Foi-se a época em que os
golpes eram aplicados somente com a presença das vítimas, tipo olhos nos olhos.
Com a chegada da web, na década de 1990, o que seria para facilitar a vida das
pessoas acabou se transformando em pesadelo!
A internet e o avanço
da informática chegaram proporcionando milhares de oportunidades de negócios,
os bancos comerciais encontraram um bom espaço virtual para vender seus
produtos e assim agilizar as transações bancárias, facilitando a vida de seus
clientes e diminuindo a presença deles nas agências físicas. Uma grande
facilidade ao alcance de cliques no teclado de computador ou no próprio
celular. Melhor do que isso, somente se não existissem crackers (ou hackers do
mal) e golpistas. Seria tudo de bom, seria querer demais!
As invasões maldosas de
acesso direto às contas bancárias são um tormento para os bancos. Os
investimentos milionários na área de segurança da internet não param de
crescer, para proteger as contas de clientes. Hackers do mal de outros países
invadem sistemas de computador de empresas brasileiras, bloqueando ou
criptografando todos os dados e exigindo pagamento para liberação do bloqueio,
por meio de senha criada por eles. Tudo isso por causa de pessoas recheadas de
malícia, que pretendem se dar bem na vida às custas do sacrifício de outrem.
Os ataques via e-mails e
mensagens de SMS são invasões de forma indireta, pois contam com a ajuda das próprias
vítimas. Os aproveitadores enviam imagens com dizeres convincentes e links para
acesso a sites falsos, onde são solicitados preenchimentos de conta corrente,
agência, senha, código do cartão de crédito. Confiante de tratar-se de um
comunicado verdadeiro, a vítima preenche corretamente todos campos pedidos. A
surpresa vem depois de terem sacado e efetuado compras em nome do correntista.
Nos caixas eletrônicos
das agências bancárias os golpistas chegam a sobrepor um equipamento com tela
igual à da máquina, capaz de enganar os correntistas e colher os dados do
cartão e senha quando digitados. O famoso “chupa cabra”. Além desse, a
“saidinha de banco” tornou-se o golpe mais frequente, porque o criminoso aborda
a vítima na rua, após ter efetuado o saque. 
Até as urnas
eletrônicas não escapam dos golpistas. Fraudar urnas - para eleger um candidato
- em detrimento da população que deposita o seu voto, eletronicamente,
acreditando na seriedade do resultado da votação, é destruir a democracia de um
país. É fazer de bobos milhões de eleitores. As urnas eletrônicas não são
confiáveis!
Os golpes se apresentam
cada vez mais sofisticados - para alegria dos aproveitadores -, dando a
impressão de que se trata mesmo de algo verdadeiro, indubitável. Uma engenharia
da perversidade, associada a uma arquitetura maquiavélica! Esse é o perigo a
que as pessoas de bem estão submetidas nesse processo de evolução da internet e
da informática. A geração de facilidades é uma fonte de geração de maldades, e ambas
crescem na mesma proporção. O mal e o bem não se entendem, porém caminham pari
passu.
Por telefone, surge um
golpe em que os bandidos ameaçam suas vítimas para que façam depósitos em sua conta,
por causa de um falso sequestro de membro da família. Também por telefone tem
aumentado o “golpe do hospital”, em que um bandido comunica ao membro da
família do paciente internado no CTI a necessidade de pagamento de um remédio
para salvar a vida do enfermo, pois o hospital não dispõe desse medicamento por
ser muito caro.
Não bastasse tudo isso,
ainda há os golpes do Governo - e desses ninguém escapa! Para cobrir os rombos
de gestões anteriores, a população fica obrigada a sacrificar-se mais um pouco para
contribuir com o pagamento dos aumentos de impostos. Situação difícil de
engolir, e o Presidente ainda escarnece ao dizer "o povo vai
entender" e “Governo não mente para o povo brasileiro”. 
Celso Pereira Lara
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