quinta-feira, 29 de outubro de 2015
domingo, 25 de outubro de 2015
431-Pedaladas nada sapiens
O poderoso chefão de
Chicago lucrou bilhões, financiou artistas, ajudou muitos e matou outros
tantos. Orgulhava-se de ter policiais e políticos em suas mãos, e no bolso,
principalmente. 
Liderou um grupo criminoso dedicado ao contrabando e venda de
bebidas entre outras atividades ilegais, vindo a falecer em 1947. O maior azar
de Al Capone foi não ter nascido no Brasil, na data de sua morte. Hoje, estaria
bilionário, livre, leve e solto, podendo inclusive ser ministro ou presidente
da República, se indicado por um partido político de mesma índole.
O furacão Patrícia,
que atingiu a costa do México, foi considerado o mais forte já registrado.
Entretanto, a operação Lava-jato, de certa forma, poderia ser considerada um
furacão Moro, com a mesma intensidade do Patrícia e de proporções desastrosas tais
quais as causadas pelo Tsunami, pois até agora não foi possível chegar ao fundo
do poço das investigações. Haja profundidade!
O governo afirma que não
há "pedaladas fiscais" em 2015, e, se houve em 2014, não foram deste governo
(e o de 2014 era de quem?).  Tudo bem,
mas o que houve são indícios de fraudes contábeis em 2015. A fraude é um ato intencional,
considerado como crime que é realizado de forma premeditada. Repudiada pela
ética e pela moral, a fraude é considerada perante a lei um crime de responsabilidade fiscal. E o TCU está
aí mesmo para confirmar por unanimidade, dentre outros crimes
praticados por este governo.
A grande quantidade
de requerimentos de impeachment, protocolados contra a reeleita, já é
suficiente para demonstrar que o governo não vai bem, e não há nenhuma perspectiva
de que possa melhorar até o final deste mandato. Outros tantos pedem a renúncia
imediata. Mas, se alguém perguntasse à presidente sapiens por que ela não
entrega logo o cargo, possivelmente a resposta poderia ser assim: "se não é para
o bem de todos, e é péssimo para a nação, então, diga ao povo que fico! Ficarei
até o final do mandato, passando a presidência da República ao candidato do PT,
com a certeza de que contarei com o apoio do Congresso, do STF, das Forças
Armadas e das urnas eletrônicas". 
Mais um ano já se
passou e ninguém percebeu que nada foi feito, a não ser o governo ficar se
defendendo das acusações de corrupção e dos pedidos de impeachment. E no
Congresso quase todos estão envolvidos em escândalos, enquanto o imbróglio
criado faz parte e só favorece o jogo político: Eu sou, mas quem não é?  Em discurso na ONU, a presidente declara
categoricamente "Meu governo não está envolvido em escândalo de
corrupção". Pior é que ninguém acreditou. Somente ela!
O lamaçal em que os
políticos estão mergulhados de ponta-cabeça é de tal magnitude, que nem mesmo
contratando uma famosa empreiteira de confiança do PT seria capaz de limpar
toda a sujeira. Então, como diria um professor sapiens, os políticos considerados
mau-caráter no Congresso mereceriam uma boa pá e uma boa cova, sem a necessidade
de um bom paredão e de uma boa espingarda. 
Atualmente, nada no
Congresso avança. O Brasil está paralisado, sem governabilidade! 
Celso Pereira Lara
segunda-feira, 19 de outubro de 2015
430-Um pequeno esclarecimento
Quando a gente pensa
que a *Erdanet atingiu a excelência em publicação de textos com notícias e
comentários ou debates, eis que de repente surge um "Tsunami ou
Fukushima". 
Não vejo necessidade
nenhuma de eu ter que responder a indagações, principalmente àquelas de cunho
ofensivo, sem nenhum propósito, acima de tudo levianas, totalmente incompatível
com o nível de preparação dos candidatos que se submetem a um concurso do Banco
Central do Brasil.
Para que fique bem
esclarecido, repito, com muito orgulho, o que foi publicado na *Erdanet, no mês
de agosto: "Garanto-lhes que não sou a favor de um governo militar, e
acrescento que intervenção militar é outra história. Também não sou de direita
nem psdebista, muito menos petista".
Os textos publicados
na mídia e postados na *Erdanet já se bastam, são notícias esclarecedoras e não
há por que contestar. Posso citar algumas: "O Brasil está dominado pelos
ladrões", de Arnaldo Jabor; "É inegável que Dilma cometeu
crimes", de Hélio Bicudo; "Há muita fraude no Bolsa Família", de
Ricardo Barros (PP-PR), relator do Orçamento 2016. Não há como negar o óbvio! E
são textos desse tipo que venho, há tempos, publicando nesta rede, justamente com
a intenção de abrir os olhos - e a mente - daqueles que não querem enxergar a
que ponto chegou o governo deste país. 
O PT assumiu o
governo com o Real ainda forte e inflação anual de 4%. O Brasil estava
preparado para atravessar décadas com estabilidade econômica. Entretanto, veja
as notícias que, hoje, temos nos jornais: quebradeiras na indústria e no
comércio, demissões em massa nas montadoras de veículos, desabastecimento em
supermercado, impostos e taxas aumentando, greves, juros altos, inflação
elevada, CPMF em vias de aprovação, corte nos investimentos sociais, corrupção
deslavada, a farsa da minirreforma ministerial, mentiras pra todos os lados... 
Estamos com reajuste
salarial muito defasado e ficaremos assim até sabe-se lá quando? O povo não
concorda em pagar essa conta causada pela incompetência administrativa petista.
Não queremos pagar o pato! Estamos vivenciando um caos, e defender o status quo
é um pouco demais. E estes que o defendem representam, apenas, 7% da população.
O Brasil caminha com
as próprias pernas, ladeira abaixo. E constatando que a presidente parou de
governar por anos seguidos, preocupada apenas com os palanques, então, não
faltam razões para o impeachment. Isso não é golpe, que fique bem claro. É a
solução institucional prevista, quando o presidente, além dos malfeitos (e não são
poucos), perde, pelo isolamento popular e no Congresso, as condições de
governar. Não há governabilidade, portanto. O que há é uma competição entre os
poderes, onde todos sairão perdendo.  
 O governo do PT não sabe governar para o povo.
Ele governa, apenas, para ele mesmo, visando fortalecer o seu projeto de poder,
enquanto a corrupção vai de vento em popa.
Além de tudo, o PT se
orgulha em dizer que colocou a Polícia Federal para investigar os crimes de
corrupção praticados pelo próprio partido. Nossa, que tragédia! Nunca antes na
história deste país se roubou tanto!
Quando a gente pensa
que já viu de tudo nesse governo, e de súbito emerge das profundezas desse
lamaçal um novo fato, então, a gente fica inclinado a concluir que ainda não
viu nada! 
Por fim, posso dizer
que eu não possuo a síndrome de Estocolmo, pois não cheguei ao ponto de
idolatrar àqueles que me roubam! Eu participo de protestos no Facebook e nas
ruas, mas é por convicção, sem receber nenhum dinheiro ou pão com mortadela. A
minha consciência política não tem preço. Por isso, não vou me calar!
Celso Pereira Lara
terça-feira, 13 de outubro de 2015
domingo, 4 de outubro de 2015
428-Nota de repúdio ao projeto de censura na internet
Atenção, internautas!
Falar
mal de políticos brasileiros poderá virar crime. Só podemos falar bem, apesar
de tudo... Uma criatividade maquiavélica, num estilo "Big Brother",
faz com que os políticos possam ter acesso às mensagens de todas as redes
sociais. Uma iniciativa do PMDB que, agora que o circo está pegando fogo, visa
promover a censura na internet. 
Tal
medida permite que qualquer ‘autoridade competente’ (órgão público) possa
requerer acesso aos dados de qualquer internauta, sem a necessidade de uma
ordem judicial. Pasmem!
O
projeto ainda tramita na Câmara, e talvez sua aprovação possa acontecer em
tempo recorde. Ou não, a depender dos acontecimentos previsíveis na política.
Então, vamos aproveitar enquanto há tempo, enquanto ainda existe a democracia. 
Tenho
observado, no Facebook, o encolhimento de usuários, demonstrando o pavor que o
ainda projeto já está causando. Se isso virar lei, ela não poderá retroagir... O
medo causado (e demonstrado nas redes), já faz concluir que não há necessidade
de aprovação do projeto. Basta divulgar que ele será colocado em pauta, na
Câmara, para amedrontar a todos aqueles que curtem ou compartilham vídeos ou
mensagens que falem mal de políticos. 
Se
as pessoas que se dizem indignadas com este governo recuarem de suas atitudes
neste momento, o governo vai ficar fortalecido, e a permanência no poder será
inevitável. O projeto, em si, é assustador, autoritário, do ponto de vista da
manutenção do estado de direito. Uma afronta à verdadeira democracia que o
governo tanto alardeia quando se vê em apuros. 
Calar-se
diante desse projeto tirânico significa concordar com a atual situação em que
se encontra o país. Afinal, são muito poucos os políticos honestos! E, sem
dúvida, a população será massacrada daqui para frente, por conta de nosso aval.
Adeus,
liberdade de expressão! Isso é ditadura.
Celso Pereira Lara
sábado, 3 de outubro de 2015
427-A farsa da minirreforma ministerial
Agora, o governo já pode alardear na mídia o seu grande
feito, como se tivesse atendido a voz das ruas. 
Cortando
na própria carne, superficialmente, lógico, a presidente terá o seu salário
reduzido em 10%. Num derradeiro suspiro, a reeleita mostra que está disposta a
salvar o país da crise que ela mesma se empenhou em construir nos últimos cinco
anos. Mas não sem motivos.
Ao
anunciar o corte de oito ministérios, de três mil cargos comissionados, de trinta
secretarias ministeriais, a redução de 10% dos salários dos ministros e a dança
das cadeiras entre sete ministérios, ela deixa claro que estaria dando início
ao terceiro mandato, buscando melhorar a governabilidade, sobretudo, evitar a
abertura de um iminente processo de impedimento contra seu mandato.
 Com a apresentação dessa minirreforma
ministerial, o que se busca, na realidade, é o retorno da base de sustentação
do governo no Congresso, ao incutir a crença de que, daqui para frente, a crise
seria ultrapassada e o país voltaria a crescer. O Congresso ficou pulverizado
devido aos excessos de autoritarismo da presidente, e ela, neste momento,
reconhece a falta de diálogo e tenta maquiar essa dificuldade em busca de
apoio. Já é alguma coisa, embora tenha sido um passo muito curto - na
realidade, uma decisão muito tímida - para o feito a que se propõe. Por isso,
oposição vai continuar a cobrar mais!
Evidente
que isso deixa sinais de que está disposta a afastar a grave crise que o país
atravessa, mas não é o suficiente. A crise é tão profunda que levaria um bom
tempo para dar sinais de melhora. Mas, no fundo, mesmo, a pretensão maior seria
garantir a governabilidade para aprovação de medidas econômicas amargas. Uma delas
é a volta da CPMF, que, segundo o novo ministro da Fazenda, o objetivo é buscar
uma arrecadação em dobro nesse quesito. 
A
dificuldade que se tinha para aprovação do imposto sobre movimentação bancária
era tão nítida, que agora com a mudança ministerial as coisas parecem se tornar
mais calmas, mais fáceis. Primeiro, a proposta do imposto era de 0,20. Depois, surge
outra proposta com acréscimo de 0,18 para dividir essa arrecadação entre
estados e municípios. Neste instante, o novo ministro surpreende a todos, ao
apresentar a genial proposta de dobrar o imposto, através da movimentação entre
saídas e entradas na conta bancária. Está claríssimo, que se colar, colou! O
Congresso ficaria com a batata quente nas mãos. Poderia aprovar o texto na
íntegra, ou na forma anteriormente apresentada (0,38), contribuindo assim para
a vitória do governo. 
E
o povo, mais uma vez, torna-se refém de políticos que se elegem apenas para se
locupletarem, esquecendo-se de que a população já está sacrificada ao extremo.
A presidente reconhece que houve erros em seu governo, mas isso não lhe dá o
direito de exigir do povo mais sacrifícios para pagar essa conta. Os erros vão
continuar, enquanto os recursos públicos estiverem escorrendo pelas vias
paralelas. O Brasil perdeu totalmente a capacidade de ser um país em
crescimento, em vários sentidos. A crise só pode piorar, porque o governo não
sabe governar.
Celso Pereira Lara
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