domingo, 25 de outubro de 2015

431-Pedaladas nada sapiens



O poderoso chefão de Chicago lucrou bilhões, financiou artistas, ajudou muitos e matou outros tantos. Orgulhava-se de ter policiais e políticos em suas mãos, e no bolso, principalmente. 

Liderou um grupo criminoso dedicado ao contrabando e venda de bebidas entre outras atividades ilegais, vindo a falecer em 1947. O maior azar de Al Capone foi não ter nascido no Brasil, na data de sua morte. Hoje, estaria bilionário, livre, leve e solto, podendo inclusive ser ministro ou presidente da República, se indicado por um partido político de mesma índole.

O furacão Patrícia, que atingiu a costa do México, foi considerado o mais forte já registrado. Entretanto, a operação Lava-jato, de certa forma, poderia ser considerada um furacão Moro, com a mesma intensidade do Patrícia e de proporções desastrosas tais quais as causadas pelo Tsunami, pois até agora não foi possível chegar ao fundo do poço das investigações. Haja profundidade!

O governo afirma que não há "pedaladas fiscais" em 2015, e, se houve em 2014, não foram deste governo (e o de 2014 era de quem?).  Tudo bem, mas o que houve são indícios de fraudes contábeis em 2015. A fraude é um ato intencional, considerado como crime que é realizado de forma premeditada. Repudiada pela ética e pela moral, a fraude é considerada perante a lei um crime de responsabilidade fiscal. E o TCU está aí mesmo para confirmar por unanimidade, dentre outros crimes praticados por este governo.

A grande quantidade de requerimentos de impeachment, protocolados contra a reeleita, já é suficiente para demonstrar que o governo não vai bem, e não há nenhuma perspectiva de que possa melhorar até o final deste mandato. Outros tantos pedem a renúncia imediata. Mas, se alguém perguntasse à presidente sapiens por que ela não entrega logo o cargo, possivelmente a resposta poderia ser assim: "se não é para o bem de todos, e é péssimo para a nação, então, diga ao povo que fico! Ficarei até o final do mandato, passando a presidência da República ao candidato do PT, com a certeza de que contarei com o apoio do Congresso, do STF, das Forças Armadas e das urnas eletrônicas".

Mais um ano já se passou e ninguém percebeu que nada foi feito, a não ser o governo ficar se defendendo das acusações de corrupção e dos pedidos de impeachment. E no Congresso quase todos estão envolvidos em escândalos, enquanto o imbróglio criado faz parte e só favorece o jogo político: Eu sou, mas quem não é?  Em discurso na ONU, a presidente declara categoricamente "Meu governo não está envolvido em escândalo de corrupção". Pior é que ninguém acreditou. Somente ela!

O lamaçal em que os políticos estão mergulhados de ponta-cabeça é de tal magnitude, que nem mesmo contratando uma famosa empreiteira de confiança do PT seria capaz de limpar toda a sujeira. Então, como diria um professor sapiens, os políticos considerados mau-caráter no Congresso mereceriam uma boa pá e uma boa cova, sem a necessidade de um bom paredão e de uma boa espingarda.

Atualmente, nada no Congresso avança. O Brasil está paralisado, sem governabilidade!

Celso Pereira Lara

segunda-feira, 19 de outubro de 2015

430-Um pequeno esclarecimento


Quando a gente pensa que a *Erdanet atingiu a excelência em publicação de textos com notícias e comentários ou debates, eis que de repente surge um "Tsunami ou Fukushima".

Não vejo necessidade nenhuma de eu ter que responder a indagações, principalmente àquelas de cunho ofensivo, sem nenhum propósito, acima de tudo levianas, totalmente incompatível com o nível de preparação dos candidatos que se submetem a um concurso do Banco Central do Brasil.

Para que fique bem esclarecido, repito, com muito orgulho, o que foi publicado na *Erdanet, no mês de agosto: "Garanto-lhes que não sou a favor de um governo militar, e acrescento que intervenção militar é outra história. Também não sou de direita nem psdebista, muito menos petista".

Os textos publicados na mídia e postados na *Erdanet já se bastam, são notícias esclarecedoras e não há por que contestar. Posso citar algumas: "O Brasil está dominado pelos ladrões", de Arnaldo Jabor; "É inegável que Dilma cometeu crimes", de Hélio Bicudo; "Há muita fraude no Bolsa Família", de Ricardo Barros (PP-PR), relator do Orçamento 2016. Não há como negar o óbvio! E são textos desse tipo que venho, há tempos, publicando nesta rede, justamente com a intenção de abrir os olhos - e a mente - daqueles que não querem enxergar a que ponto chegou o governo deste país.

O PT assumiu o governo com o Real ainda forte e inflação anual de 4%. O Brasil estava preparado para atravessar décadas com estabilidade econômica. Entretanto, veja as notícias que, hoje, temos nos jornais: quebradeiras na indústria e no comércio, demissões em massa nas montadoras de veículos, desabastecimento em supermercado, impostos e taxas aumentando, greves, juros altos, inflação elevada, CPMF em vias de aprovação, corte nos investimentos sociais, corrupção deslavada, a farsa da minirreforma ministerial, mentiras pra todos os lados...

Estamos com reajuste salarial muito defasado e ficaremos assim até sabe-se lá quando? O povo não concorda em pagar essa conta causada pela incompetência administrativa petista. Não queremos pagar o pato! Estamos vivenciando um caos, e defender o status quo é um pouco demais. E estes que o defendem representam, apenas, 7% da população.

O Brasil caminha com as próprias pernas, ladeira abaixo. E constatando que a presidente parou de governar por anos seguidos, preocupada apenas com os palanques, então, não faltam razões para o impeachment. Isso não é golpe, que fique bem claro. É a solução institucional prevista, quando o presidente, além dos malfeitos (e não são poucos), perde, pelo isolamento popular e no Congresso, as condições de governar. Não há governabilidade, portanto. O que há é uma competição entre os poderes, onde todos sairão perdendo. 

 O governo do PT não sabe governar para o povo. Ele governa, apenas, para ele mesmo, visando fortalecer o seu projeto de poder, enquanto a corrupção vai de vento em popa.

Além de tudo, o PT se orgulha em dizer que colocou a Polícia Federal para investigar os crimes de corrupção praticados pelo próprio partido. Nossa, que tragédia! Nunca antes na história deste país se roubou tanto!

Quando a gente pensa que já viu de tudo nesse governo, e de súbito emerge das profundezas desse lamaçal um novo fato, então, a gente fica inclinado a concluir que ainda não viu nada!

Por fim, posso dizer que eu não possuo a síndrome de Estocolmo, pois não cheguei ao ponto de idolatrar àqueles que me roubam! Eu participo de protestos no Facebook e nas ruas, mas é por convicção, sem receber nenhum dinheiro ou pão com mortadela. A minha consciência política não tem preço. Por isso, não vou me calar!

Celso Pereira Lara

terça-feira, 13 de outubro de 2015

domingo, 4 de outubro de 2015

428-Nota de repúdio ao projeto de censura na internet


Atenção, internautas!



Falar mal de políticos brasileiros poderá virar crime. Só podemos falar bem, apesar de tudo... Uma criatividade maquiavélica, num estilo "Big Brother", faz com que os políticos possam ter acesso às mensagens de todas as redes sociais. Uma iniciativa do PMDB que, agora que o circo está pegando fogo, visa promover a censura na internet.



Tal medida permite que qualquer ‘autoridade competente’ (órgão público) possa requerer acesso aos dados de qualquer internauta, sem a necessidade de uma ordem judicial. Pasmem!



O projeto ainda tramita na Câmara, e talvez sua aprovação possa acontecer em tempo recorde. Ou não, a depender dos acontecimentos previsíveis na política. Então, vamos aproveitar enquanto há tempo, enquanto ainda existe a democracia.



Tenho observado, no Facebook, o encolhimento de usuários, demonstrando o pavor que o ainda projeto já está causando. Se isso virar lei, ela não poderá retroagir... O medo causado (e demonstrado nas redes), já faz concluir que não há necessidade de aprovação do projeto. Basta divulgar que ele será colocado em pauta, na Câmara, para amedrontar a todos aqueles que curtem ou compartilham vídeos ou mensagens que falem mal de políticos.



Se as pessoas que se dizem indignadas com este governo recuarem de suas atitudes neste momento, o governo vai ficar fortalecido, e a permanência no poder será inevitável. O projeto, em si, é assustador, autoritário, do ponto de vista da manutenção do estado de direito. Uma afronta à verdadeira democracia que o governo tanto alardeia quando se vê em apuros. 



Calar-se diante desse projeto tirânico significa concordar com a atual situação em que se encontra o país. Afinal, são muito poucos os políticos honestos! E, sem dúvida, a população será massacrada daqui para frente, por conta de nosso aval.



Adeus, liberdade de expressão! Isso é ditadura.



Celso Pereira Lara

sábado, 3 de outubro de 2015

427-A farsa da minirreforma ministerial




Agora, o governo já pode alardear na mídia o seu grande feito, como se tivesse atendido a voz das ruas.



Cortando na própria carne, superficialmente, lógico, a presidente terá o seu salário reduzido em 10%. Num derradeiro suspiro, a reeleita mostra que está disposta a salvar o país da crise que ela mesma se empenhou em construir nos últimos cinco anos. Mas não sem motivos.



Ao anunciar o corte de oito ministérios, de três mil cargos comissionados, de trinta secretarias ministeriais, a redução de 10% dos salários dos ministros e a dança das cadeiras entre sete ministérios, ela deixa claro que estaria dando início ao terceiro mandato, buscando melhorar a governabilidade, sobretudo, evitar a abertura de um iminente processo de impedimento contra seu mandato.



 Com a apresentação dessa minirreforma ministerial, o que se busca, na realidade, é o retorno da base de sustentação do governo no Congresso, ao incutir a crença de que, daqui para frente, a crise seria ultrapassada e o país voltaria a crescer. O Congresso ficou pulverizado devido aos excessos de autoritarismo da presidente, e ela, neste momento, reconhece a falta de diálogo e tenta maquiar essa dificuldade em busca de apoio. Já é alguma coisa, embora tenha sido um passo muito curto - na realidade, uma decisão muito tímida - para o feito a que se propõe. Por isso, oposição vai continuar a cobrar mais!



Evidente que isso deixa sinais de que está disposta a afastar a grave crise que o país atravessa, mas não é o suficiente. A crise é tão profunda que levaria um bom tempo para dar sinais de melhora. Mas, no fundo, mesmo, a pretensão maior seria garantir a governabilidade para aprovação de medidas econômicas amargas. Uma delas é a volta da CPMF, que, segundo o novo ministro da Fazenda, o objetivo é buscar uma arrecadação em dobro nesse quesito.



A dificuldade que se tinha para aprovação do imposto sobre movimentação bancária era tão nítida, que agora com a mudança ministerial as coisas parecem se tornar mais calmas, mais fáceis. Primeiro, a proposta do imposto era de 0,20. Depois, surge outra proposta com acréscimo de 0,18 para dividir essa arrecadação entre estados e municípios. Neste instante, o novo ministro surpreende a todos, ao apresentar a genial proposta de dobrar o imposto, através da movimentação entre saídas e entradas na conta bancária. Está claríssimo, que se colar, colou! O Congresso ficaria com a batata quente nas mãos. Poderia aprovar o texto na íntegra, ou na forma anteriormente apresentada (0,38), contribuindo assim para a vitória do governo.



E o povo, mais uma vez, torna-se refém de políticos que se elegem apenas para se locupletarem, esquecendo-se de que a população já está sacrificada ao extremo. A presidente reconhece que houve erros em seu governo, mas isso não lhe dá o direito de exigir do povo mais sacrifícios para pagar essa conta. Os erros vão continuar, enquanto os recursos públicos estiverem escorrendo pelas vias paralelas. O Brasil perdeu totalmente a capacidade de ser um país em crescimento, em vários sentidos. A crise só pode piorar, porque o governo não sabe governar.



Celso Pereira Lara