segunda-feira, 31 de março de 2014

329- Cubanização, não!

A situação no Brasil já está ficando insustentável.

Por incrível que pareça, 55 anos após a Revolução Cubana, o Parlamento de Cuba aprova lei para atrair investimentos estrangeiros. Agora, as portas estão abertas. Quem se habilita? A causa da degradação econômica daquela ilha reside na perda do apoio de seu maior provedor, a União Soviética.
Cuba necessita de 2,5 bilhões de dólares por ano em investimento estrangeiro direto para avançar com seu modelo socioeconômico socialista. Mas o que afasta os investidores estrangeiros são justamente os acontecimentos pós-revolução cubana: o papel fiscalizador do Estado, para que não haja concentração de propriedade, e a grande possibilidade de estatizações. Ninguém é louco!
Ultimamente, o grande provedor de Cuba tem sido - quem diria? - o país agora muito amigo, generoso e quase irmão: o Brasil. Um país puramente conduzido pelo sistema democrático, prestando ajuda financeira a todo custo a um país puramente comunista. Com que finalidade? Qual o retorno disso? Somente à Rússia, Cuba deve 32 bilhões de dólares.
Numa rápida retrospectiva, após um discurso do então governador Leonel Brizola (PTB), no Rio Grande do Sul, em 1962, começa uma articulação para livrar o país do comunismo, que culminou com a Revolução de 64, sem que houvesse nenhum tiro. Sendo um dos principais líderes da esquerda trabalhista, o gaúcho Brizola tinha o ideal de transformar o Brasil em uma república sindicalista.
João Goulart, que era vice e assumiu a presidência da república com a renúncia de Jânio Quadros (PDC), também tinha aproximação com os trabalhadores e sindicatos, e mantinha a promessa de garantir uma vida melhor aos mais pobres. Jango, como era chamado, também era gaúcho (PTB, PDC) e defendia o ideal de que o Brasil necessitava de uma reforma agrária capaz de eliminar a grande propriedade - o latifúndio - visto como obstáculo fundamental ao desenvolvimento. O recrudescimento do ambiente político só aconteceu porque Jango prometia fazer as chamadas reformas de base na lei ou na “marra". Foi a gota d’água.
Como defender movimentos conspiratórios que, aproveitando-se da fragilidade do próprio regime democrático, empurram o país para o mais degradante tipo de doutrina (ou ideologia) que visa à criação de uma sociedade sem classes sociais? O que estavam tramando há 50 anos e o que estão fazendo ultimamente são investidas contra o poder legalmente constituído. E, em nome de uma falsa maioria, aproveitam-se para colocar em prática os ideais marxistas.
A cubanização da América Latina é um sonho antigo, que vem se concretizando lentamente sem que os desavisados percebam. E o Foro de São Paulo foi criado por Lula e Fidel, especificamente, para transformar os países latino-americanos no maior bloco socialista do mundo. A insistência em cubanizar o Brasil não faz sentido - e não é o desejo da maioria - enquanto houver as Forças Armadas brasileiras, a maior da América Latina, para garantir a sagrada democracia em sua plenitude.
Apesar de um pouco fragilizadas (sucateadas intencionalmente) pelos governos petistas, as nossas Forças ainda têm como missão constitucional zelar pela defesa da Pátria e pela garantia dos poderes constitucionais. E, na verdadeira missão de patriotismo, livrar o Brasil do que considera uma ameaça comunista, desrespeitos à ordem pública, e impedir que loucos furiosos transformem esse país numa fogueira demoníaca. Basta haver desordem pública e o clamor da sociedade.
A alegação de que o país ficou em trevas, de forma gradativa, no período da ditadura militar, por 21 anos, passa a ser uma história bem reduzida, quando comparada com os 12 anos vergonhosos dos governos petistas. Basta acompanhar as notícias na mídia.
Os tantos terroristas, torturados e anistiados, de 50 anos atrás estão hoje no poder, saqueando os cofres públicos, “torturando” milhões de brasileiros, inclusive militares, e conduzindo o país novamente para a baderna, para o abismo. Visivelmente pedindo bis.
Temos que refletir se é justo permitir que o país continue entregue aos poderosos corruptos, que não têm o menor compromisso com o Brasil.
Temos que refletir se é justo permitir a falência de uma empresa que já foi a maior da América Latina: a Petrobras.
O esforço do povo no acontecimento “Fora Collor”, em 1992, não foi em vão, como muitos pensam. Ao menos servirá de lição.
Viva a democracia!  


Celso Pereira Lara

sexta-feira, 21 de março de 2014

326- Volta Lula ou continua Dilma?

Pesquisa IBOPE revela congelamento nas intenções de voto

A candidata à reeleição venceria se as eleições fossem hoje. Mas isso é porque ela está jogando sozinha na campanha antecipada. Recente pesquisa, na qual a presidente com 40% garantiria sua vitória no primeiro turno, parece não interessar muito aos petistas mais participativos.
A corrente que insiste no "Volta, Lula" estaria disposta a usar uma possível queda da presidente para reforçar o discurso da troca de candidato, sobretudo depois das notícias envolvendo a Petrobras.
É certo que os episódios não chegaram a ser aferidos pela pesquisa, mas a estabilidade da presidente garante que não faz sentido a campanha pelo retorno do ex-presidente. Seria necessário esperar a próxima pesquisa para uma decisão mais acertada, entretanto, vai depender muito dos "fatos desagradáveis" que ainda poderiam surgir ou dos que poderiam ser ressuscitados na justiça, para desespero dos dois petistas.
Ao que tudo indica, dadas as atuais circunstâncias e os inesperados desdobramentos dos bilionários prejuízos causados à Petrobras, a presidente deve estar torcendo para que o seu tutor seja mesmo o candidato às próximas eleições. Lembrando que a campanha eleitoral ainda não começou, apesar de a presidente ter saído na frente há dois anos.
Ultimamente, o governo do Brasil tem sido muito bonzinho com os governos de países socialistas e comunistas, a ponto de secar os recursos do BNDES através de ajudas bilionárias para a construção do Porto de Mariel, em Cuba, e do aeroporto em Havana; do metrô em Caracas; da entrega, sem qualquer reação, da bilionária refinaria da Petrobrás na Bolívia; dos sucessivos perdões de dívidas milionárias dos países africanos. É uma generosidade inigualável, mas, internamente, os problemas sociais continuam aumentando, e as dívidas arrastando-se na justiça por longos anos.  
É fácil observar que o Brasil é inegavelmente o país do calote, seja no campo governamental ou particular. E essa realidade se estende desde a época do Império, mas devemos lembrar que ainda em nossos tempos tivemos calotes de vários planos econômicos, e podemos citar alguns: Collor, Bresser, Cruzado e Precatórios (dívidas dos estados e municípios).  A triste constatação é que a todo custo aplicam-se os calotes internos – que são nossos –, para solucionar os problemas externos – que não são nossos –, através de doações e perdões de dívidas.
Atualmente, encontramo-nos diante de um governo, cuja ideologia oscila ao sabor dos ventos da democracia petista, afrontando a boa índole e menosprezando a inteligência do povo brasileiro, o qual deveria ser ao menos respeitado.  
É esse mesmo governo que assina com Cuba - um país cuja política nunca respeitou os direitos dos cidadãos - um contrato de um programa chamado ideologicamente de "Mais Médicos". Dessa forma, atropela visivelmente a própria CLT, aos olhos da mais alta Corte da magistratura brasileira, no que se refere a "cargos iguais, salários iguais". Houve, portanto, a quebra do princípio da isonomia. Por ironia da política, a Consolidação das Leis do Trabalho foi rasgada pelo próprio Partido dos Trabalhadores! Não se trata de ser contra o programa, mas sim contra a maneira dissimulada, escravagista e antirrepublicana como foi feito o projeto.
É nítido o processo de ajuda financeira a Cuba em detrimento da Saúde no Brasil, além de outras implicações. O caminho do inferno está cheio de boas intenções, e, sendo assim, os irmãos Castro, donos da ilha do Caribe, satisfeitíssimos, só têm a agradecer: viva PT!  Só está faltando a anexação de Cuba ao país irmão Brasil. Assim, poderíamos chamar o nosso país de Brasil cubano.
O “Mais Médicos”, por ser um projeto petista tão ultrajante, certamente seria o caso de fazer a nossa Princesa Isabel revirar no túmulo. Se aprendemos que o mau exemplo vem de cima, como se pode esperar que o cidadão seja honesto e cumpridor dos seus deveres? A única maneira realmente democrática de mudança neste país será na hora do voto. Viva o Brasil!


Celso Pereira Lara

domingo, 9 de março de 2014

325-Precisa-se de um presidente

A Presidência da República será ocupada por aquele que com suas promessas conseguir convencer os eleitores. Óbvio, mas nem tanto!

Eleições à vista, e isso é ótimo para um país onde a democracia ainda existe! Lembrando que o sistema democrático é o que trouxe os maiores avanços na civilização humana. Não foi o comunismo, o fascismo nem outro regime ditatorial, pois estes acumulam fracassos e, atualmente, com posturas flexibilizadas, se rendem ao mundo capitalista.  
As eleições se aproximam, e, da mesma forma que nas anteriores, os candidatos se apresentam como uma tábua de salvação para os graves problemas do Brasil.
Os problemas brasileiros aumentaram por falta de investimentos internos nos pontos de maior relevância, e para solucioná-los exige-se cada vez mais qualificação dos candidatos políticos. O povo exige honestidade, empenho, competência, ética. Exige também o cumprimento das promessas apresentadas durante as campanhas eleitorais, respeito com os recursos públicos e com as instituições nas esferas de poder.
O povo indignado precisa de um presidente que tenha vontade política de fazer o país crescer, trazendo de volta a confiança entre os investidores estrangeiros e sendo reconhecido mundialmente como um país sério, sem maquiagens em suas estatísticas e contas públicas.
Mais do que nunca, a população sofrida necessita de um presidente de verdade, que reconheça e atenda aos seus mínimos apelos.
O novo presidente encontrará a Casa desarrumada e com um quadro de funcionários em cargo de confiança muito além do desejável - produto do Estado aparelhado - e o trabalho para recolocá-la no caminho certo exigirá muita firmeza, em retribuição a confiança depositada pelo povo nas eleições.
Que tenha disposição para reduzir à metade a escandalosa quantidade de ministérios, contribuindo assim para a redução dos gastos públicos e para a redução da desmoralização política.
A exigência maior é que o novo presidente apresente projetos consistentes nas áreas de Educação, Segurança, Saúde, Transporte e Habitação. Que não sejam projetinhos eleitoreiros nem paliativos, que só servem para causar indignação ao povo.
Que reconheça as injustiças praticadas contra os aposentados de uma forma geral - e contra os que passaram a contribuir para a Previdência Social após a aposentadoria – e que tenha a coragem de reverter essa situação.  
O Brasil precisa de um presidente qualificado, urgentemente, enquanto ainda há esperanças de salvar o país do profundo poço de lama, no qual se encontra mergulhado de ponta-cabeça.
Que seja um chefe de Estado que abrace as causas justas dos brasileiros, mas que não seja subordinado aos ditames de líderes de países comunistas ou socialistas, nem seja tão generoso a ponto de doar bilhões de dólares para salvar esses países de suas falências. Nem apoie os atos desses líderes.
Os brasileiros anseiam pelo crescimento econômico e pela geração de renda e emprego, que foram o combustível das promessas das três últimas campanhas, todavia, sem efeito prático nenhum.
Necessita-se de um presidente que mantenha relação respeitosa com os poderes constituídos e relações diplomáticas de diálogos proveitosos com outros países.
Que esteja sempre pronto para tomar conhecimento dos fatos escandalosos que, porventura, venham a ocorrer no Palácio do Planalto ou nos gabinetes ministeriais, e que se empenhe decisivamente em tomar providências que possam contribuir para a apuração da verdade. Que não seja um presidente negligente, para depois não ter que dizer que “não sabia de nada”.
Que não necessite recorrer a expedientes paralelos do tipo “mumunhas, mutretas ou maracutaias” ao apresentar projetos para aprovação no Congresso, nem recorrer à prática de alianças espúrias, tão condenadas pelo povo.
Que consiga erradicar a maldita corrupção endêmica, a qual é fruto de um premeditado saqueamento aos cofres públicos pelos governos que não têm o menor compromisso com o Brasil.
Que saiba aplicar a Lei de Acesso à Informação (Lei da Transparência) conforme a ética de um governo democrático, trazendo maior transparência aos cartões corporativos, e que a classificação de documentos sigilosos não se refira a transações suspeitas.
Um presidente que se empenhe na melhoria da educação escolar, levando o ensino básico ao interior do país, para tirar milhões de brasileiros do analfabetismo produzido pela irresponsabilidade dos recentes governos, sabido que a deterioração do ensino público é intencional porque conduz a população à ignorância e serve aos interesses eleitoreiros dos políticos.
Que possa administrar a economia do país de forma a gerar aumentos reais da produção e do emprego. A retomada do crescimento econômico é fundamental para ajudar na questão da distribuição de renda e para o bem estar da sociedade. Que seja um PIB decente.
Que saiba manter o controle da inflação, sem precisar se utilizar de subterfúgios que acabem ocasionando prejuízos aos cofres públicos.
Que traga de volta a tranquilidade nas ruas, praças e praias, combatendo energicamente e sem tréguas o tráfico de armas e drogas, principal motivo do aumento da criminalidade. Que haja segurança a serviço do povo.
Um chefe de nação que consiga melhorar a infraestrutura dos postos de atendimentos médicos nas capitais e no interior do país, e que promova concursos públicos para profissionais da medicina, fazendo com que todos os médicos cubanos retornem ao país de origem.
Que seja patriota e tenha respeito pela soberania nacional, e que assuma a responsabilidade de cumprir tudo quanto foi prometido em campanha, para que não se iguale aos governos demagógicos. Mas que adote decisões respeitando-se as leis; que não sejam na “marra”!
Um chefe de governo que possua moral suficiente para não se embriagar literalmente no exercício da presidência, nos churrascos ou nas bacalhoadas, e não sair nas notícias de jornais, revistas e TVs, nacionais e internacionais, e redes sociais da internet, para não ser motivo de chacota e desprezo pelos brasileiros e estrangeiros.
Que não mantenha ligações com a turminha da guerrilha, mas que seja um verdadeiro estadista, com capacidade suficiente para conduzir o Brasil livre de manifestações de descontentamento nas ruas, sem revolta da população.
Um presidente que resolva os problemas das estradas federais, que tanto causam transtornos ao escoamento da produção. Que também consiga melhorar a mobilidade e a qualidade dos transportes urbanos.
Que possa solucionar os problemas de saneamento básico nas regiões carentes, e minimizar o déficit habitacional que ainda permanece elevado.
Que seja discreto em todos os projetos governamentais realizados, sem estardalhaços de marketing político eleitoral, e que não se julgue o melhor dos presidentes, mesmo o sendo, para não cair na tentação de dizer "nunca antes na história deste país...". 
Que haja motivos de sobra para que, no final do mandato, os eleitores votem pela reeleição, dignamente. Mas, sem que o Palácio da Alvorada seja transformado em extensão de partido ou comitê de campanha eleitoral, em horário de expediente ou fora dele. Sem que os pronunciamentos em cadeia nacional sejam transformados em discursos apelativos ou eleitoreiros.
Enfim, precisa-se de um Presidente da República verdadeiramente comprometido com o Brasil, que seja desprovido de ideais comunistas, e que possua o caráter de um bom presidente e que saiba conduzir esta República pelos legítimos caminhos da democracia, sem demagogias, servindo exclusivamente aos interesses da nação. 

Celso Pereira Lara