domingo, 9 de fevereiro de 2014

321-Lixo não agrada a ninguém

As sujeiras em locais públicos são nossas, sim, mas temos que adquirir a consciência de que somente deveríamos descartá-las em locais apropriados, e fazer disso um hábito.

O que se observa na maioria das cidades brasileiras é um retrato do mau hábito de descartar lixo em local impróprio, ainda tão inserido na população, com as suas consequências para as finanças municipais e para o ambiente de uma forma geral. No período de Carnaval, por exemplo, a quantidade do que é jogado nos logradouros e espaços públicos, sem a menor timidez, deveria impressionar a todos. São toneladas de lixos, espalhados pelas cidades! Carnaval sem sujeira, em todos os sentidos, é impossível, mas deveria ser bem melhor se não fosse a falta de bom senso dos muitos carnavalescos. Atribuir somente ao poder público a responsabilidade pela limpeza urbana é uma forma simplista de encarar o problema. Mas também não há necessidade de lei punitiva, se não houver efeito prático! O combate à causa implica necessariamente em conscientização do povo. Não há como se eximir dessa responsabilidade, quando somos os verdadeiros produtores dos lixos nas vias públicas. Se quisermos realmente uma cidade limpa, que tenha qualidade de vida, então, devemos contribuir com o nosso empenho, fazendo com que o lixo chegue ao destino adequado. Isso é educação, é cidadania, é respeito ao futuro da nossa cidade, e assim o meio ambiente gentilmente agradece. As nossas sujeirinhas diárias deveriam seguir para os locais certos, e não para os espaços públicos e bueiros. Devemos fazer disso um hábito. Que maravilha, se assim fosse! O grande impacto da sujeira para o orçamento fez com que o poder municipal de algumas cidades chegasse a uma atitude extrema: a de multar aqueles que jogarem lixo nas ruas. Entretanto, não devemos confiar que essa atitude venha trazer a solução para esse complicado problema, que só aumenta e que envolve a educação ou conscientização desses infratores. Também não devemos considerar a punição como a única maneira de educar. O que conta, na realidade, é estimular o interesse pela vivência em ambientes mais limpos e saudáveis, despertando a consciência de que os cidadãos também têm deveres. E descartar o lixo corretamente é um deles. Quem não gostaria de encontrar as vias, calçadas e praças bem limpas? Não se trata de querer isentar o poder público de suas obrigações, pois compete às autoridades modernizar os sistemas de coletas, de forma que acompanhem o aumento da produção desse material descartável. O lixo nosso de cada dia é, portanto, um problema de todos, e cabe a cada um fazer a sua parte, com consciência, com responsabilidade, enfim, com prazer. Cidade limpa, povo civilizado!  

Celso Pereira Lara    

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