Governo: queda na arrecadação      
"Segundo a Receita Federal, com a demanda interna enfraquecida e a
crise internacional, a arrecadação das receitas federais caiu pelo quarto mês
consecutivo, sempre na comparação com o mesmo mês do ano passado". 
A concessão de renúncia fiscal, que o governo vem prorrogando, há meses,
para as montadoras de veículos, parece não mais estar surtindo os efeitos desejados.
O objetivo principal seria dar mais fôlego às montadoras, para evitar a onda de
desempregos. Mas, pelo visto, isso será inevitável, considerando que o
endividamento da população já chegou a níveis insuportáveis e que
inevitavelmente a desaceleração nas vendas de carros novos irá acontecer. E o
governo vê-se num dilema: ter que ficar bancando a isenção de IPI  para as montadoras até quando? Com a
possibilidade de os pátios virem a ficar cheios, não restará outra alternativa
aos fabricantes de veículos a não ser começar com as férias coletivas, enquanto
aguarda soluções do governo. A isenção de vários impostos foi uma grande iniciativa governamental, com a finalidade de
fortalecer a recuperação da economia, que já se apresenta prejudicada pela
crise internacional e pelo aparecimento da inflação. Com o endividamento da
população, favorecido pelas facilidades do crédito, a economia brasileira
conseguiu atravessar a crise mundial por um bom período. Atualmente, com a
ameaça de inflação e com o povo sem meios de pagamento disponíveis, a redução
do consumo passa a ser o grande obstáculo que a equipe econômica do governo
terá que enfrentar, para colocar nos trilhos o 
desenvolvimento das atividades econômicas. Para 2013 vislumbra-se que o
gargalo da economia no país poderá ficar cada vez mais estreito: inflação; redução
de consumo; queda na produção; aumento da inadimplência; queda na arrecadação...  
Celso Pereira Lara
















