Sem dúvidas, um fator que independe da Engenharia de Tráfego ou de Trânsito.
Os
números de acidentes no trânsito continuam a subir, apesar de maior
fiscalização por câmeras e pela presença física dos agentes responsáveis. Até
parece o cão correndo atrás do próprio rabo!
As
estatísticas comprovam que o crescimento inesperado de ocorrências desastrosas nas
vias - por onde veículos circulam - se deve ao fato de que as exceções também
fazem parte das regras, porém, assim considerando, não é justo ficar criando
sansões cada vez mais severas ou punições pecuniárias mais altas, bem como
diminuir os limites de velocidade dos veículos nas vias urbanas e estradas, pois
não vai demorar muito para se concluir que o veículo parado evita acidentes.
É
impossível tentar evitar sinistros, quando se tem as exceções crescendo em
larga escala. Pode-se, de certa forma, comparar com o crescimento da violência
urbana, onde as facções criminosas estão tentando dominar o atual cenário de
segurança pública. O que no passado era considerado exceção, atualmente está
dividindo o espaço com a regra.
Com o
aumento desenfreado de motociclistas em serviço de motoboy ou mototáxi, de
veículos Uber, de transportes de entrega de produtos comprados pela Internet, é
impossível não haver acidentes durante o percurso. Todos estão com pressa, pois
dependem disso para aumentar os seus ganhos diários, contudo, a imprudência
fica provocada e depende da consciência de cada um nesse trânsito louco.
Jornais
publicam o crescimento de acidentes envolvendo motos, mas, não é à toa que
observamos como eles se comportam no trânsito! Parecem se exibir como se fossem
ganhar troféus ou sei lá o quê. Lamentável esse tipo de comportamento, que, no
final das contas, acaba virando estatística.
O
número é alarmante, sim, quando se considera 14 acidentes por dia, no período
entre 2015 e maio de 2025 na região. Entretanto, não se deve comparar com
índices de acidentes ocorridos em outros países, pois cada região tem uma
sociedade com padrões de vida diferentes das outras, principalmente nos casos
em que a educação no trânsito tem suas prioridades.  
Já não
dá mais para acreditar que os marcadores de velocidade sejam a única solução
para acabar com os acidentes nas ruas e salvar vidas, e que por isso aumentam a
quantidade de equipamentos a cada renovação de contrato. Essa busca por solução
imediata faz parte do passado, e a engenharia predominante satisfaz plenamente
às necessidades de segurança no trânsito. Marcadores de velocidade existem com
fartura! 
Dessa
forma, não se deve levar em consideração os sinistros ocorridos em função das
exceções, porque senão vai ficar inviável circular de carro pelas ruas de Juiz
de Fora.
Celso
Pereira Lara
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