazer o povo sofrer. Mas, se aprovarem, o povo sofrerá do mesmo jeito!

Um fato vergonhoso para os políticos e gestores do governo ter que se submeterem a limites de gastos, via cabresto, quando já existe a Lei de Diretrizes Orçamentárias e o Ministério do Planejamento para cuidar especificamente desse assunto, além do TCU. O rigor no cumprimento das leis, no âmbito governamental, é uma falácia, principalmente quando se olha para os governos anteriores. É por causa deles que o país está totalmente bagunçado, e para colocar a casa em ordem há necessidade imediata de alguma providência com remédio amargo. E não se vislumbra um bom resultado no curto prazo, considerando que o remédio para salvar o Brasil pode engrossar ainda mais os índices de desemprego.

A PEC do teto de gastos seria um passo na direção de uma solução possível, compreensível, contudo, é o único remédio que se possa receitar no momento.


Celso Pereira Lara

sábado, 8 de outubro de 2016

466-Segundo turno - JF

Novamente é chegado o momento em que os eleitores de Juiz de Fora cumprirão o compromisso de cidadania, depositando na urna eletrônica o seu voto de confiança, desta vez em segundo turno, no candidato a prefeito.

 A responsabilidade está sempre nas mãos do eleitor, e cabe a ele depositar o voto na urna em favor daquele que seja melhor para todos desta cidade. A oportunidade está posta!

O mais votado será o chefe do poder executivo municipal, a quem compete chefiar a administração e comandar os serviços públicos.  Enfim, é o responsável pelo atendimento das demandas da população e pelo crescimento econômico e social da cidade.

Há que se considerar que as receitas do município são ajustadas para movimentar a máquina pública, e quase sempre o poder municipal depende de verbas federais para realizar programas específicos. E em tempos de crise na esfera federal - justo no momento em que a PEC 241, que limita gastos públicos por 20 anos, é aprovada em primeiro turno na Câmara dos deputados -, as promessas de repasses não vão passar de simples promessas. Este é o grande gargalo que os prefeitos terão de enfrentar em sua administração. Se antes já não estava fácil, o que dizer daqui pra frente?

Vale lembrar que, durante as campanhas, argumentos que insinuem desconstrução do adversário não representam os interesses da população, pois não é justo enaltecer uma candidatura aplicando deméritos à outra. O que está em jogo é a defesa de suas propostas, é isso que o eleitor quer saber.

O que se pretende nas campanhas é levar até o eleitorado as propostas básicas e factíveis, que possam de fato convencer a todos, ou seja, o candidato deve se valer apenas das ações a que se propõe realizar no comando da Prefeitura. As pretensões devem ser claras e objetivas. Isso basta!

O eleitor, por sua vez, deve entender que o ato de votar expressa a vontade de fazer progredir a sua cidade e de melhorar as condições de vida da população. Essa é a essência do voto consciente, e não aquele que visa objetivos específicos ou mesquinhos. O voto será direcionado ao candidato que apresentar uma proposta convincente e de possível realização. Nada de promessas eleitoreiras!

Embora o contexto político nacional revele certa desilusão do povo com os políticos, os resultados das urnas, nesse segundo turno, melhor dirão sobre o que pensam os eleitores a respeito da valorização da sua cidade. E Juiz de Fora merece um voto de confiança, apostando no seu desenvolvimento, apesar da crise. Acreditar faz parte!

Os prefeitáveis estão devidamente informados de sua missão e do peso da responsabilidade que, uma vez eleito, terá de enfrentar, considerando que o caixa da Prefeitura não permite gastos mirabolantes e que os repasses e convênios com o governo federal estão sabidamente escassos. Afinal, prefeito não é mágico!

Que venha o candidato que realmente se proponha a construir uma Juiz de Fora maior, mais atrativa, uma cidade que, embora seja considerada interiorana, consiga desenvolver-se gerando polos de emprego e renda, e acima de tudo mais segurança pública. E que vença as eleições aquele que de fato seja do agrado do povo juiz-forano, e que realmente possa cumprir tudo aquilo que foi prometido durante as campanha. 

Celso Pereira Lara