domingo, 9 de março de 2014

325-Precisa-se de um presidente

A Presidência da República será ocupada por aquele que com suas promessas conseguir convencer os eleitores. Óbvio, mas nem tanto!

Eleições à vista, e isso é ótimo para um país onde a democracia ainda existe! Lembrando que o sistema democrático é o que trouxe os maiores avanços na civilização humana. Não foi o comunismo, o fascismo nem outro regime ditatorial, pois estes acumulam fracassos e, atualmente, com posturas flexibilizadas, se rendem ao mundo capitalista.  
As eleições se aproximam, e, da mesma forma que nas anteriores, os candidatos se apresentam como uma tábua de salvação para os graves problemas do Brasil.
Os problemas brasileiros aumentaram por falta de investimentos internos nos pontos de maior relevância, e para solucioná-los exige-se cada vez mais qualificação dos candidatos políticos. O povo exige honestidade, empenho, competência, ética. Exige também o cumprimento das promessas apresentadas durante as campanhas eleitorais, respeito com os recursos públicos e com as instituições nas esferas de poder.
O povo indignado precisa de um presidente que tenha vontade política de fazer o país crescer, trazendo de volta a confiança entre os investidores estrangeiros e sendo reconhecido mundialmente como um país sério, sem maquiagens em suas estatísticas e contas públicas.
Mais do que nunca, a população sofrida necessita de um presidente de verdade, que reconheça e atenda aos seus mínimos apelos.
O novo presidente encontrará a Casa desarrumada e com um quadro de funcionários em cargo de confiança muito além do desejável - produto do Estado aparelhado - e o trabalho para recolocá-la no caminho certo exigirá muita firmeza, em retribuição a confiança depositada pelo povo nas eleições.
Que tenha disposição para reduzir à metade a escandalosa quantidade de ministérios, contribuindo assim para a redução dos gastos públicos e para a redução da desmoralização política.
A exigência maior é que o novo presidente apresente projetos consistentes nas áreas de Educação, Segurança, Saúde, Transporte e Habitação. Que não sejam projetinhos eleitoreiros nem paliativos, que só servem para causar indignação ao povo.
Que reconheça as injustiças praticadas contra os aposentados de uma forma geral - e contra os que passaram a contribuir para a Previdência Social após a aposentadoria – e que tenha a coragem de reverter essa situação.  
O Brasil precisa de um presidente qualificado, urgentemente, enquanto ainda há esperanças de salvar o país do profundo poço de lama, no qual se encontra mergulhado de ponta-cabeça.
Que seja um chefe de Estado que abrace as causas justas dos brasileiros, mas que não seja subordinado aos ditames de líderes de países comunistas ou socialistas, nem seja tão generoso a ponto de doar bilhões de dólares para salvar esses países de suas falências. Nem apoie os atos desses líderes.
Os brasileiros anseiam pelo crescimento econômico e pela geração de renda e emprego, que foram o combustível das promessas das três últimas campanhas, todavia, sem efeito prático nenhum.
Necessita-se de um presidente que mantenha relação respeitosa com os poderes constituídos e relações diplomáticas de diálogos proveitosos com outros países.
Que esteja sempre pronto para tomar conhecimento dos fatos escandalosos que, porventura, venham a ocorrer no Palácio do Planalto ou nos gabinetes ministeriais, e que se empenhe decisivamente em tomar providências que possam contribuir para a apuração da verdade. Que não seja um presidente negligente, para depois não ter que dizer que “não sabia de nada”.
Que não necessite recorrer a expedientes paralelos do tipo “mumunhas, mutretas ou maracutaias” ao apresentar projetos para aprovação no Congresso, nem recorrer à prática de alianças espúrias, tão condenadas pelo povo.
Que consiga erradicar a maldita corrupção endêmica, a qual é fruto de um premeditado saqueamento aos cofres públicos pelos governos que não têm o menor compromisso com o Brasil.
Que saiba aplicar a Lei de Acesso à Informação (Lei da Transparência) conforme a ética de um governo democrático, trazendo maior transparência aos cartões corporativos, e que a classificação de documentos sigilosos não se refira a transações suspeitas.
Um presidente que se empenhe na melhoria da educação escolar, levando o ensino básico ao interior do país, para tirar milhões de brasileiros do analfabetismo produzido pela irresponsabilidade dos recentes governos, sabido que a deterioração do ensino público é intencional porque conduz a população à ignorância e serve aos interesses eleitoreiros dos políticos.
Que possa administrar a economia do país de forma a gerar aumentos reais da produção e do emprego. A retomada do crescimento econômico é fundamental para ajudar na questão da distribuição de renda e para o bem estar da sociedade. Que seja um PIB decente.
Que saiba manter o controle da inflação, sem precisar se utilizar de subterfúgios que acabem ocasionando prejuízos aos cofres públicos.
Que traga de volta a tranquilidade nas ruas, praças e praias, combatendo energicamente e sem tréguas o tráfico de armas e drogas, principal motivo do aumento da criminalidade. Que haja segurança a serviço do povo.
Um chefe de nação que consiga melhorar a infraestrutura dos postos de atendimentos médicos nas capitais e no interior do país, e que promova concursos públicos para profissionais da medicina, fazendo com que todos os médicos cubanos retornem ao país de origem.
Que seja patriota e tenha respeito pela soberania nacional, e que assuma a responsabilidade de cumprir tudo quanto foi prometido em campanha, para que não se iguale aos governos demagógicos. Mas que adote decisões respeitando-se as leis; que não sejam na “marra”!
Um chefe de governo que possua moral suficiente para não se embriagar literalmente no exercício da presidência, nos churrascos ou nas bacalhoadas, e não sair nas notícias de jornais, revistas e TVs, nacionais e internacionais, e redes sociais da internet, para não ser motivo de chacota e desprezo pelos brasileiros e estrangeiros.
Que não mantenha ligações com a turminha da guerrilha, mas que seja um verdadeiro estadista, com capacidade suficiente para conduzir o Brasil livre de manifestações de descontentamento nas ruas, sem revolta da população.
Um presidente que resolva os problemas das estradas federais, que tanto causam transtornos ao escoamento da produção. Que também consiga melhorar a mobilidade e a qualidade dos transportes urbanos.
Que possa solucionar os problemas de saneamento básico nas regiões carentes, e minimizar o déficit habitacional que ainda permanece elevado.
Que seja discreto em todos os projetos governamentais realizados, sem estardalhaços de marketing político eleitoral, e que não se julgue o melhor dos presidentes, mesmo o sendo, para não cair na tentação de dizer "nunca antes na história deste país...". 
Que haja motivos de sobra para que, no final do mandato, os eleitores votem pela reeleição, dignamente. Mas, sem que o Palácio da Alvorada seja transformado em extensão de partido ou comitê de campanha eleitoral, em horário de expediente ou fora dele. Sem que os pronunciamentos em cadeia nacional sejam transformados em discursos apelativos ou eleitoreiros.
Enfim, precisa-se de um Presidente da República verdadeiramente comprometido com o Brasil, que seja desprovido de ideais comunistas, e que possua o caráter de um bom presidente e que saiba conduzir esta República pelos legítimos caminhos da democracia, sem demagogias, servindo exclusivamente aos interesses da nação. 

Celso Pereira Lara    

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