A
situação no Brasil já está ficando insustentável.
Por incrível que
pareça, 55 anos após a Revolução Cubana, o Parlamento de Cuba aprova lei para
atrair investimentos estrangeiros. Agora, as portas estão abertas. Quem se
habilita? A causa da degradação econômica daquela ilha reside na perda do apoio
de seu maior provedor, a União Soviética. 
Cuba necessita de 2,5
bilhões de dólares por ano em investimento estrangeiro direto para avançar com seu
modelo socioeconômico socialista. Mas o que afasta os investidores estrangeiros
são justamente os acontecimentos pós-revolução cubana: o papel fiscalizador do
Estado, para que não haja concentração de propriedade, e a grande possibilidade
de estatizações. Ninguém é louco!
Ultimamente, o grande
provedor de Cuba tem sido - quem diria? - o país agora muito amigo, generoso e quase
irmão: o Brasil. Um país puramente conduzido pelo sistema democrático, prestando
ajuda financeira a todo custo a um país puramente comunista. Com que
finalidade? Qual o retorno disso? Somente à Rússia, Cuba deve 32 bilhões de
dólares.
Numa rápida
retrospectiva, após um discurso do então governador Leonel Brizola (PTB), no
Rio Grande do Sul, em 1962, começa uma articulação para livrar o país do
comunismo, que culminou com a Revolução de 64, sem que houvesse nenhum tiro.
Sendo um dos principais líderes da esquerda trabalhista, o gaúcho Brizola tinha
o ideal de transformar o Brasil em uma república sindicalista. 
João Goulart, que era
vice e assumiu a presidência da república com a renúncia de Jânio Quadros (PDC),
também tinha aproximação com os trabalhadores e sindicatos, e mantinha a
promessa de garantir uma vida melhor aos mais pobres. Jango, como era chamado,
também era gaúcho (PTB, PDC) e defendia o ideal de que o Brasil necessitava de
uma reforma agrária capaz de eliminar a grande propriedade - o latifúndio -
visto como obstáculo fundamental ao desenvolvimento. O recrudescimento do
ambiente político só aconteceu porque Jango prometia fazer as chamadas reformas
de base na lei ou na “marra". Foi a gota d’água.
Como defender
movimentos conspiratórios que, aproveitando-se da fragilidade do próprio regime
democrático, empurram o país para o mais degradante tipo de doutrina (ou
ideologia) que visa à criação de uma sociedade sem classes sociais? O que estavam
tramando há 50 anos e o que estão fazendo ultimamente são investidas contra o
poder legalmente constituído. E, em nome de uma falsa maioria, aproveitam-se
para colocar em prática os ideais marxistas. 
A cubanização da
América Latina é um sonho antigo, que vem se concretizando lentamente sem que
os desavisados percebam. E o Foro de São Paulo foi criado por Lula e Fidel,
especificamente, para transformar os países latino-americanos no maior bloco
socialista do mundo. A insistência em cubanizar o Brasil não faz sentido - e
não é o desejo da maioria - enquanto houver as Forças Armadas brasileiras, a
maior da América Latina, para garantir a sagrada democracia em sua plenitude. 
Apesar de um pouco
fragilizadas (sucateadas intencionalmente) pelos governos petistas, as nossas
Forças ainda têm como missão constitucional zelar pela defesa da Pátria e pela
garantia dos poderes constitucionais. E, na verdadeira missão de patriotismo,
livrar o Brasil do que considera uma ameaça comunista, desrespeitos à ordem
pública, e impedir que loucos furiosos transformem esse país numa fogueira
demoníaca. Basta haver desordem pública e o clamor da sociedade.
A alegação de que o
país ficou em trevas, de forma gradativa, no período da ditadura militar, por
21 anos, passa a ser uma história bem reduzida, quando comparada com os 12 anos
vergonhosos dos governos petistas. Basta acompanhar as notícias na mídia.
Os tantos terroristas,
torturados e anistiados, de 50 anos atrás estão hoje no poder, saqueando os
cofres públicos, “torturando” milhões de brasileiros, inclusive militares, e
conduzindo o país novamente para a baderna, para o abismo. Visivelmente pedindo
bis.
Temos que refletir se
é justo permitir que o país continue entregue aos poderosos corruptos, que não
têm o menor compromisso com o Brasil.
Temos que refletir se
é justo permitir a falência de uma empresa que já foi a maior da América Latina:
a Petrobras. 
O esforço do povo no acontecimento
“Fora Collor”, em 1992, não foi em vão, como muitos pensam. Ao menos servirá de
lição. 
Viva a democracia!   
Celso Pereira Lara

